Como vocês estão, meus queridos?! Esperamos que bem! Peço desculpas pela demora, mas rolou uns probleminhas pessoais e tive que travar tudo. Bom, agora está tudo bem e voltei a ativa. Escrever esse capítulo me fez muito bem. Tem duas músicas pra rolar, então vou colocar o nome delas e você dão uma olhada, certo? Fica legal pra ler. Eu e Gi esperamos que vocês gostem. Enjoy(:
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LAUREN POV
A última vez que me senti tão aflita foi quando contei aos meus pais sobre minha sexualidade. A palma das mãos suando, uma gota de suor descendo na têmpora esquerda, a tremedeira, era uma sensação desagradável que eu não esperava sentir novamente, mas aqui estava ela. Camila apertava minha mão com tanta força que sentia o sangue parar de correr para os meus dedos, enquanto Andrea alternava seu olhar entre nosso rosto e mãos. Ela ajeitou a bolsa no ombro direito e abriu um sorriso sem graça.
- Ah... boa noite, meninas, eu estava passando por aqui e decidi trazer um pouco de arroz e feijão fresquinhos e um pudim de chocolate, achei que fosse querer, Lauren.
- Drea, I don't know how to... I mean... quero dizer, existe uma explicação pra isso e...
- Você gosta de pudim de chocolate, não é? Espero não ter vindo à toa. Não queria atrapalhar, mas sua mãe falou que você já estava em casa a essa hora. – ela verificou os potes um por um, sorrindo totalmente constrangida. – Se não quiser, eu posso levar pra casa, sei que Normani vai gostar.
- Tia Drea, por favor, acho que nós precisamos conversar sobre isso.
- Camila, imagina, não precisa se explicar comigo. – ela estendeu os recipientes na nossa direção e engoliu em seco. – Aqui, não precisa se preocupar em devolver os potes tão cedo, eu pego depois.
- Drea, por favor, eu gostaria que você subisse um pouco para conversarmos. Está escurecendo e ficar na rua não é um lugar muito bom, posso chamar um Uber pra te deixar em casa ou te levo de carro, meu pai deixou comigo.
- É... eu também estou com o meu carro ai, tia.
- Imagina, meninas, eu posso pegar um ônibus e em um segundo estou em casa, já está tarde pra você me deixarem no pé do morro, perigoso até.
- Andrea, please.. eu insisto.
- Eu... olha, eu realmente não quero atrapalhar ninguém.
- Não vai atrapalhar. – Camila se aproximou dela, segurou os potes e Drea abraçou a bolsa com força, um pouco nervosa. – Vamos, tia, você sobe um pouco, bebe um copo d'água e escuta o que temos pra dizer.
Ela não fez mais objeções enquanto Camila entrelaçava seu braço no dela e a guiava para dentro do prédio. Demorou alguns segundos para que eu saísse do lugar e seguisse as duas em direção aos elevadores. Sentia meu coração batendo cada vez mais rápido, não conhecia Andrea para saber o que ela achava sobre o que acabara de ver, fiquei receosa por Camila, que a tinha como uma mãe postiça. Não gostaria de ser a responsável por um possível distanciamento entre as duas. Será que isso afetaria Normani?! Minha cabeça girava com a quantidade de informações e possibilidades infinitas de como ela reagiria quando escutasse de nós que estávamos juntas, mas nenhum momento foi tão tenso quanto o silêncio agonizante dentro do elevador. Camila segurava minha mão e vi várias vezes Andrea desviar o olhar do visor que informava os andares para encarar nossos dedos entrelaçados, voltando a prestar atenção em algo que não fosse nós em meio a sussurros inaudíveis.
Quando o elevador enfim parou na cobertura, saí primeiro para abrir a porta e um Joker afobado veio na minha direção latindo como um desesperado e derrapando no piso. Andrea entrou devagar, como se estivesse andando sob um campo minado. Camila, que estava logo atrás, pediu para que ela sentasse e correu até a cozinha para guardar os potes. Aproveitei a oportunidade e me aproximei dela, respirando fundo para conter meu nervosismo.
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Águas de Março
Fiksi PenggemarRio de Janeiro, berço do samba, das poesias de Drummond, da Boemia de Chico Buarque, das noites na Lapa, da Gafieira. Rio de sorrisos, do futebol de areia, da água de coco, da cerveja gelada. Lar dos cariocas, das mulheres perfeitas, dos playboys ma...