Alice joga o celular no chão irritada, aquele velho telefone não funcionava nunca. Depois de acordar atrasada decidiu que não iria trabalhar, essa é a hora d'agua.
Alice apenas se prepara para ir até lá receber sua demissão.
Ela sai em direção ao restaurante a pé com sua pequena bolsa nas mãos, olhava para as linhas no chão e tentava não pisar.
Não parecia ter 21 anos de idade nem de longe e seu jeito inocente se assimilava à uma criança.— O que faz por aqui a essa hora? —ela escuta a voz de Carlos ao seu lado e sente o odor familiar.
— Nada... —ela responde desinteressada.
— Deveria estar trabalhando! —a fumaça do cigarro é jogada no rosto de Alice.
— Você devia procurar um emprego, fumar à custa de seus pais está ficando feio! —ela alfineta.
— É impossível ter uma conversa com você! —Carlos diz andando mais rápido para acompanhar Alice.
— Não com essa porcaria na sua boca! —ela continua andando sem olhar para ele.
— Quem é o fumante? —a voz de Alan é ouvida ao seu lado e ela sente seu perfume.
— Não conheço! —Alice dá de ombros e entra no restaurante deixando os dois para trás.
Júlia vê Alice e faz careta.
— Justine está te procurando! —ela sussurra.
Alice sempre ria do nome esquisito da mulher, mas dessa vez ficou apenas séria. Não queria perder o emprego, isso deixaria seus pais frustrados.
Ela seguiu até a sala da mulher com os dedos cruzados, esperando que um milagre acontecesse.
Ela bate na porta apreensiva, a mesma se abre e ela entra quase tremendo.— Maria Alice não é? —a mulher pergunta séria e ela apenas assente — Sempre atrasada... — ela lê um papel.
— Me desculpa, mas não é sempre... —Alice interrompe, a mulher a olha com desaprovação e ela fica quieta.
— Problema com um cliente... —ela continua.
— Me dê mais uma chance por favor? —Alice praticamente implora.
— A última! Volte ao seu trabalho! —ela responde de forma severa.
Apesar das trapalhadas de Alice, Justine gostava dela é não queria a demitir.
No horário de almoço ela sai e acaba vendo Alan.
— Olá Alice! — O homem diz olhando-a de cima a baixo.
— Olá, senhor! —Alice responde irônica segurando seu avental como um vestido e fazendo uma pequena reverência.
Quando disse que muita coisa havia mudado é que as coisas mudaram mesmo, Alice já era uma garota mais esperta e não era qualquer um que brincava com ela, apesar de ainda ser muito meiga e caridosa ainda assim era inteligente. Até mesmo seus pais estranhavam seu jeito de agir, achavam aquilo uma grande novidade.
Alan por algum motivo desejava a Alice de jeito totalmente meigo de volta, mas ela estava feliz assim e também não fazia mal a ninguém.
— Quer almoçar comigo? — ele pergunta e eu começo a torcer para que ela diga que não.
— Eu vou almoçar em minha casa hoje...—Ela se vira de costas e vai se distanciando de Alan.
Nessa hora eu queria fazer uma dancinha da vitória, isso seria mesmo esquisito... Seria esquisito o suficiente para que você parasse de ler isso agora!
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A dracma da felicidade
RomantizmSabe quando dizem que a vida separou alguém? Sabe quando o cupido entra em uma guerra contra a vida para fazer duas pessoas se apaixonarem? Mas daí, onde mora o livre arbítrio? Alan e Alice são de mundos totalmente opostos e suas vidas se cruzam de...