Capítulo 17

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Desde que me lembro, eu sempre assisti pelo menos uma série. Podia ser algum desenho quando criança, chegando até as séries de hoje em dia. E, diferentemente de algumas pessoas, eu realmente acho que toda série passa uma mensagem.

Elas ensinam algo, mesmo que não para todo mundo. E, de tantas séries, hoje eu precisava seguir o exemplo de Teen Wolf, mais precisamente Lydia Martin.

Logo na primeira temporada, vemos no episódio cinco a aluna perfeita, líder nata e a mais popular da escola, chorando. O que a maioria de nós faz em situações difíceis. Mas o que ela faz depois disso é o que eu estava focando agora.

A ruiva simplesmente ignora os motivos que a fizeram chorar por algum tempo, pega seus itens de maquiagem, se recompõe e diz ao mundo que está bem. Porque, se todos acreditarem que estava tudo bem, quem sabe ela não começaria a pensar isso também?

E eu resolvi seguir esse exemplo. Eu resolvi me fingir de forte por algum tempo.

Assim que acordei e não vi as meninas no quarto, não consegui segurar minhas lágrimas, mas assim que elas acabam, eu prometi a mim mesma que não iria mais chorar.

Fiz exatamente como a personagem. Limpei a maquiagem borrada, cobri as olheiras, pus um sorriso no rosto e saí para comer alguma coisa por Buenos Aires.

Depois daquele dia, eu não iria mais insistir em algo que não valesse realmente a pena.

[ ... ]

Estávamos agora sobrevoando as primeiras partes de terra europeia, e eu sorria para o continente. Meu continente.

Durante todo o tempo depois que discutimos, não falei com Louis sem que precisasse, e pretendia continuar assim.

Uma coisa que facilitou foi Simon estar na Inglaterra e não querer pegar sequer um avião rápido e nos encontrar na Irlanda, o que ainda deixa-me responsável por assuntos profissionais dos meninos, além de cuidar de suas imagens.

Como passaríamos dois dias aqui, sem folga, assim que chegaram e instalaram-se no hotel – e depois de um joguinho emocional para terem mais algumas horas de descanso – os rapazes foram gravar.

Já que resolvemos parar em Mullingar hoje, por conta de Niall, e irmos apenas amanhã para Dublin, os locais de gravação teriam de ser semelhantes, o que nos motivou a escolher mais um parque.

Por ser a cidade natal do irlandês, ele teve o direito de escolher o que faria no vídeo, o que não foi muito bom para o resto dos garotos, que não dançam nada. Eu, então, tive que ficar segurando celulares enquanto as estrelas aprendiam a famosa dança irlandesa.

Não preciso dizer quantas mensagens eles recebiam, além de quantas vezes o celular vibrava, e o mais impressionante era que as notificações de aplicativos como Twitter e Instagram não estavam ativadas.

Depois de muitos risos com as tentativas, eles finalmente conseguem alguns passos e os fãs começam a chegar. Organizo-os de maneira tranquila até, pois não estava muito agitados, o que foi maravilhoso.

Assim que as filmagens começam, sinto um dos quatro tablets – porque, céus, como aqueles celulares eram grandes – em minha mão tocar. A princípio, não sei de quem é, pois os meninos não me falaram exatamente qual era qual. Bem, falaram, mas a aula que Niall dava era mais interessante do que lembrar isso. Merda.

Pelo menos eu sabia que era a mãe de um deles, já que o contato estava assim. Resolvo atender.

Não falo nada, na esperança da mulher chamar pelo nome do filho. O que, para minha sorte, acontece.

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