[ LOUIS ]
- São cinco da manhã, Louis! - reclama Simon.
- Eu não estou nem aí. Aqueles repórteres não vão esperar por uma informação pra sempre. - retruco.
- E o que você quer que eu faça? Não dê nada para eles? Você mesmo disse que eles não vão desistir.
Do hotel, fui direto encontrar Simon, que já estava sabendo da invasão, mas não que a refém era Mary. Entretanto, no meu caminho até falar com ele, fui abordado por vários repórteres, querendo saber se eu tinha alguma informação sobre o que havia acontecido.
E esse era o motivo principal para falar com o empresário. Simon tinha contatos, e por meio deles eu pretendia deixar o nome de Mary fora disso tudo.
Subornar revistas e jornais não era novidade, mas para isso teria que negociar com os "poderosos", e nenhuma daquelas pessoas na entrada do hotel era um deles. E para isso, eu precisava de Simon.
- Sabe que não poderemos esconder o que aconteceu da mídia, eles já sabem.
- Eu não sou burro, Simon. - ele encara-me. - Desculpe. Só quero dizer que eu não estou pedindo isso. Eu só não quero Mary envolvida nesse escândalo.
- Mas isso é praticamente impossível! Qualquer um com informações eles vão molhar a mão, e alguém vai acabar falando.
- O hotel tem contrato de sigilo. Qualquer coisa relacionada a nós não pode ser dita sem permissão.
- Se você está me pedindo para subornar jornais e dizer que foi uma hóspede qualquer, eles também acharam maneiras.
- É por isso que quero que você aja primeiro! - respiro fundo, tentando controlar-me. - Não estou falando para dizer que é uma hóspede qualquer, eles sabem que foi no nosso andar. Eu só não quero o nome dela envolvido nisso, entende?
- Alguns deles podem já saber. - minha vontade era de socar aquele cara. - Custará muito calar a boca do pessoal do hotel, os policiais, a mídia que já sabe... Não temos como dar conta, Louis.
Isso é história. Eu sabia muito bem que a gravadora ganhava muito mais que nós.
- Eu tenho. - digo apenas. - Tire do que vou receber, sei lá. Só faça. Eu pago tudo.
Começo a andar pela sala, indo em direção a porta, mas Simon chama minha atenção.
- Isso é tão sério assim? - ele ri irônico. - Tudo isso por uma garota que você gostava?
Viro-me, encarando o empresário novamente. Sigo para perto dele, irritado.
- Mary não é uma garota que eu gostava, ela é a mulher que eu amo, então faça isso logo. - volto a andar, e já saíndo continuo. - E me mande a conta depois, faço questão agora.
Saio da sala com mais raiva do que entrei. Simon só pensava em si mesmo e eu sabia disso desde a banda começou a dar certo, mas até na hora que eu me ofereço para pagar tudo ele decide complicar.
Decido ligar para Harry, ver como as coisas estão indo.
- Louis. - ele atende rápido, e agradeço mentalmente.
- Oi, como estão as coisas? E Mary? - não consigo esconder a ansiedade.
- Tudo bem. Os seguranças agora não desgrudam de nós, literalmente. Tive que pedir para um não me acompanhar até o banheiro do meu próprio quarto. - rio de leve. - Todos estão ainda um pouco assustados com tudo. Quer dizer, o cara entrou num hotel totalmente seguro.
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Return || L. T.
FanficAmor, se for aquele verdadeiro de que todos falam, não muda. Nem depois de sete anos. Nem se ela esquecer, e ele não deixar de lembrar. Mary e Louis seguiram por caminhos diferentes durante sete anos, mas agora que um retornou à vida do outro, será...