7 de março de 2017

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Alice se prepara para ir até a faculdade com Himineu, veste uma calça e uma camiseta, calça um all star (clássico esse).

Começa a pentear os cabelos, se olha no espelho e franze as sobrancelhas, solta a escova e faz caretas olhando para o espelho.

Alguém bate na porta, mas quando ela se vira vê que a pessoa já estava dentro do quarto.

— O que foi isso? —Alan pergunta com um sorriso de deboche.

— Nada! —Alice diz se levantando, faz um coque no cabelo e Alan fica observando-a.

Ele não tinha percebido ainda que queria Alice perto de si e que não queria mais ninguém, ele apenas se sentia bem com ela.
Já chegava o momento em que ele perderia para valorizar.

— Você é maluca mesmo? —Alan pergunta observando Alice organizar sua bolsa e pasta.

— Eu? —Alice para por um segundo e olha para Alan que assente, ela irritada apenas fecha a bolsa e sai do quarto.

— Por que está assim? —Alan pergunta seguindo Alice.

— Você!! —Alice responde se virando e batendo no peito de Alan por vezes seguidas, Alan a olha sem entender e depois sorri —Seu nojento!

Alice volta a andar e sai de casa ainda brava, Alan a persegue.

— Do que está falando? —Alan pergunta tentando acompanhar Alice que anda a passos firmes.

— Você e aquela... Aquela... —Alice tenta não dizer um palavrão.

— Está com ciúmes... —Ele começa a rir de Alice.

— Não estou com ciúmes! —ela diz trincando os dentes.

— Não está? —ele pergunta sarcástico.

— Não! —Alice cruza os braços e enche as bochechas de ar pisando firme.

— Você gosta de mim... —ele diz rindo e Alice fica vermelha.

— Eu não... —Alice diz em um tom indignado abrindo a boca.

Alan  imita Alice, que começa a rir.

O carro de Himineu para perto de Alice.
Ela sobe e logo em seguida Alan, os dois se olham e ele começa a rir.

— Você não precisa morar comigo! —Alice diz rapidamente, ela queria poder pular do carro depois de dizer isso.

— O que? —ele pergunta e indignado.

— Você não precisa morar comigo e meus pais! —ela repete irritada.

O coração de Alice se aperta, ela está apaixonada.
O cupido conseguiu o que queria.

— Eu... Eu... Eu... Não queria ter que te dizer isso! —Alice gagueja olhando para Alan, atrás vê a estrada passando através da janela.

— Por que não quer que eu more com você? —Alan pergunta preocupado.

— Você precisa da sua privacidade... —Alice responde se virando para o outro lado.

— É por causa da Júlia? —ele pergunta já sabendo a resposta — Você está com ciúmes!

Alice não responde, apenas pensa.

— Eu vou morar com você! —Alan diz convencido.

—Eu não quero! —Alice cruza os braços sem olhar para Alan.

— Você quer... —Alan diz se aproximando de Alice.

— Não quero não! —Alice se encolhe perto da porta e olha para Alan pelo canto dos olhos — Não me olha assim!

— Como estou te olhando? —Alan provoca.

— Assim! —Alice olha para ele com um olhar de malícia.

Alan não resiste e se aproxima de Alice ainda mais, dessa vez ela não resiste.

Alan beija Alice, ele finge um beijo apaixonado, ele não quer nada com Alice apesar de seu coração dizer o contrário. Alice retribui o beijo cheia de intensidade.

Depois de estarem sem fôlego eles param e apenas depois disso, Alice olha para Alan.

— O que foi isso? —Alice pergunta entre suspiros.

— Um beijo... —ele sorri orgulhoso.

Alice toca os próprios lábios pensativa.

— Nunca mais faça isso! —Alice repreende Alan.

— Você fala demais! —Alan toma fôlego e a beija outra vez até que o perca de novo.

Alice fica em silêncio depois disso, o carro para e Alice se sente renovada outra vez ao ver a faculdade.

— Obrigada! —Alice agradece batendo no ombro do motorista que assente — Por que está aqui? —ela se vira para Alan.

— Vim te acompanhar, tio Himineu chegará só mais tarde... — Alan desce do caro.

— Ninguém vai ficar sabendo, não é? —Alice pergunta para Alan.

— Só se você ou ele contarem. —Alan aponta para dentro do carro e então se inclina para a janela do motorista —Vai contar?

— Não senhor! —o motorista responde com o tom submisso.

" Idiota " —Alice murmura.

— Eu escutei! —Alan ri.

Ela entra na faculdade e vê alunos andando para todos os lados.

— Espere, Alice! —ela escuta a voz de Himineu e se vira para ele — Eu irei com você!

Alice começa a andar quando ele para ao seu lado e ele a acompanha.

— Onde está Alan? —Alice pergunta para Himineu.

— Ele está logo atrás, por que estão esquisitos? —Himineu pergunta enquanto andam até a secretaria da faculdade.

— Esquisitos? —ela pergunta arqueando as sobrancelhas.

— Estão calados... —ele responde, Himineu sabe bem o que aconteceu entre eles — Ele se decidiu sobre morar com sua família?

— Eu não quero que ele venha. —Alice responde em tom decidido, mas

— Você tem certeza disso? —ele pergunta.

— Não... —ela baixa a cabeça e olha para os pés.

— Do que estão falando? —Alan pergunta se posicionando ao lado de Alice.

Alice não responde, nem Himineu, eles continuam caminhando pelo grande espaço do campus.

Alice faz uma entrevista e nela demostra sua paixão pela profissão, o que faz com que ela seja aceita rapidamente, mas a entrevista segue.
Ela encanta o reitor da faculdade com sua paixão nos primeiros dez minutos.

Ela sai da sala com um sorriso no rosto que faz Himineu sorrir também e o mais raro: ela sentiu fome.

— Estou com fome... —ela diz olhando para fora da faculdade.

— Alice e fome? Que combinação improvável... —Alan ri.

— Por que? —Himineu pergunta para Alan.

— Ela não curte muito comer. —Alan responde.

— Então irei conversar com seus pais. —Himimeu diz olhando para Alice.

Eles passam em um restaurante e almoçam, Himineu faz Alice comer o quanto cabe dentro dela.

A dracma da felicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora