A Descoberta(Em Pausa)

Capítulo Sete

Pela manhã a casa já estava uma agitação. Malas e embrulhos da mudança de um lado pro outro e a única coisa que eu poderia fazer era: olhar. Sim, isso mesmo, olhar. Meus pais e nossos empregados não permitiram que eu me esforçasse, como se eu fosse de vidro e iria quebrar se eu pegasse peso. Fiquei esperando no carro quando vimos que tudo estava empacotado e pronto para partir. Meus amigos, iriam em um outro carro, pois a Alteza, no caso eu, iria ser fotografada e teria conselheiros à minha espera assim que eu chegasse no aeroporto de Starfire.

-tudo pronto. Podemos partir, majestades? Diz tio Arthur.

- sim, podemos. Responde meu pai.

E assim fomos, com destino ao aeroporto.

***

Quando chegamos no aeroporto, era tanta agitação que os soldados tiveram que nos dar cobertura. Fiquei maravilhada pois, as pessoas estavam gritando o meu nome. Não tinha tantas, mas era o suficiente para despertar algo dentro de mim. Amor por meus súditos. Sim, eu sei que acabei de ter um encontro breve com eles, e que não foi muitas pessoas, mas mesmo assim criou algo dentro de mim. Esperança. Quando entramos no avião, meu pai foi falar com o piloto e minha mãe se sentou em uma poltrona, revelando como ela tinha graça e delicadeza. Eu teria que ser como ela. Agora ela tomará o seu papel como Rainha e eu terei que entender que agora ela agirá como tal e não como minha mãe agia nos EUA. Sentei ao lado de Kalebe e a Ana sentou do outro lado dele, sendo assim, Kaká ficou no meio de nós duas.

Meu pai me disse que levaria um dia de viagem e que seríamos muito bem atendidos e que ficaríamos muito bem confortáveis. Quando deu a hora do almoço, nos serviram um prato que estava delicioso. Depois disso, tudo passou com um borrão pois eu adormeci e acordei de madrugada com uma conversa ao fundo.

- Kalebe, eu sei que você gosta de minha filha e já que você vai ficar hospedado no Palácio, eu gostaria de saber se você quer entrar para o exército. Eu sei que você não está habituado com armas e espadas, mas você verá como é fácil manusear uma. Diz meu pai e eu começo a me remexer e sinto que estou deitada no colo de alguém.

- eu adoraria, Majestade. Diz Kaká e logo vejo que estou deitada em seu colo.

Me levanto e o encaro.

-Kalebe Alcântara Mello de Lopes, se você se inscrever para aquele exército pode esquecer nossa amizade. Eu não quero amigo nenhum meu morto. Está me ouvindo? Digo, experimentando meu novo ar de autoridade.

- se for para salvar a sua vida e pra isso eu tenha que perder a sua amizade, assim o farei. Prefiro você viva e não falando comigo do que você morta e mesmo assim você não estaria falando comigo, que ironia. Diz ele, dando risada da própria piada verdadeira.

- sabe que eu te amo, né? Não quero você enfurnado em uma guerra, está escutando? Você é importante demais pra mim, para eu te perder dessa forma. Digo, já sentido as lágrimas querendo vir à tona.

- você não vai me perder. Eu estou fazendo isso por você e por mim. Como você acha que eu iria ficar sabendo que eu posso trabalhar e que não estaria fazendo nada naquele palácio por ser seu convidado? Eu ia ficar inquieto e você sabe disso. Diz ele com um olhar triste.

- Kaká eu ordeno que você não entre para o exército. Digo, começando a ficar com raiva.

- desculpe, mas você ainda não é Rainha e.... se a Vossa Alteza me permite, gostaria de saber se a senhorita me permite Salvar sua vida. Diz ele, tentando reparar o erro que ele disse quando eu ainda não era Rainha.

E isso magoou. Eu sei que não tenho o direito de tomar as decisões por ele, mas o quero vivo e se o que ele deseja é proteger a minha vida, que assim seja.

- tudo bem. Eu sei que ainda não sou Rainha e que eu não tenho o direito de tomar decisões por você. Só queria garantir a vida de meu amigo. Mas se você quer entrar para o exército, fique à vontade. Digo e me levanto, tentando não me abalar e indo em direção ao quarto especial reservado para mim.

-Arabella, não foi isso que eu quis dizer. É que você....

-não precisa me dar mais explicações, soldado. Digo e entro em meu quarto no avião.

O quarto era luxuoso com detalhes em dourado. Não reparei muito nele, pois eu tinha acabado de brigar com meu melhor amigo. Não entendo o porquê dele querer tanto proteger a minha vida. Eu sei que ele é inteligente, confiável e um ótimo conselheiro para quando você precisar. Ele poderia trabalhar e se manter em segurança. Mas não. Ele tinha que colocar a vida em risco por mim. E mesmo com tudo isso, eu o admiro por tal gesto.

-GGrr!!!! Que idiota você é Kalebe. Digo sentindo minhas bochechas quentes de tanta raiva.

Aqui estão os dois capítulos que eu prometi!!! Espero que gostem! bjs S2