Capítulo Um

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Acordo com um sorriso, após sentir alguém lamber meu rosto. Sinto tulipa balançando seu rabo peludo em meu braço e assim a puxo para ficar comigo debaixo dos lençóis. Tulipa é minha cachorrinha que ganhei em meu aniversário de 15 anos, meus pais a compraram de nosso vizinho, sendo que a cachorra dele, Lila, um Poodle, tinha dado cria e quando eu fui ver os filhotes me apaixonei por tulipa um ser tão pequeno e tão fofinho. Desse dia pra cá Tulipa dorme em meu quarto me fazendo companhia. Hoje é segunda-feira e Tulipa como já está habituada com minha rotina, já me acordou para mais um dia.

Encolho-me na cama disposta para não ir à escola. Tulipa se mexe debaixo dos lençóis. Ela é meu despertador ambulante, sempre me acordando até quando eu quero dormir mais que o habitual. Sei que não vai demorar muito para minha mãe vir me acordar, então eu tenho dois despertadores ambulantes. Falando nela:

- Acorda agora, dona Arabela! Anda, anda, você tem escola hoje e nem ouse faltar! Diz minha mãe, entrando no meu quarto sem bater na porta.

- eu quero dormir! Digo, estendendo o final da palavra dormir.

-não quero saber, levante dessa cama agora, é uma ordem. Diz mamãe.

- aaahhh! Que saco, eu não posso dormir nem que eu queira! Digo já irritada, com a cabeça entre os travesseiros.

Levanto-me e boto Tulipa no chão que já vai logo atrás de mim. Vou até o banheiro para fazer minha higiene pessoal. Tomo um banho e escovo os dentes, saio de toalha e vou pentear meu cabelo, sentando na minha penteadeira; coloco o uniforme da escola uma blusa branca e uma saia vermelha com um cinto de couro preto e coloco minha bota cano médio preta, coloco um perfume e faço uma maquiagem básica e saio de meu quarto.

Vou para a cozinha e sento-me à mesa de jantar e logo tia Cláudia vem trazendo o meu café. Minha mãe logo aparece e vejo ela se juntar a mesa comigo. Minha mãe trabalha em uma empresa e algumas vezes no mês ela viaja por causa do emprego, o nome dela é Lucia. E já a nossa empregada, tia Cláudia assim eu a chamo, trabalha conosco desde que eu me lembro ser gente, no caso desde criança.

- mãe, quando a senhora vai viajar? Pergunto já sabendo a resposta.

- amanhã mesmo. Diz como se isso fosse natural.

-ham. Obrigada Cláudia. Digo respondendo tia Cláudia que estava colocando meu café à minha frente.

- não precisa ficar assim filha, você vai ficar bem e também você tem a companhia da Cláudia.

-não é a mesma coisa, sem ofensa Cláudia.

- tudo bem Arabela. Diz Cláudia.

Depois dessa nossa conversa minha mãe não disse mais nada e eu não quis insistir.

Depois do café eu fui para a escola. Meu motorista sempre me leva para a escola e onde eu quisesse ordens de minha mãe "como se isso fosse mudar a sua ausência."

Eu não entendo como meus pais passam tanto tempo longe. Parece que eles não conseguem ficar parados em um só lugar, tem que ficar de um lado pro outro, sempre resolvendo algo que eu não faço a mínima ideia. Se me perguntarem em que empresa meu pai trabalha, eu direi em uma empresa e minha mãe a mesma coisa, eu não sei exatamente em que empresa, pois eles nunca me falaram a única coisa de que eu sempre soube é: eles trabalham na mesma empresa.

Fico divagando com meus pensamentos até que seu Arthur grita meu nome:

-Arabela! Diz meu motorista.

- Oiiii seu Arthur, desculpe não te escutei até o senhor gritar. Digo, olhando em seus olhos.

Seu Arthur tem olhos verdes, um charme para a sua idade, ele é meu motorista e um bom amigo também, ele tem 30 anos mais está em boa forma, tem uma família. Um filho um ano mais velho que eu e sua esposa é lindíssima, a tia Catia. Seu filho e sua esposa moram em um país distante e parece que seu filho entrou para o exército, o orgulho dos pais.

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