Alan e Alice não se viram durante um mês, talvez o cupido tenha admitido que eu estava certo.
Alice está saindo com um cara há uma semana e estão quase em um relacionamento.
Seu pai superou o aborto de Alice, porém pouco falava com ela.
Alice por sua vez insistia como uma boa filha, sua mãe a carregava no colo e queria sempre que a filha tivesse tudo que desejasse.— Tenha um bom dia, Alice! —Maria beija a testa dela.
— O mesmo para a, Dona Maria! —Alice sai rumo ao restaurante.
Caminha lentamente pensando em Carlos, ele era um bom rapaz e agradava Alice em tudo, mas no fundo ela se sentia vazia.
Alice se perde no meio de seus pensamentos e acaba passando direto pelo restaurante, ela para e pensa um pouco.
Alguém esbarra em Alice, ela olha para cima para saber quem é e leva um grande susto.
— Alice, Alice, seguindo o coelho? — Alan diz irônico.
— Na verdade acho que me perdi... —ela morde o lábio inferior confusa, olha a seu redor.
— Depende, se estava me procurando não está tão perdida assim! —ele ajeita sua gravata de forma orgulhosa.
— Você não tem nada à me oferecer, por que procuraria o senhor? —Alice pergunta ainda olhando em sua volta.
— Então, boa sorte! —ele responde sentindo seu orgulho sangrar.
— Para o senhor também! —Alice avista o restaurante e sai correndo.
Alan odeia o jeito como Alice reage à ele, mas odeia ainda mais sua pressa e jeito desastrado, perdido.
Indústrias Clarke
Alan estava indo para sua primeira entrevista de emprego. Ele vai até a empresa e quando as perguntas começam a ser feitas ele fica com a imagem da garota que ele menos queria ver, tenta afastar suas palavras, na sua mente vem a imagem de Alice mordendo o lábio de forma confusa.
Ele começa a ficar nervoso, olha para o relógio a cada minuto, olha para os quadros nas paredes do escritório, em cada pintura vê o rosto de Alice. Cada pensamento que vem à sua mente envolve a mesma garota. Ele bate um dos pés apressado e nervoso, ansioso.
Não roer as unhas começa a se tornar algo impossível, mas ele se segura.
— O senhor está bem? —a mulher sentada em sua frente pergunta olhando-o totalmente curiosa.
Por um segundo ele pensa ver Alice, passa os dedos nos olhos e apenas assente com um movimento.
— Aqui diz que já foi presidente das Indústrias Thompson... —ela diz apontando para o papel em sua mesa, Alan assente — Por que deixou de ser?
— Motivos pessoais... —Alan mente, afinal, ele não poderia dizer que a empresa estava a entrar em um processo de falência.
— O emprego é seu... —a mulher responde.
Alan sai da empresa animado, mas intrigado com a garota que não saía de sua mente. Ele passa pelo restaurante e a vê atender as pessoas com um enorme sorriso.
Ela o vê pela vitrine e faz cara feia.
Alan sorri e resolve entrar para provocá-la, ele se senta em uma das mesas totalmente tranquilo.Alice mostra para um de seus colegas a mesa à ser atendida.
— Você devia atender, ele está olhando para você! —Julia diz se virando para Alice.
— Eu não quero! —Alice sai de perto de Julia e vai para as outras mesas.
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A dracma da felicidade
RomanceSabe quando dizem que a vida separou alguém? Sabe quando o cupido entra em uma guerra contra a vida para fazer duas pessoas se apaixonarem? Mas daí, onde mora o livre arbítrio? Alan e Alice são de mundos totalmente opostos e suas vidas se cruzam de...