Capítulo doze

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Todos corriam desesperados como se tivessem visto o demônio. As crianças que até então estavam dançando, alegres e sorrindo, gritavam desesperadas de espanto e horror. Não entendia o porquê de todos estarem assim, espantados e com medo, até que eu vi o que estava acontecendo. Tiros e bombas estavam sendo jogados como se estivéssemos em um campo de batalha. Procurei pela minha família entre a multidão de pessoas desesperadas. Não os encontrei. Olhei ao redor procurado pelo Ian e não acreditei no que eu vi.

Criaturas estranhas ao qual somente existe nos contos de fadas estavam lutando com os soldados do Palácio. Era loucura. Eu deveria estar alucinando. Fadas e bruxas estavam jogando feitiços contra os soldados e eles pareciam que entravam em um sono profundo ao simples contado com a magia. Incrível. Unicórnios estavam andando de um lado para o outro com criaturas a qual eu desconfiava ser elfos.

De repente sinto uma tontura. Parecia que o mundo tinha parado. Parecia que não tinha ninguém ao meu redor. Minha visão começou a embaçar e cai no chão de joelhos, sentindo uma dor alucinante em minha cabeça. Levantei a cabeça e vi quando Ian me pegou e me levou para longe do tumulto e me colocando apoiada em uma das árvores. Ele começou a rasgar uma parte de sua camisa, a qual estava abaixo do terno, e colocou em uma ferida em minha cabeça. Não a tinha reparado até aquele momento, quando ele tocou a ferida com o pano. Me encolhi de dor.

-você não consegue ficar sem se machucar quando eu estou por perto, não é? Eu sei que sou atraente mais também eu mereço uma folga. Diz, com um sorriso tentando aliviar a tensão entre nós.

-você vai ficar bem. Mas agora eu tenho que ir. Falou me dando um beijo na testa e se retirando. E logo em seguida eu desmaiei.

***

Meu olhos estavam pesados. Minha cabeça doía e eu sentia sede. Respirei fundo e abri os olhos devagar. Me deparei com os panos do dossel de minha cama. Virei a cabeça devagar para o lado, pois latejava e vi quando Jéssica se levantou da poltrona e foi até algum canto do quarto e trouxe um copo de água para mim. Me apoiei na cabeceira da cama e bebi devagar.

-Graças à Deus que a senhorita está bem. Pensei que tinham a matado! A senhorita dormiu dois dias! Diz Jéssica, pegando em minhas mãos.

- Dois dias! O QUÊ? Digo, arregalando os meus olhos e me arrependo no instante seguinte que o faço. Só piorou a dor de cabeça.

- Sim, mas a senhorita não tem que se preocupar com isso agora. Tente descansar. Eu já avisei que a senhorita acordou para um soldado ir avisar as majestades. Todos estão preocupados com a senhorita. Diz e percebo que ela não dormiu muito bem. Dava para perceber os olhos meio avermelhados por causa do sono.

- não precisa me chamar de senhorita. Me chame só de você. E me faça um favor, vá dormir, eu não preciso mais de seus serviços.

- mas Alteza! As Majestades me mandaram ficar com a senhorita! Diz, baixando a cabeça.

- E eu estou falando que você está dispensada. Vá e me obedeça. Logo, logo Ester e Laila estarão aqui e eu não ficarei mais sozinha. Digo com um sorriso no rosto para tranquiliza-la.

-E obrigada por cuidar de mim.

- Foi um prazer, Alteza. Diz e se retira de meu quarto.

Não demorou muito e logo os meus pais entraram com o General logo atrás deles, os acompanhando.

-filha! Fala minha mãe que logo me dá um abraço apertado.

- eu pensei que ia te perder. Você não acordava...e... aqueles...você... diz minha mãe entre soluços. A abraço forte.

- shiu... eu estou bem mamãe. Não precisa se preocupar mais. Eu estou bem.

- mesmo assim, filha. Agora teremos que prezar por sua segurança. Aqueles imundos vão pagar pelo o que fizeram com você e com meu povo. Diz dando um beijo em minha testa.

- Papai, o que eles são? Porque o senhor nunca me falou nada sobre essas criaturas? Pergunto e logo após dou um bocejo. Eu estava cansada e com muito sono.

- teremos tempo para falar sobre isso depois meu amor. Descanse. Diz e me dá um beijo na testa e estende a mão para mamãe, que logo pega em sua mão e me dá um beijo na bochecha. Olho para o Arthur e ele mantinha as feições pensativas. O ignorei e me deitei caindo em um sono profundo outra vez.

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