Águas de Março

32 - Idas e Vindas.

N/A: *Chegando com cautela* Olá, pessoal, Hannah aqui... eu sei, eu sei, demorei mais que uma eternidade pra atualizar essa maravilha e preciso pedir perdão pela milésima vez. Não posso mais dar as mesmas desculpas de sempre, apesar de serem verdades. A verdade também é que foi difícil escrever esse capítulo porque ele, como vocês sabem, é o penúltimo da nossa querida Águas de Março. Eu e Gisele estamos muito felizes com o resultado e esperamos que vocês aproveitem tanto quanto nós duas. Não se pensem no último capítulo por enquanto, apenas curtam o momento. Amamos vocês, enjoy(:

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"Olha o gingado dela, vai ver que é carioca. Te ganha na malícia, essa mina é foda. Pois não tem jeito quando bate diferente, sempre existe alguém que mexe com a gente. Desde quando eu acordo, até quando eu me deito, vivo pensando nela, com ela é tão perfeito. Se ela disse que quer, então dê valor, essa aí nunca vai implorar teu amor. Vi Cazuza jogado aos pés, vi Cartola falando bem dela, vi Tim Maia querendo assunto, mas sou eu que combino com ela.

Ih, lá vem ela, menina de batente, sorriso de novela. Sem salto, sobe de tênis na favela. Uma atriz pronta pra tela, pose singela, desfilando na passarela. Quem é ela? Me espera! Fiquei olhando da janela, agora só penso nela, só penso nela, só penso nela.

Bebe caipirinha ao som de samba, conversa de bamba. Apaixonada pela vida, sem tempo para drama. Ela é do bem onde quer que for, mas se precisar também resolve caô. Chapa na noite na Lapa, n'um novo verão da lata. Sempre ouro, nunca prata, difícil de esquecer. Não tem medo do perigo, seu mundo é seu abrigo, separa o joio do trigo, ela veio fortalecer. Pintando a vida do jeito dela, com sua doçura cravo e canela. Age sem filtro, na segurança. Até o "cristo" chamou pra dança."

- Lá vem ela – A Banca 021.

Parece que a letra foi escrita pra ela. Sempre ela.

LAUREN POV

Quando o voo da American Airlines foi anunciado pela voz mecânica e distorcida da mulher do aeroporto, corri para ficar na primeira fila de parentes e amigos que esperavam pelos passageiros de mais um voo internacional. O Galeão, como sempre, estava abarrotado de pessoas de todos as partes do mundo, mas eu só conseguia me concentrar na pequena porcentagem que saía às pressas empurrando seus carrinhos de bagagem pelo portão de desembarque.

Fiquei na ponta dos pés para tentar enxergar o corpo pequeno no meio da multidão e quando os olhinhos puxados encontraram os meus, abri um sorriso do tamanho do mundo e vi Joana se aproximar de mim às pressas.

- I can't fucking believe it! Look at you! – a voz fininha e amorosa dela invadiu meus tímpanos e agarrei seu corpo em um movimento giratório no meio de algumas pessoas. – Okay, okay, let me go.

- Sorry... I mean.. Quer testar o seu português?

- Hum... okay.. Saudade!

- Você fala muito engraçado.

- Shut the fuck up, nunca se ouviu falando? – ela franziu o nariz e deu a língua, entrelaçando seu braço no meu enquanto eu empurrava o carrinho em direção ao estacionamento. – Temos muitas coisas para conversar, Lauren, muito sérias.

- Eu poderia ficar com medo, mas já esperava que esse tipo de conversa surgiria. Alguma novidade sobre a empresa?

- Well... sim!

O tom de voz de Joana fez meu sorriso se desmanchar, ela não gostava de dar notícias ruins, mas quando tinha que fazer, aquela era a expressão que seu rosto com traços finos e delicados carregava.