4 de março de 2017

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Alice acorda às cinco da manhã e resolve dar uma volta pela cidade, logo Alice a garota que tropeça e esbarra em tudo.

O sol não havia nascido ainda, ela olhava para as ruas e caminhava lentamente.

Então chega em uma parte deserta da cidade, onde há uma praça, se senta sobre o gramado, observa o sol nascer entre montanhas e prédios.
Sem ninguém para dizer algo ela continua ali, aprecia o silêncio misturado ao canto dos pássaros ao fundo.

Ela pega um pedaço de papel que havia guardado em seu bolso e um lápis, logo o papel em branco ganha um esboço do belo nascer do sol.

Guarda novamente o pequeno papel em seu bolso junto ao lápis, volta para casa caminhando lentamente com os pensamentos dominando sua mente, ainda não havia admitido a ideia de que Alan moraria em sua casa.

Ela chega em casa e sente o cheiro do delicioso café que a fazia delirar, entra em casa olhando em volta e se assusta com a cena.

— Bom dia, Maria Alice! —Alan diz em um tom provocativo.

— O que faz aqui? —Ela olha para ele sentado à mesa com uma xícara a frente.

— Vim conversar com você, mas como não estava... —ele faz um gesto indicando a cadeira ao seu lado.

— Você mesmo disse que não viria morar aqui, então vamos deixar isso... Eu consigo resolver sem você! —ela diz tirando seu casaco.

— E eu não posso te fazer uma visita? —Alan pergunta com indignação.

— Não há necessidade... —Ela se senta ao lado dele.

Ela toma um pouco de café, mas se recusa a comer algo pois não sente fome ou vontade.

Alan observa-a em silêncio, ele queria perguntar se ela não ia comer algo, mas não se atreveu.

— Ainda está de pé? —Alice pergunta se referindo ao que sugeriu a Alan.

— O que está de pé? —Alan a olha curioso, ele havia esquecido que tinha combinado que Alice lhe mostraria sua diversão.

— Amanhã, domingo, temos um compromisso! A diversão te aguarda! —Alice bate palmas animada e volta a bebericar o café.

— Eu acho que deveria parar de tomar café! —ele pega a xícara de café e tira de sua mão.

— Se você fizer isso ela não irá funcionar! —a mãe de Alice diz devolvendo a mesma para Alice.

— O que vamos fazer hoje? —Alice pergunta animada.

— Sério isso? —Alan pergunta, Alice o olha sem entender— Não está brava comigo? —ele pergunta e ela apenas nega balançando a cabeça de um lado para o outro— Eu arruinei suas chances de fazer uma boa faculdade! 

— Nunca quis conseguir assim, sabe... Eu valorizo muito meu precioso suor! —Alice termina de beber o café e se levanta— Hoje não temos nada para fazer, vá para casa! 

Alan se levanta, Alice havia lhe dado um tipo de lição, mas ele não entendeu. A lição era simples, mas ele ainda não havia entendido.

Ele sai da casa de Alice e como nenhuma mudança acontece de um momento para o outro, a grande montanha começou a ser movida dentro dele, mas não de repente. Acontecia de grão em grão, uma mudança não vista a olho nu, somente olhos vestidos de pureza e fé enxergavam.

Alice passou o dia quieta em em seu quarto, sua mãe quase não apareceu.

Ela olha para o celular e se lembra de Alan. Acende a tela e observa até que se apague alguns segundos depois, seus olhos se fecham lentamente.

Um apartamento em NY 

 Alan olha para cada canto do apartamento, se sente só. Nessa mesma época há um Alan estava bem e noivo da filha de um dos sócios do seu pai, mas após a inevitável falência separou os dois.

Ele liga a tv e nada do que passa lhe agrada, a noite lá fora é escura e o brilho da lua se destaca. Ele se lembra de Alice e na sua imaginação seu rosto se forma e ele começa a escutar sua doce voz em sua mente. Quando se pega pensando nela se irrita e volta a procurar algo para fazer.

— Por que você não sai da minha cabeça? —ele pergunta desligando a TV — Por que estou falando sozinho?

Ele fecha os olhos e passa a mão sob o rosto.

Ele se levanta minutos depois e toma um banho quente, assim todos os músculos se relaxam e ele sai já vestido.

Se deita na cama e se encobre. Logo ele cai no sono.

Alan vê um campo coberto por pequenas flores amarelas ele olha em volta, a luz do sol não muito forte ilumina aquele campo dourado com detalhes verdes. Então ele vê Alice.

Alan corre até Alice para lhe abraçar, mas em um segundo quando está há quase um passo ele estica o braço e ela se desfaz em pequenas borboletas brancas.

Ele olha em volta e vê Alice ainda mais longe, corre muito até que se canse, parecia não conseguir chegar mais perto e cada passo para mais perto parecia o distanciar.

Alan se contorce na cama e se levanta.

—Alice? —ele quase grita.

Ele olha em volta e percebe que tudo foi um sonho, se irrita. E tenta voltar a dormir.

A dracma da felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora