Capítulo 51

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- Pronto?

Pergunto assim que paro na porta do quarto de Louis. Ele encara-me, mas logo volta a olhar para o espelho. O moreno estava sorrindo de lado, usando uma calça cáqui e uma camisa escura.

- Sim. - olho para ele, esperando o suspiro. Quando ele vem, a frase também acompanha. - Quem eu estou tentando enganar? Claro que não.

Acabo sorrindo.

Aproximo-me, dando um beijo em Louis. - Por que tão nervoso, Lou?

- Não sei. - ele respira fundo, e acaba rindo. - Não é como se fosse a primeira vez que eu visito sua família.

- Realmente. - respondo. - E achei que tivéssemos superado a vergonha depois do dia do brigadeiro.

Ah, essa foi uma das primeiras coisas que lembrei estando perto de Louis. Nós "estudávamos" em minha casa, no último ano da escola, quando decidi fazer o doce que minha tia havia me ensinado, e... Bem, digamos que no meio de alguns beijos  cima da bancada meus pais entraram na cozinha.

Louis ri. Com vontade, sinceramente. Isso me faz sorrir também.

- Isso é verdade. - o moreno responde, ainda rindo.

- Está melhor? - ele assente. - É assim que eu quero te ver, amor. - encolhi-me. Como sempre disse, eu não tinha uma variedade de apelidos para Louis. - Sem preocupações, ok?

Ele sorri, vindo me beijar. Coloco meu dedo em seus lábios primeiro. - Só porque eu ainda não passei batom.

O moreno ri, e beija-me carinhosamente. Por um bom tempo.

E não vou dizer que reclamei.

[ ... ]

Nós estávamos comendo agora.

Assim que chegamos, mamãe e Charles receberam Louis tão bem quanto eu. Acho  que até melhor. Conversamos bastante, já que fazia muito tempo que eu não via os dois, por conta da lua de mel e tudo mais.

Minha mãe estava feliz, assim como seu marido. Dava para ver em casa troca de olhares que os dois tinham durante a noite. Era bom saber que ela também​ conseguiu seguir em frente.

Porque, honestamente, demorou para minha mãe voltar a viver depois da morte de meu pai. Demorou até para mim. Encontrar Charles foi... Definitivamente a melhor coisa para ela.

Toda a sua família apoiou a união, e do mesmo jeito que ele é mais uma figura paterna para mim, suas irmãs não poderiam ser mais legadas conosco. E eu as adoro também.

Depois de conversas constrangedoras sobre a infância que Louis conhecia, mas dona Kiera fez questão de contar, nós acabamos finalmente jantando.

E como eu sentia falta da comida de minha mãe.

- Você tem certeza que não quer que eu volte a morar com você? Eu dou apoio moral, mãe! - eu dizia, enquanto tudo o que ela fazia era rir e negar, porque seu trabalho comigo já estava feito.

Depois, Charles disse que iria servir a sobremesa, e me ofereci para ajudar. Ficamos conversando enquanto isso.

- Com estão as coisas, Mary? - ele pergunta. - Acabei vendo uma coisa ou outra sobre vocês dois.

Sorrio. - Estamos bem, na verdade. - abaixo um pouco o tom. - A única coisa que ainda me incomoda um pouco é a mídia, sabe? E, honestamente, algumas pessoas também. Louis já me disse para não ligar uma cem vezes, mas é difícil. E não queria magoá-lo dizendo que não consigo deixar para lá.

- Eu imagino. Ele é uma pessoa pública, todos conhecem a banda. - assinto. - Mas logo fica melhor, de verdade. Faz pouco tempo que vocês assumiram as coisas publicamente e em todo o tempo vocês saíram. Quando as coisas ficarem mais calmas, o pessoal esquece.

Return || L. T.Onde histórias criam vida. Descubra agora