Capítulo 4 - Como nós percebemos que não era só amizade.

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Assim como o combinado, fiquei no mesmo lugar em que nos encontramos mais cedo esperando você aparecer. Sai da sala tão rápido que ainda tinha dificuldade de respirar. Na verdade, eu não sabia se a falta de ar tinha sido causada por ter corrido feito como um louco ou por estar nervoso demais.

Desde o momento que combinamos o nosso encontro, eu simplesmente não conseguia parar quieto. Durante toda a aula me peguei imaginando como seria aquela tarde com você e isso me fez ter todos aqueles sinais claro de quem está muito nervoso. Perdi as contas de todas as vezes que percebi que estava balançando a perna, batendo a caneta no caderno, olhando pro relógio acima da lousa, roendo as unhas. Pra ser sincero, eu fiz tudo isso e um pouco mais, menos prestar atenção na aula.

Naquele exato momento, eu me encontrava sentado no muro baixinho do jardim da escola brincando com meus dedos e olhando para todos os lados te procurando. Até que te vi caminhando sorridente ao meu encontro, e o sorriso que estava esperando para aparecer em meus lábios finalmente pôde vir à tona.

- Desculpa te fazer esperar. Meu professor acabou me chamando para me dizer rapidamente o que eu perdi na aula de ontem. – Em meios às suas pausas para puxar o ar durante a fala, vi que não fui o único que correu para encontrar alguém e isso me fez dar uma leve risada.

- Tudo bem, pequeno. Eu também sai da sala quase agora. – Menti, não sei se foi para te tranquilizar ou para não dar o braço a torcer a mim mesmo sobre os meus sentimentos.

- Ainda bem. Estava com medo de ter te feito esperar muito.

Estávamos tão concentrados naquela conversa que não percebemos seu irmão se aproximando. Só notamos sua presença perto de nós quando ele se dirigiu a você sem qualquer tipo de paciência ou simpatia.

- Pirralho, acorda! Ficou surdo? Estou te chamando à meia hora. – Disse Jimin visivelmente transtornado de raiva cruzando os braços sobre o peito.

- Desculpa, Minie. Eu realmente n-não te ouvi. – Mesmo sendo tratado da maneira mais rude possível, você manteve seu tom de voz calmo e gentil.

- Eu não te ouvi. – Jimin fez uma imitação do que você falou se utilizando de um tom de criança. Preciso confessar que estava me segurando para não virar a cara daquele garoto com um murro. – Tá, tá, pirralho. Vai querer vir pra casa ou vai ficar de conversa com o baixa-renda ai?

Ao ouvir aquele insulto, eu apenas ri sem achar graça e passei a mão no rosto, voltando o olhar a ele logo em seguida com as mãos na cintura. Você percebeu que eu estava a ponto de perder o controle sobre mim e segurou meu braço. Relaxei o maxilar e me afastei um pouco de vocês a fim de tentar me acalmar.

- Desnecessário, Jimin, desnecessário. É impressionante como você ainda consegue bater todos os recordes de inconveniência. E não, não vou com você. Se for por isso que você está aqui, já pode ir. Saiba que esperou à toa.

Jimin apenas olhou para você e depois para mim fixando seu olhar no meu por alguns segundos. Preferi não responder a sua provocação e procurei qualquer outra coisa como o meu foco de visão. Em seguida, ele apenas deu de ombro e deixou você olhando para o lugar onde antes estava.

Você correu até a mim me implorando para te perdoar por um erro que você não havia cometido. Eu apenas falei para você deixar de lado e, durante o caminho para minha casa, te expliquei todos os motivos pelos quais eu e Jimin nunca havíamos nos dado bem. O mais engraçado é que quanto mais eu te contava, menos você se surpreendia. Você já conhecia muito bem seu irmão para saber que ele era capaz de qualquer coisa.

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