14 - Tempo ao tempo.

119K 5.8K 9.1K
                                    

OI, MORES! Hannah aqui! Viu? Dessa vez não demoramos para atualizar HAHAHAHA Esperamos que gostem de mais um da nossa querida Águas de Março!

Enjoy(:

_______________________________________________

"Nada é coincidência, tudo está escrito! Não acredita no destino?
Acha que foi mesmo por acaso que você entrou aqui? Que a gente se conheceu?
Tava escrito.."

– Presença de Anita


LAUREN POV

- As previsões de venda para o início de março são muito mais favoráveis do que imaginávamos. Fevereiro pode ser o mês das promoções de carnaval, jogos com até sessenta por cento de desconto, console vendido com trinta, sistemas operacionais e programas. Será um bum!

A sala de reuniões estava com as luzes apagadas e um projetor mostrava imagens de gráficos. Estava sentada na ponta da mesa, cabeça apoiada no encosto da cadeira e o coração a mil. Não conseguia parar de pensar nela. O sorriso, os lábios, os toques, o corpo. Camila era minha droga e eu implorava cada vez mais por ela. Sorri ao lembrar da nossa conversa depois do sexo naquele lugar maravilhoso e olhei no relógio contando o tempo que faltava para sair dali. Podia ligar pra ela e marcar um jantarzinho, quem sabe só uma volta na praia. Só precisava estar com Camila outra vez.

- Quanto a você, Lauren, o que acha?

- Ham?! Ah.. eu.. Perdão, me distraí. Pode repetir a pergunta?

- Sobre as promoções de carnaval. Você acha que é uma boa ideia ou melhor pensarmos em outra coisa?

- Tem uma previsão de lucro? - o rapaz, que não devia ter mais de vinte e cinco anos, parecia nervoso e apreensivo. Ele engoliu em seco e apontou para a imagem projetada. - Ah.. claro.. Os números são muito bons, a ideia de atrair novos usuários com uma queda nos preços parece a melhor. Sei que o setor de marketing pode bolar alguma coisa legal e.. e..

Minha fala foi interrompida por uma sequência de mensagens. Li o nome de Camila na tela e franzi o cenho, não paravam de chegar. Sei que não combinamos nada, mas ela não costumava mandar mais do que uma mensagem contendo o necessário. Será que aconteceu alguma coisa? Talvez uma briga com Alejandro por termos passado o fim de semana em Petrópolis? O silêncio na sala de reuniões me fez tirar os olhos da tela do telefone e encarei as pessoas, que estavam esperando que eu concluísse minha fala.

- Ei, Jauregui, se está nervosa por ter que falar português ou discursar, tenho uma ideia que pode ajudar. - Dinah cochichou para que eu prestasse atenção nela e a encarei. - Imagine que todos estão pelados.

- Oh, no no.. That's not.. Quero dizer.. Podem me dar licença? Preciso resolver um problema urgente. Quanto à campanha, ela está aprovada. Comecem a trabalhar em uma boa propaganda, quero na televisão e internet até o início de fevereiro.

Todos na sala comemoram; bateram palmas, abraçaram o jovem que fez toda a apresentação, deram vivas a uma ideia brilhante. Enquanto eu corria para a minha sala sem me importar se alguém estava me chamando, fui abrindo as mensagens de Camila para saber o que estava acontecendo. Se Alejandro desconfiasse de nós, eu estaria eu maus lençóis. Ele não parecia ser o tipo de homem que aceitaria um romance gay envolvendo a filha.

"Não quero te preocupar, mas vem correndo pra sua casa. É sério!"

"Tá legal, preciso te preocupar, é urgente. Você tem que sair daí agora e correr pro maldito apartamento!"

Águas de MarçoOnde histórias criam vida. Descubra agora