Alice passou 3 longos dias olhando para o cartão, claro que ela trabalhou e fez outras coisas, mas o tio de Alan ficou em sua mente.
E suas palavras se repetiam incessantemente, ela se perguntava o que seria cobrado ou quanto seria cobrado.— Alice, Carlos está aqui! —a mãe de Alice chama batendo em sua porta.
— O que ele quer? —Alice não se levanta da cama, apenas olha para a porta.
— Ele quer falar com você! —Maria diz.
— Diga pra que ele venha aqui... —ela se levanta e olha pela janela, a rua iluminada por postes e depois para cima onde a luz da lua reflete perfeitamente iluminando o céu.
Ela se encanta com o céu é as estrelas de tal maneira que não vê Carlos entrar, só se liga quando ele pigarreia.
Ela sente o cheiro forte e comum do cigarro. Então se vira para ele devagar, olhando diretamente para seu rosto, se levanta e caminha lentamente até uma poltrona onde se senta.
— O que quer? —ela pergunta olhando para a parede atrás dele.
— Precisava ver você...—ele olha para Alice e se segura para não ir até ela.
— Me ver? Existe tanta gente em Nova York, por que eu? —ela pergunta com uma pitada de humor na voz.
— Mas, não quero ver ela, preciso ver você. —ele não se segura e se levanta indo até ela— Você sabe que eu preciso de você... Eu não consigo mais fumar!
— Não? Esse cheiro vem de onde? —ela pergunta se levantando, anda de um canto do quarto para o outro.
— Isso não sai fácil!— ele diz observando Alice andar.
— Me conta outra! Eu realmente preciso dormir! —Ela se levanta e abre a porta apontando para a mesma.
Ela queria que ele fosse embora, ele é um mentiroso assim como Alan era, mas nesse momento Carlos tinha um ponto a menos que era facilmente inalado no ar.
— É aquele cara? Você prefere ele?—Quase pode se sentir desespero em sua voz.
— Maria, tem um homem querendo falar com você! —minha mãe diz segurando o portal, olho para Carlos e ele me olha de volta dando de ombros.
— É noite das visitas? Alguém colocou uma placa lá embaixo? —ela pergunta— Você tem que ir agora, seu horário terminou!
— Vou pedir pra que entre, o homem parece importante e disse que o assunto é sério! —ela se vira, enquanto isso Carlos sai olhando-a irritado.
O homem a quem ela quase havia atropelado entra no quarto, Alice fica nervosa e sem querer acerta uma pantufa no homem, ele a olha e ri.
— Como sabe onde moro? —Alice pergunta e a resposta para sua pergunta passa pela porta sob suas pernas— Entendi, entendi! Mas, por que ninguém me avisou?
— Porque você precisa disso!— Alan diz com uma caixa na mão e me entrega a mesma.
— Ah... Era de se imaginar! —ela pega a caixinha sem cerimônia.
— Não vai nem se recusar a aceitar o presente? —o tio de Alan pergunta.]
— Seria perda de tempo, no final eu aceitaria não por insistência e sim porque queria, a vida é preciosa demais para fazer uma cena toda vez que alguém te dá algo.— ela termina de responder.
— Eu vim aqui para te fazer a proposta... —ele diz por fim— Eu quero que se case com Alan, assim terá seus estudos completamente pagos.
— Me casar? —ela ri e olha para Alan que não vê graça alguma na situação— Com Alan? Olha pra ele!
— Não acha Alan bonito? — o senhor pergunta confuso.
— Claro que acho, ele é bonito, mas olha pra ele, ele não quer isso! —ela para de rir e olha para os dois— Eu não vou me vender em troca de uma bolsa, existem inúmeros recursos pra conseguir uma, posso pagar meus estudos, é isso que estou fazendo.
— Você não consegue pagar a faculdade com o que ganha! —Alan passa os dedos no cabelo.
— Eu consigo o que eu quiser! —ela diz.
— Eu posso te oferecer algo melhor então! —o senhor diz chamando atenção dos dois— Posso te dar um emprego em minha empresa que pague a faculdade, mas você tem que conviver com Alan!
— Por que toda essa obcessão sobre eu ficar junto a ele? —ela pergunta e o senhor faz um gesto pra que Alan saia do quarto.
Depois de Alan sair, o senhor finamente se pronuncia.
— Eu ainda não sei seu nome...— ela diz olhando para o senhor em sua frente.
— Himineu... —ele diz e espera sua reação ela apenas começa a rir— Sabe a origem?
— Não, é um nome diferente! —ela segura o riso.
— Um dia vai saber... Eu preciso que você se mantenha perto dele pois ele precisa de alguém com sonhos para o influenciar, eu vi sonhos em você desde quando te vi pela primeira vez! Pode me ajudar a salvá-lo? —Himineu diz e Alice solta um longo suspiro e depois assente.
— Mas, eu prefiro a segunda proposta! —ela diz.
— Vou alugar o apartamento pra vocês dois imediatamente... —Himineu diz pegando o celular.
— Pera aí, quê? Apartamento? —Alice segura a mão do homem que segura o celular.
— Como disse, ele teria que conviver com você. —ele diz.
— Nãoo, tenho uma ideia melhor, ele pode vir morar aqui comigo e meus pais! —ela responde.
— Então quer estudar na faculdade local? —ele pergunta se levantando de onde estava sentado, ele apenas assente — Então, me ligue para confirmar. —ele tira outro cartão do bolso.
— Eu tenho um! —Alice diz.
— Pensei que não, outra pessoa teria ligado... — Ele guarda novamente o cartão.
— Eu sou Alice! —ela responde com humor.
— E eu Himineu, você vai entender o porquê desse nome um dia! —Ele abre um sorriso.
— Bem, boa noite. —Alice diz e Alan entra no quarto.
— Isso foi constrangedor, você aceitou? —Alan pergunta parecendo segurar o ar.
— Digamos que eu mudei a proposta... —ela responde piscando para Alan.
— Vocês não vão ter que se casar. —Himineu diz e Alan finalmente volta a respirar — Mas, terá que morar aqui e vai contribuir é claro!
— Aqui? —ele pergunta é gargalha, Himineu continua sério e então ele para de rir — Até casar com ela seria melhor!
Alice o encara ofendida, sua mãe logo entra no quarto e olha para todos.
— O que está acontecendo? —Maria pergunta.
— Temos um hóspede... —Alice aponta para Alan irritada.
— Senhora, eu gostaria de falar em particular... —Himineu diz — Se resolvam! —ele aponta para Alice e a Alan.
Alice se senta na poltrona.
— Onde eu vou dormir se vier morar aqui? —Alan pergunta depois de minutos incontáveis de silêncio.
— Oras, na sala, o sofá é um pouco duro, mas não mais que você! —Alice alfineta.
— E sua cama? É macia como você? —ele pergunta se sentando na mesma.
— Agora que está aí, o que acha? —ela pergunta se acomodando na poltrona.
— É mais macia que você! —Alan bate na cama chamando Alice para se sentar ali, ela faz que não com um gesto.
— Eu não te aceitei totalmente aqui. —Ela fecha os olhos e tenta relaxar todos os músculos de seu corpo.
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A dracma da felicidade
Любовные романыSabe quando dizem que a vida separou alguém? Sabe quando o cupido entra em uma guerra contra a vida para fazer duas pessoas se apaixonarem? Mas daí, onde mora o livre arbítrio? Alan e Alice são de mundos totalmente opostos e suas vidas se cruzam de...