Um dia conturbado

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Sabe quando você acorda mas preferia continuar dormindo? Então todos os dias são assim para mim.

Mas hoje, eu queria mais que nunca passar o dia na cama, mas como toda pessoa eu tinha que levantar e ir trabalhar. Eu jamais imaginaria que iria receber uma notícia tão ruim.

-Senhorita Hanna? Falou um rapazinho do Rh.

-Sim, sou eu pois não?

-Sinto lhe informar que recebemos uma ligação, sua avô Margaret acabou de falecer, sinto muito. Aqui está o telefone que pediram pra senhorita ligar.

Não sabia exatamente o que pensar, meu mundo girava mas eu estava parada, minha avó à qual tinha abandonado meu avó com minha mãe havia morrido? Eu à odiava, mas não queria que ela tivesse morrido, no fundo ainda queria poder abraça-la e chamá-la de "vovó". Porque a morte me persegue?

No papel que tinha recebido havia um telefone e o nome de uma agência funerária. Quando liguei uma moça me passou o local e a hora do enterro.

Com essa surpresa não poderia ficar na empresa ou ir pra universidade, acabei indo até o enterro, o lugar não era tão longe mas também não tão perto, levei quase uma hora pra chegar. Saindo do carro pude reparar que havia algumas pessoas, uns parentes bem distantes, parentes que não via desde aquele dia...

Éramos uma família diferente, não éramos próximos, iguais essas que comemoram ações de graças ou o Natal. Mas quando se tratava de morte, lá estávamos nós, mesmo que vivêssemos longe um dos outros, nessas horas estávamos juntos.

Estava tão perdida, mas ouvi anunciando que já levariam o cachão, nessa hora meu coração estremeceu, caminhei junto com as poucas pessoas que estavam ali, chegando no tumulo o padre começou aquela baboseira de sempre, eu não gostava daquilo, me trazia péssimas lembranças, todos caminharam até o caixão jogaram rosas e falaram suas despedidas.

Na minha vez, quando ia jogar a rosa amarela a favorita dela, sabia disso porquê o vovô sempre dizia isso, senti uma presença diferente, um vento frio bateu em meu rosto fazendo eu virar para arrumar o cabelo e lá estava, um homem todo de preto com o semblante triste, eu não o conhecia nunca havia o visto. Quem era?

Forcei tanto para ver que meus olhos já estavam ardendo, quando pisquei ele tinha sumido, o que me deixou estarrecida, séria meu cansaço mental me pregando uma presa? Me virei e joguei a rosa dizendo que logo nós encontraríamos, todos nós.

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