27 - Azul da cor do mar.

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N/a: Olá, amores! Mais um capítulo de Águas de Março escrito com muito amor para vocês. Espero que gostem, fiquem felizes, comentem, cantem. USAHUAAHSSHUAHS Podem escutar "Azul da cor do mar – Tim Maia ou Fênix – Jorge Vercillo", eu escrevi ouvindo as duas, talvez dê um clima melhor. Ou escutem o que acharem melhor e façam uma boa leitura. Qualquer erro, conserto depois. Até a próxima! <3

E ah, deixo aqui uma fotinha do nosso casal favorito nessa Cidade linda. <3

 <3

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Camila POV

"Quando o frio vem nos aquecer o coração, quando a noite faz nascer a luz na escuridão, e a dor revela a mais esplêndida emoção: o amor."

Fenix – Jorge Vercillo.

Era imensurável o tamanho da minha agonia, o peso do desespero que me sacudiu em um piscar de olhos. Era como levar uma rasteira, saindo subitamente da minha zona de conforto. Eu havia entrado em um terreno desconhecido, e chorei diante da minha inexperiência.

Dirigir até o meu apartamento foi um show de horrores. Eu não conseguia enxergar direito, meus olhos ardiam por conta das lágrimas que caíam em abundância, minhas mãos tremiam no volante e perdi as contas de quantos sinais ultrapassei. Que porra era aquela que fazia o meu coração saltar de um jeito estranho dentro do meu peito? E pela primeira vez depois de tanto tempo, não me dava uma sensação boa. Era ruim, assustadoramente ruim.

Me sentia confusa, perdida, vulnerável, como se eu não fosse mais segura de mim, como se estivesse prestes a perder. Mas perder o quê?

Eu não sabia o que fazer, não sabia como lidar, não sabia como me comportar naquela situação que me pegou sem aviso prévio. O que fazer diante do desconhecido? O que você faria se estivesse no meu lugar? Me diga, por favor, o que faria você se batesse de frente com algo que te assusta e te faz repensar todas as suas seguranças? Como nos comportamos fora da nossa zona de conforto?

Eu não sabia, e era exatamente tudo o que eu precisava saber.

Cheguei em casa sem fazer barulho, encontrando a sala vazia e as luzes apagadas. Fui direto para o meu quarto e tranquei a porta, largando a bolsa sobre a cama. Olhei ao meu redor, sentindo todo o meu corpo pesado. Eu tinha certeza que passaria aquela noite em claro.

: - Droga! – Suspirei, mentalmente esgotada, levando as mãos trêmulas para cobrir meu rosto. – Não quero me sentir assim.

Sussurrei para o nada, fungando um pouco. Parecia que havia um peso de cem kg nas minhas costas, e meu coração martelava naquela agonia desconhecida e assustadora. As coisas que li naquele e-mail não saíam da minha cabeça, cada frase parecia me sufocar. Ler aquela mulher falando daquele jeito da mulher que eu amava me deixou, sem sombra de dúvidas, muito apavorada. Nunca antes vi alguém desejar o que eu desejava, nunca senti na pele como era querer uma pessoa e ver um outro alguém a querendo também... até aquele momento. É isso que as pessoas chamam de insegurança?

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