Capítulo 7 - Objetivos distintos

54 6 10
                                    

          No dia seguinte, o grupo se preparou para ir até a InChain, local onde, segundo Julius, poderia ter informações sobre uma possível cura para o vírus que estava transformando as pessoas em zumbis.

          A cidade amanheceu agitada. Tiros, gritos, grunhidos podiam ser ouvidos ao longe. Grupos rebeldes estavam em confronto com levas de zumbis que vagavam pelas ruas. Alguns policiais que durante dias permaneceram escondidos, agora também tentavam lidar com a ameaça que a cada dia aumentava em número e ferocidade. As pessoas que não se transformaram em mortos-vivos por meio do vírus, acabavam sendo transformadas por meio de ataques dos zumbis. Era fato que já não era mais seguro passar muito tempo na rua, primeiro porque a munição era pouca e segundo porque os zumbis desenvolveram a habilidade de correr. A diferença é que não cansavam.

          Diego, Gabriele e Julius organizaram o grupo que iria até a InChain. Era preciso que ao menos quatro fossem até lá. Após breve conversa, Karen e Francine foram escaladas. Os demais, Rodrigo, Marcela, Pedro, Roberta e Helena ficariam no mercado e aguardariam instruções.

          Agora que estavam armados, seria mais fácil lidar com a ameaça que perambulava pela cidade. Assim que Gabriele e os demais saíram com o carro de Julius, Rodrigo reuniu o segundo grupo e falou da necessidade que tinham de conseguir outro tonel de combustível que pudesse manter o gerador ligado. Formou duas duplas para a missão, sendo elas: 1. Rodrigo e Marcela e 2. Pedro e Roberta. Eles teriam que ir até o hospital ao lado, encontrar o local de armazenagem de combustível (se é que existia um!) e tentar trazer para o mercado ao menos um tonel. Apenas Helena ficaria no mercado, com o Walkie Talkie aguardando qualquer contato de Diego e os outros.

          Enquanto Julius dirigia em direção à InChain, as duplas correram para a quadra de cima onde se localizava o hospital. Entraram pela portaria que ficava em frente ao estacionamento do mercado. Os vidros estavam estilhaçados e os elevadores não funcionavam. Subiram pela escada até o andar onde existia um corredor que passava de um prédio para o outro. Até aquele momento, não haviam cruzado com ninguém nas escadas. Chegando ao andar, fizeram silêncio. Observaram e o adentraram de forma lenta e cuidadosa. Não viram ninguém suspeito, mas sabiam que havia zumbis ali, pois Gabriele falou da situação no pronto-socorro que os fez sair correndo da farmácia. Chegaram ao posto de enfermagem e ali pegaram alguns itens que talvez fossem precisar. O barulho de passos lentos foi ouvido e todos permaneceram dentro do posto. Os mortos-vivos possuíam um olfato aguçado e talvez o odor de alguém do grupo pudesse ter atraído a atenção deles. Um silêncio mortal se fez para que os passos pudessem ser ouvidos. Ao olhar pelo canto da porta, Rodrigo viu dois deles vindo em direção à onde estavam. Olhou para os demais e fez um gesto como que para utilizarem as facas para derrubar os zumbis, assim não fariam barulho. O grupo assentiu. Rodrigo e Pedro se posicionaram e quando os mortos-vivos chegaram próximos à porta, atacaram com as facas. Ambos caíram sem reação. Então, os arrastaram para dentro do posto onde estavam Marcela e Roberta.

          Em seguida, saíram dali em direção ao corredor. Ao se aproximarem de lá, viram mais quatro andando pela passagem. Precisavam pensar rápido. O que fariam? O corredor era o caminho mais rápido para chegarem ao outro prédio e descerem até o subsolo. Precisavam criar uma distração. Marcela disse que chamaria a atenção deles com um grito e sairia correndo. Assim que eles descessem o corredor atrás dela e passassem por Roberta, Rodrigo e Pedro, eles teriam caminho livre pela passagem. Ela disse que conseguiria lidar com quatro zumbis. Os três concordaram meio relutantes, mas assim foi feito.

          Enquanto Marcela adentrava o corredor, os demais se agacharam atrás da parede. De repente Marcela deu um grito, chamando a atenção dos quatro zumbis, que dispararam em direção a ela. Marcela voltou correndo, passando por onde estava o grupo, com os zumbis em seu encalço. No entanto, outros três mortos-vivos também ouviram o grito e vieram em direção a ela. Os três se apavoraram, pois Marcela não conseguiria lidar com sete criaturas no total. Pedro Resolveu ficar e ajudar Marcela, enquanto Rodrigo e Roberta subiram pelo corredor.

Apocalipse Z: Zona de quarentenaOnde histórias criam vida. Descubra agora