Em uma cidade como outra qualquer, os cidadãos não sabiam que aquela empresa fazia experiências com agentes biológicos, jogando-os sobre a população de tempos em tempos e avaliando os resultados por meio das doenças que as pessoas desenvolviam. Mas...
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De volta ao mercado, Julius explicou sobre os exames com os exemplares do vírus. Informou que o antígeno apenas retardava a ação do vírus, mas ainda não o destruía.
- Quer dizer que a sua amiga está infectada? - questionou Bolzan.
- Ela está sob a ação do antígeno. E está fechada no escritório, não será uma ameaça.
- Estamos com um zumbi dentro do mercado e não é uma ameaça? Temos que acabar com ela. - gritou Bolzan.
- Ninguém vai fazer nada com a Francine. Vamos deixá-la sedada e com alguém cuidando a porta. E é só o que precisa. - falou Gabriele.
Julius, então, continuou a explicação sobre o vírus e o precisavam fazer para tentar melhorar sua capacidade de ação. Ele mostrou no mapa a localização da cápsula do tempo relatada no diário.
- Mas o que você está dizendo? Quer que o ajudemos a escavar um buraco no meio da cidade lotada de zumbis, para tentar encontrar uma cápsula do tempo enterrada há quase oitenta anos, em busca de um antivírus que pode já ter perdido seu efeito? Você só pode estar louco!!! - falou Bolzan.
- Pelo que li nesses diários antigos, aqueles cientistas alemães sabiam muito bem o que estavam fazendo, já que sua intenção era voltar anos depois para resgatar a cápsula. Logo, creio que eles se certificaram de colocá-lo em algum recipiente que pudesse mantê-lo seguro por longos anos.
- E você acredita mesmo nisso, Julius? Penso que pode ser um gasto de tempo e energia perdidos. Além de ser muito arriscado. - falou Rodrigo.
- Sim. Acredito. E preciso da ajuda de vocês! - finalizou o cientista.
O plano era bastante arriscado. Escavar um buraco no meio da cidade infestada de zumbis não era uma ideia sensata. Ainda mais quando estavam há cinco dias de um provável extermínio. O pensamento de fuga passava pela cabeça de todos, porém sentiam que deviam fazer alguma coisa, mesmo que a possibilidade de sucesso parecesse mínima.
Assim, não perderam tempo. Precisavam conseguir alguns objetos que facilitariam a escavação. E para isso, teriam que sair à rua. Verificaram se os walkie talkies estavam funcionando, pegaram as armas que dispunham para se proteger, traçaram um plano e deixaram o mercado. Apenas Julius e Bolzan permaneceram.
Com o caminhão, deslocaram-se até uma loja de materiais de construção, em busca de objetos que servissem para uma escavação. William estacionou e todos desceram. Dentro da loja, não encontraram o que precisavam, pois grande parte dos produtos havia sido saqueada. Voltaram ao caminhão e foram em direção ao centro da cidade. Rodaram por alguns quilômetros até encontrarem outro estabelecimento, que estava em melhores condições. A equipe desceu do caminhão, e entrou na loja. Assim que começaram a procurar, tiveram a impressão de que estavam sendo observados.
