3 de março de 2017

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Alice passou 3 longos dias olhando para o cartão, claro que ela trabalhou e fez outras coisas, mas o tio de Alan ficou em sua mente.
E suas palavras se repetiam incessantemente, ela se perguntava o que seria cobrado ou quanto seria cobrado.

— Alice, Carlos está aqui! —a mãe de Alice chama batendo em sua porta.

— O que ele quer? —Alice não se levanta da cama, apenas olha para a porta.

— Ele quer falar com você! —Maria diz.

— Diga pra que ele venha aqui... —ela se levanta e olha pela janela, a rua iluminada por postes e depois para cima onde a luz da lua reflete perfeitamente iluminando o céu.

Ela se encanta com o céu é as estrelas de tal maneira que não vê Carlos entrar, só se liga quando ele pigarreia.

Ela sente o cheiro forte e comum do cigarro. Então se vira para ele devagar, olhando diretamente para seu rosto, se levanta e caminha lentamente até uma poltrona onde se senta.

— O que quer? —ela pergunta olhando para a parede atrás dele.

— Precisava ver você...—ele olha para Alice e se segura para não ir até ela.

— Me ver? Existe tanta gente em Nova York, por que eu? —ela pergunta com uma pitada de humor na voz.

— Mas, não quero ver ela, preciso ver você. —ele não se segura e se levanta indo até ela— Você sabe que eu preciso de você... Eu não consigo mais fumar!

— Não? Esse cheiro vem de onde? —ela pergunta se levantando, anda de um canto do quarto para o outro.

— Isso não sai fácil!— ele diz observando Alice andar.

— Me conta outra! Eu realmente preciso dormir! —Ela se levanta e abre a porta apontando para a mesma.

Ela queria que ele fosse embora, ele é um mentiroso assim como Alan era, mas nesse momento Carlos tinha um ponto a menos que era facilmente inalado no ar.

— É aquele cara? Você prefere ele?—Quase pode se sentir desespero em sua voz.

— Maria, tem um homem querendo falar com você! —minha mãe diz segurando o portal, olho para Carlos e ele me olha de volta dando de ombros.

— É noite das visitas? Alguém colocou uma placa lá embaixo? —ela pergunta— Você tem que ir agora, seu horário terminou!

— Vou pedir pra que entre, o homem parece importante e disse que o assunto é sério! —ela se vira, enquanto isso Carlos sai olhando-a irritado.

O homem a quem ela quase havia atropelado entra no quarto, Alice fica nervosa e sem querer acerta uma pantufa no homem, ele a olha e ri.

— Como sabe onde moro? —Alice pergunta e a resposta para sua pergunta passa pela porta sob suas pernas— Entendi, entendi! Mas, por que ninguém me avisou? 

— Porque você precisa disso!— Alan diz com uma caixa na mão e me entrega a mesma.

— Ah... Era de se imaginar! —ela pega a caixinha sem cerimônia.

— Não vai nem se recusar a aceitar o presente? —o tio de Alan pergunta.]

— Seria perda de tempo, no final eu aceitaria não por insistência e sim porque queria, a vida é preciosa demais para fazer uma cena toda vez que alguém te dá algo.— ela termina de responder.

— Eu vim aqui para te fazer a proposta... —ele diz por fim— Eu quero que se case com Alan, assim terá seus estudos completamente pagos.

— Me casar? —ela ri e olha para Alan que não vê graça alguma na situação— Com Alan? Olha pra ele! 

— Não acha Alan bonito? — o senhor pergunta confuso.

— Claro que acho, ele é bonito, mas olha pra ele, ele não quer isso! —ela para de rir e olha para os dois— Eu não vou me vender em troca de uma bolsa, existem inúmeros recursos pra conseguir uma, posso pagar meus estudos, é isso que estou fazendo.

— Você não consegue pagar a faculdade com o que ganha! —Alan passa os dedos no cabelo.

— Eu consigo o que eu quiser! —ela diz.

— Eu posso te oferecer algo melhor então! —o senhor diz chamando atenção dos dois— Posso te dar um emprego em minha empresa que pague a faculdade, mas você tem que conviver com Alan! 

— Por que toda essa obcessão sobre eu ficar junto a ele? —ela pergunta e o senhor faz um gesto pra que Alan saia do quarto.

Depois de Alan sair, o senhor finamente se pronuncia.

— Eu ainda não sei seu nome...— ela diz olhando para o senhor em sua frente.

— Himineu... —ele diz e espera sua reação ela apenas começa a rir— Sabe a origem? 

— Não, é um nome diferente! —ela segura o riso.

— Um dia vai saber... Eu preciso que você se mantenha perto dele pois ele precisa de alguém com sonhos para o influenciar, eu vi sonhos em você desde quando te vi pela primeira vez! Pode me ajudar a salvá-lo? —Himineu diz e Alice solta um longo suspiro e depois assente.

— Mas, eu prefiro a segunda proposta! —ela diz.

— Vou alugar o apartamento pra vocês dois imediatamente... —Himineu diz pegando o celular.

— Pera aí, quê? Apartamento? —Alice segura a mão do homem que segura o celular.

— Como disse, ele teria que conviver com você. —ele diz.

— Nãoo, tenho uma ideia melhor, ele pode vir morar aqui comigo e meus pais! —ela responde.

— Então quer estudar na faculdade local? —ele pergunta se levantando de onde estava sentado, ele apenas assente — Então, me ligue para confirmar. —ele tira outro cartão do bolso.

— Eu tenho um! —Alice diz.

— Pensei que não, outra pessoa teria ligado... — Ele guarda novamente o cartão.

— Eu sou Alice! —ela responde com humor.

— E eu Himineu, você vai entender o porquê desse nome um dia! —Ele abre um sorriso.

— Bem, boa noite. —Alice diz e Alan entra no quarto.

— Isso foi constrangedor, você aceitou? —Alan pergunta parecendo segurar o ar.

— Digamos que eu mudei a proposta... —ela responde piscando para Alan.

— Vocês não vão ter que se casar. —Himineu diz e Alan finalmente volta a respirar — Mas, terá que morar aqui e vai contribuir é claro!

— Aqui? —ele pergunta é gargalha, Himineu continua sério e então ele para de rir — Até casar com ela seria melhor!

Alice o encara ofendida, sua mãe logo entra no quarto e olha para todos.

— O que está acontecendo? —Maria pergunta.

— Temos um hóspede... —Alice aponta para Alan irritada.

— Senhora, eu gostaria de falar em particular... —Himineu diz — Se resolvam! —ele aponta para Alice e a Alan.

Alice se senta na poltrona.

— Onde eu vou dormir se vier morar aqui? —Alan pergunta depois de minutos incontáveis de silêncio.

— Oras, na sala, o sofá é um pouco duro, mas não mais que você! —Alice alfineta.

— E sua cama? É macia como você? —ele pergunta se sentando na mesma.

— Agora que está aí, o que acha? —ela pergunta se acomodando na poltrona.

— É mais macia que você! —Alan bate na cama chamando Alice para se sentar ali, ela faz que não com um gesto.

— Eu não te aceitei totalmente aqui. —Ela fecha os olhos e tenta relaxar todos os músculos de seu corpo.

A dracma da felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora