Asmodeus.

Terror.

WATTPAD TÁ UM LIXO. UM LIXO. APLICATIVO BOSTA DO CARALHO. 

recomendo, E MUITO, duas músicas (eletronicas pesadas do mau) que se chamam:

Vini Vici - The Tribe.

Astrix - Deep Jungle Walk. 

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Camila abriu os olhos, sentia-se sem ar, um pouco zonza ela olhou ao redor, reconheceu o lugar, seu quarto no orfanado, porém no piscar seguinte ela não estava mais lá. A área era sufocante, quente, cheirava à carne queimada e fuligem. Sons horríveis ao seu redor, gritos agoniantes que ela não sabia de onde vinham, um vento quente e constante. Ela ergueu seu torso, usava seu uniforme, a caxarrel lhe sufocava. O chão abaixo de si era sujo, algo escuro e grudento manchava sua roupa. Só poderia ser um sonho, ela pensou. Fechou os olhos com força, aqueles gritos parecendo invadir-lhe a alma, mas de nada adiantava, simplesmente não acordava.

Levantou-se, seu cabelo lhe cobria a face por causa daquele vento todo e teve que amarrá-lo de uma forma desleixada. Olhou ao seu redor, destruição e sujeira, muita sujeira. O chão tinha uma textura diferente quando ela começou a caminhar, como se pisasse em carne crua, a sensação era a pior possível. Tentou tapar o nariz, um cheiro forte e ácido era carregado junto daquele vento. Os sons de gritos se aproximavam, olhou para trás e ao longe, entre a névoa densa de poeira, ela enxergou uma sombra grande se aproximar. Seu primeiro instinto foi querer correr para o mais longe, mas aquela textura do chão era terrível para correr e ela sabia que se desse alguns passos mais rápidos acabaria caindo de cara naquelas poças nojentas de sujeira negra.

Caminhou contra o vento, tapando os olhos com o braço que não cobria o nariz. Um pouco à frente ela pôde enxergar uma construção deplorável, não queria nem saber como aquilo se mantinha de pé sobre aquele chão. Olhou para trás e a coisa se aproximava, passos lentos, mas longos, as pernas pareciam desproporcionais ao resto do tronco, assim como os braços que eram finos e muito longos. Não queria ficar ali para aquela coisa a encontrar, então foi rápido se esconder na pequena construção.

A porta estava tombada no chão, encoberta por aquela sujeira negra, as janelas destruídas talvez pela força do vento. O cheiro era terrivelmente mais forte ali, lhe causava ânsia. Estava escuro, muito escuro, mas ela pôde notar que era uma sala. Precariamente mobiliada, os móveis rasgados ou queimados, uma tevê ligada em um canal de estática. Ela sentiu que reconhecia aquele lugar, mas a imagem lhe causava um sentimento estranho. Havia uma cozinha também, essa em um estado pior ainda, pedaços de carne jogadas para todos os lados, gosmas de carne pingavam da mesa de centro para o chão em montanhas de carne podre, a pouca luz que entrava ali assustava os insetos enormes que caminhavam e emitiam sons estranhos. Seu estômago não aguentaria muito mais daquilo, então ela se afastou e voltou para a sala notando uma escada ali que levava para um possível segundo andar.

Não sabia se deveria subir, mas um estalo vindo da cozinha a incentivou a subir quase correndo a escada, evitando de tocar no corrimão e também tinha insetos esquisitos caminhando em silêncio.

Respirava com dificuldade quando chegou no segundo andar, a caxarrel fazia seu corpo suar e ela só queria voltar para sua cama. Estava a um ponto de cair no choro e gritar para Asmodeus lhe ajudar, mas o demônio não estava por ali e algo lhe dizia que não apareceria.

Haviam dois únicos quartos no corredor apertado, ambos com as portas quebradas, mas de um em questão ela podia ouvir um som estranho. Se assemelhava aos grunhidos que Asmodeus emitia em sua forma bestial. Ela não queria, realmente não queria ir até lá, mas sua curiosidade era tremenda.

Seu corpo tremia a medida que avançava alguns passos, seu coração parecia ter um ritmo só: desesperado. Ela nunca se sentiu tão aterrorizada na vida e quanto alcançou os sons seu estômago não aguentou.