Águas de Março

31 - Vamos nos permitir - part1.

N/a: Olá!!! Voltei pra resgatar nosso amor do churrasco KKKK Desculpem a demora, mas estávamos resolvemos umas coisas e não tivemos como escrever, mas aqui está. Quero avisar que, como o capítulo ficou enorme, com mais de 15K palavras, eu tive que dividi-lo em dois. Vou postar uma parte hoje e a outra na segunda-feira. Talvez poste antes. Enfim, espero que gostem e divirtam-se! Qualquer erro, conserto depois. Relevem! Amamos vocês.

Camila POV

"Hoje o tempo voa, amor, escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir, não há tempo que volte, amor, vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir."

Tempos modernos – Lulu Santos.

Noite de sexta-feira. Eu amava esse momento demais, me deixava transbordando em pura excitação. Sexta-feira significava o término da minha semana, faculdade, dores de cabeça e resumindo de uma maneira exata; o fim de toda a encheção de saco. Sexta-feira era dia de bebedeira e beber era o meu sobrenome.

Eu já estava me preparando para aquela madrugada, onde passaríamos na Lapa, mal podia esperar para colocar os meus pés naquele lugar e dançar até o dia amanhecer. Fazia algum tempo em que não íamos lá, e eu estava mais do que animada para retornar.

A aula acabou mais cedo na faculdade, e fui em casa para dar um beijo em Sofia e meu pai antes de seguir para o apartamento de Lauren. Quando cheguei, abri todas as janelas e a enorme porta da varanda, deixando o vento de Copacabana preencher o ambiente. O mar estava calmo, entrando em contraste com o movimento intenso por toda a orla. Os quiosques estavam lotados, e mais uma noite de sexta-feira se iniciava no Rio de Janeiro.

Eu havia passado no mercado e comprado algumas coisas para fazer um jantarzinho para a minha mulher. Ela chegaria cansada do trabalho e nada mais justo que eu, por estar sem fazer nada, preparasse tudo para satisfazê-la e deixá-la relaxar.

Arrumei tudo em cima da grande bancada de mármore da cozinha e fui trocar de roupa. Assim que entrei no quarto, Joker pulou em minhas pernas, me fazendo sorrir e notar uma pequena bagunça na cama e no enorme tapete que cobria o chão.

: - Oi, bebê da mamãe. – Me agachei e fiz carinho entre suas orelhas, o vendo ficar sobre as patas traseiras. – Você estava preso aqui, amor? Ah, mamãe Lauren é muito ruim com você.

Ele latiu, me arrancando uma risada. Beijei seu focinho e me levantei, caminhando na direção do closet com ele atrás de mim.

Vesti um shortinho vermelho de algodão e uma regata branca que eu sempre deixava ali. Prendi o cabelo em um nó e fui caminhando para fora, tomando cuidado para não tropeçar em Joker, que fazia questão em se embolar no meio das minhas pernas.

: - Você ainda tem comida, por que toda essa manha? - Sai do quarto e ganhei o corredor, acendendo as luzes. – Tá com saudade da Elis, uh? Amanhã eu trago ela pra cá, prometo de dedinho. – Fiz carinho em sua cabeça de novo. – Quer dizer, de patinha.

Fiquei rindo sozinha enquanto seguia para a cozinha. Eu amava tanto aquele pequeno peludo que me considerava a outra mãe dele. Era como ter filhos com Lauren, mas de quatro patas. Joker e Elis se comportavam como tal, sempre necessitados de atenção e cuidados.

Deixando alguns pensamentos de lado, comecei a separar tudo o que usaria para fazer um macarrão com camarão ao vinho branco. Lauren amava camarão, então... Não tinha como ela não gostar.

Enquanto lavava os camarões e os colocava de molho dentro de um pote com suco de limão, ouvi meu celular tocar sobre a bancada. Estiquei a cabeça para o lado a fim de ver quem era e rolei os olhos.