Capítulo 11

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GUILHERME NARRANDO...

Ela estava linda, eu não tirava os seus olhos da minha cabeça, não conseguia esquecer como eu fiquei estranho e sem jeito depois de perceber que ela procurava pelos meus olhos assim como eu procuro pelo olhar dela todos os dias.

- Nem em mil anos eu vou esquecer aquela garota mano - Falei já irritado dias depois de ver ela no shopping.

- Calma cara, você tem a Carol para pra pensar um pouco, ela precisa de você agora - Igor era meu amigo de infância, só que as vezes eu tinha uma louca vontade de socar sua cara.

- Eu sei, nós estamos na pior fase do nosso relacionamento a dois anos e agora depois daquela garota eu não consigo mais, eu comprei uma aliança de noivado pra ela cara e foi no mesmo dia que eu conheci a Aline - Joguei tudo feito uma bomba no colo do Igor já não aguentava mais guardar isso só pra mim.

A verdade é que eu tinha mesmo comprado essa aliança pra Carol, queria que essa nossa fase passasse que fosse só algumas lembranças ruins, só que horas depois a Aline me apareceu, tão linda com aquele sorriso que tira o folego e eu não tive mais coragem.

- Calma ai Guilherme, você esta mesmo me dizendo que pretendia pedir a sua namorada em casamento? - Quando ele me chamava de Guilherme era porque estava bravo comigo.

- Estou, sim Igor eu estou, e sério agora não estou mais afim mano, não dá mais.

- Guilherme esquece essa Aline ela nem lembra de você, já seguiu em frente - Depois que ele percebeu o que tinha falada arregalou os olhos, parecia que ele não queria que eu soubesse de algo.

- O que você quer dizer com "Seguiu em frente"?

- Esquece mano.

- NÃO PORRA, me fala - gritei tão alto que ele se assustou.

- Olha Guilherme, eu não queria ter que te contar, mais sério, acha mesmo que ela da bola pra você? Para com isso cara, você está fantasiando tudo isso, a Aline é rica tem todo o mundo ao seus pés e já tem namorado.

Essa ultima frase fez meu coração acelerar, como assim ela já tem namorado?

- Como assim ela já tem namorado?

- Olhe você mesmo - Igor me passou o celular que estava em uma matéria com a data de hoje.

"Aline Turner aparece aos beijos com seu novo namorado."

Joguei o celular dele com tanta força na parede que despedaçou o pobre coitado, meu coração, eu poderia jurar que a qualquer momento ele sairia pela boca, meus olhos encheram de lágrimas, não podia ser, isso só pode ser brincadeira, aquela foto fez com que meu estomago se revirasse, só então foi que eu percebi, as lágrimas já rolavam soltas em meus olhos. Quando foi que eu me apaixonei assim tão profundamente por alguém? Pela Aline?

- Mano, você gosta dela mesmo em?

- Eu preciso sair, eu já sei o que vou fazer, isso tudo vai passar e eu e a Carol vamos ser felizes, claro que vamos - Falei rapido, na minha mente vinha milhões de coisas que eu não gosto de imaginar agora.

- Guilherme, senta aqui cara, você não pode fazer nada de cabeça quente que faça com que você se arrependa depois.

- Mano pode ficar ai eu já estou indo.

- Só não diga que eu não avisei - Igor falou e saiu do meu apartamento tão rápido que eu nem percebi.

Fui em direção ao meu quarto, eu já sabia o que iria fazer, eu seria feliz com a Carol já que a Aline não é mais uma opção eu poderia lutar por ela, mas eu sei bem como é um começo de relacionamento e agora eu sei que estava redondamente enganado ao pensar que ela sentia algo por mim. Peguei uma caixinha vermelha de veludo que estava escondida no meu gurda-roupas a meses e saí em direção ao meu carro.

Durante todo o caminho percorrido até a casa da minha namorada eu só conseguia pensar no quanto eu fui burro, ela nunca gostou de mim e isso me dói muito. Parei em frente a humilde casa com os portões azuis e chamei.

