Capítulo 7 - Como a minha história começa.

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comentários pra eu saber se estão gostando de verdade.


Sabe qual é a pior parte de ter tido um dia péssimo? Acordar no dia seguinte, ter que se dar conta de tudo que aconteceu e ver que tudo aquilo não foi apenas um pesadelo.

Assim que abri os olhos no dia seguinte, aos poucos fui tendo a consciência de todos os acontecimentos e o peso de me sentir mal por tudo aquilo voltou. Não vou ser hipócrita e santificar Jimin depois de tudo que aconteceu, eu tenho a consciência dos meus atos, mas também sei que fui estimulado a chegar àquele ponto. Por outro lado, saber que eu fui capaz de bater em alguém até deixá-lo desacordado, por mais compreensível que tenha sido o motivo, não me fazia um santo também.

Me sentei na cama e fiquei apenas encarando a janela do meu quarto sentindo o peso do mundo nas minhas costas. Imaginei todos os olhares e os comentários que seriam feitos enquanto eu caminharia pela escola. Se já era difícil suportar aquele lugar normalmente, agora que uma bomba havia explodido seria ainda pior.

Minha mãe apareceu em meu quarto e, pelo o vidro da janela, pude notar que ficou me olhando por alguns minutos antes de anunciar sua presença. Dona SunHi se aproximou e se sentou ao meu lado, puxando minha mão para entre as suas logo depois. Então me virei e a olhei. Era impressionante como, mesmo que o mundo pudesse estar acabando lá fora, seu sorriso me passava toda a tranquilidade que precisava. Era como se ele sempre pudesse me dizer que tudo ficaria bem, mesmo que nenhuma palavra fosse dita.

- Hoseok, eu soube o que aconteceu ontem, mas sei que deve ter tido algo realmente grave pra você ter chegado àquele ponto. – Fiz sinal que abriria a boca para falar algo, mas fui impedido com o olhar. – E também não quero escutar mais nada sobre o assunto. Nada que eu escute vai mudar a imagem maravilhosa que eu tenho de você. Se você se envolveu em uma briga ou até matou alguém, ainda assim será o melhor filho do mundo aos meus olhos. O que seria de mim sem você, meu filho? Desde que seu pai se foi, você passou a cuidar de mim e foi forte o suficiente para aguentar tudo ao meu lado. – Poucas lágrimas começaram a aparecer em meus olhos e eu acabei virando o rosto para a janela novamente. – Hoseok, não me importa o que você fez ontem ou deixou de fazer, eu conheço todo o seu passado e me orgulho muito de ser a sua mãe. – Minha mãe apertou ainda mais forte a minha mão e me fez olhar para ela. – Olha, eu sei que não vai ser fácil. Sei que você vai precisar ser forte e arcar com todas as consequências dos seus atos, mas saiba que você não estará sozinho. Eu vou estar sempre aqui com você para o que você precisar.

- Eu sei, mãe. Disso eu nunca vou duvidar. Eu também não seria nada sem a senhora. – Sorri e beijei sua mão. Minha mãe passou a mão em meu rosto limpando as poucas lágrimas que eram derramadas e me puxou para deitar em seu colo.

- Meu filho, eu só tenho uma dúvida quanto a tudo isso. Você e Taehyung estão bem? – Disse enquanto me abraçava, e eu a olhei com um misto de surpresa e confusão. – Ai Hoseok, eu te conheço desde que você estava dentro da minha barriga. Quando você está vindo, eu já fui e já estou voltando. – Riu e eu me levantei a olhando com um semblante assustado. – Meu filho, eu vi o jeito que vocês se olham. Primeiro achei que poderia ser coisa da minha cabeça, mas quando Taehyung me disse que havia te conhecido justo naquela tarde em que você voltou para casa todo pensativo e sorridente, eu entendi que era ele. – Eu continuava a olhando, mas agora sem saber como agir e o que responder.

- M-mãe, eu... – Totalmente desconcertado com o assunto, tentei falar algo, mas fui interrompido.

- Ta tudo bem, Hoseok. Tudo que eu falei para você quando cheguei aqui ainda está valendo. Eu te amo e sempre vou amar, não importa qual seja a sua opção sexual. E olhe, você tem muito bom gosto, porque o Taehyung é lindo e vocês formam um casal digno de cinema. – Ela disse me fazendo rir alto e derramar as lágrimas que até agora tentei segurar.

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