- Carol.

Esperei uns cinco minutos pra que ela aparecesse em frente ao portão, vestida com um pijama e de cabelo bagunçado, ela era linda, só que infelizmente não é mais dela que eu gosto.

- Oi amor que surpresa você por aqui, aconteceu alguma coisa? - Me deu um rápido beijo nos lábios e me olhou nos olhos, eu esteva visivelmente abalado, só não poderia deixar isso atrapalhar o nosso momento.

- nada amor, apenas o cansaço, podemos entrar para conversar? Tenho algo importante para te falar.

Ela me olhou por alguns segundos com os olhos mais arregalados que o normal, eu não costumava aparecer sem avisar e muito menos com assuntos importantes, era sempre a mesma rotina entre nós dois. Mesmo assim ela me deu passagem pra entrar.

Assisti ela se sentar ao meu lado, no pequeno sofá cor bege da sala, com uma lentidão que só me deixava mais apreensivo, aquela sala pequena me deixava claustrofóbico, eu estava suando frio e meu coração parecia que ia saltar pra fora de mim.

- Anda Guilherme, você está me deixando nervosa - Ela quem falou primeiro me fazendo ficar um pouco mais tranquilo, porque não sabia como começar. Sorri de canto e resolvi por pra fora tudo de uma vez.

- Olha amor, nós dois namoramos a anos, tantos que fica até difícil contar, lembra que no começo eu contava os dias? - Perguntei e ela assentiu com um sorriso no rosto. - Hoje em dia eu não sei mais, e não é falta de interesse, só que chega a ser impossível, são anos e não mais meses, eu sou quem eu sou por culpa sua, você me transformou em um homem e eu serei eternamente grato por isso, Carol- Segurei em suas mãos e olhei no fundo do seus olhos. - Eu te amo, amo mesmo, amo muito, e eu quero que você seja a minha esposa - Nesse momento eu já estava ajoelhado no chão e pescando dentro do meu bolso a caixinha de veludo vermelho com as nossas alianças - Você aceita se casar comigo?

Eu menti, estava mentindo pra ela, eu não queria me casar e já não amava mais aquela mulher, só que naquele momento era o necessário a se fazer, dar uma chance pros dois seria o mais sensato, se casar com ela não vai ser um desafio, desafio vai ser esquecer a Aline.

Os olhos dela agora eram rios cheios de lágrimas, algumas teimosas que escorriam por seu rosto e outras que estavam presas só esperando o momento certo para cair e o seu sorriso era tão grande e tão feliz que seria impossível eu não me contagiar.

- Sim, sim, sim, sim e sim meu amor, claro que eu aceito, meu Deus como você pode fazer isso comigo, eu ainda não acredito, é serio? - Ela estava feliz e eu estava feliz por isso.

- É claro que é serio, eu vou voltar pra minha casa e hoje a noite eu quero ver a minha noiva linda com sua melhor roupa no nosso restaurante preferido - Isso foi tão clichê que até eu mesmo sentia vontade de vomitar.

Ela pulou em meu colo e me encheu de beijos, um atrás do outro, beijos apaixonados.

- Eu vou contar pra todo mundo agora mesmo, nossa a festa e o meu vestido, já vou começar a procurar tudo amanhã mesmo.

- Vai com calma princesa, eu quero curtir um pouco o nosso noivado.

- Não vou esperar mais cinco anos de jeito nenhum - Carol falou me fazendo gargalhar.

- Claro que não vai ser mais cinco anos e temos que marcar o jantar do noivado, agora estou indo, porque a lua de mel já começa hoje a noite - Dei uma piscadela e um beijo cheio de promessas em seus lábios e em seguida saí de sua casa prometendo busca-lá as 22:00, mas agora, olhando no relógio percebo que ainda são apenas 18:00 então decido passar em um lugar antes.

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EU TO BEM REVOLTADA COM O GUILHERME.

VOTEM MEU AMORES E COMENTEM MUITO PLEASE.

Beijos

Aline.

Dono Do Verde (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora