Congregados todos os godos, opôs-se à entrada dos árabes e valorosamente foi
ao encontro da invasão.Rodrigo de Toledo: Das Cousas de Espanha, L. 3.º
Poucos dias haviam passado depois que o duque de Córdova recebera a última
carta do infeliz Eurico. À frente das suas tiufadias ele se encaminhara para
Híspalis, seguindo as margens do Bétis. Ao chegar à antiga Rómula [14], o bispo
Opas recebeu-o com demonstrações de alegria tais, que as suspeitas de
Teodemiro, suscitadas, malgrado seu, pelas revelações do presbítero, quase se
desvaneceram. Na linguagem do sacerdote parecia reverberar-se indignação
profunda contra o conde de Septum e contra os demais godos que tentavam,
unidos com os bárbaros, assolar a terra natal. O metropolita, segundo os costumes
daquela época, tinha deposto o báculo de pastor para cingir a espada de
guerreiro, e aos paços episcopais de Híspalis viam-se chegar todos os dias os
parentes de Opas e, por isso, de Vitiza, cujo irmão este era. Os nobres que tinham
seguido o bando dos mancebos Sisebuto e Ebas e que, pela maior parte, viviam
longe da corte, ajuntavam os seus servos e clientes à hoste do bispo guerreiro,
que prometia acompanhar o rei godo com um esquadrão mais lustroso que o de
seus sobrinhos, a quem Roderico dera de feito o mando supremo de uma das alas
do exército que congregara em Toletum.
Em Híspalis, como por todos os ângulos da Espanha, os martelos dos
fundidores e armeiros retumbavam nas bigornas com ruído incessante:
açacalavam-se as armas, poliam-se e provavam-se as armaduras; e os corcéis
rápidos e robustos da Bética e da Lusitânia, impacientes nas tendas alevantadas
em roda dos muros da cidade, mordiam os freios brilhantes e pareciam adivinhar
que estava próximo um dia de combate. Os servos e os libertos, em competência
com os homens livres e nobres, corriam a rodear os pendões da independência
da pátria, e o sangue generoso dos Godos como que se despertava mais ardente e
cheio de vigor ao grito da guerra santa, depois de uma sonolência secular, em
que a sua antiga ousadia só dera sinais de vida nas lutas sem glória das dissensões
intestinas.
E toda esta energia, todo este recordar-se da rica herança de esforço, legado
pelos conquistadores setentrionais a seus netos da Ibéria, dir-se-ia que eram
suscitados pela Providência para salvar a monarquia gótica, porque de tudo isso
ela carecia para resistir aos invasores. Desde que o exército destes, semelhante a
serpe monstruosa, tinha cingido estreitamente a montanha do Calpe, não se
passara um único dia em que não se fortalecesse e engrossasse. As encostas do
Ábila e os despenhadeiros do Atlas, os vales da Mauritânia e os areais de Saara e
de Barca de contínuo arrojavam para a Europa, através do Estreito, os seus filhos
tostados ao sol fervente de África. Sem perícia militar, estes bárbaros são todavia
temerosos nas pelejas, porque os capitães experimentados da Arábia os dirigem e movem como lhes apraz, e, porque sectários de uma religião nova, crédulos
mártires do inferno, buscam os embusteiros e torpes deleites que, além da morte,
lhes prometeu o profeta de Yathrib [15], arremessando-se com um valor que se
creria de desesperados diante do ferro dos seus contrários e contentando-se de
acabar, contando que sobre os seus cadáveres se hasteie vitorioso o estandarte do
Islam.
A esta gente bruta e indomável, cujo esforço vem das crenças da outra vida,
se ajuntam os esquadrões de cavaleiros sarracenos que vagueiam pelas solidões
da Arábia, pelas planícies do Egipto e pelos vales da Síria, e que, montados nas
suas éguas ligeiras, podem rir-se do pesado franquisque dos Godos, acometendo
e fugindo para acometerem de novo, rápidos como o pensamento, volteando ao
redor dos seus inimigos, falsando-lhes as armas pela juntura das peças,
cerceando-lhes os membros desguarnecidos, quase sem serem vistos, e apesar
da sua incrível destreza, pelejando, quando cumpre, frente a frente,
descarregando tremendos golpes de espada, topando em cheio com a lança no
riste, como os guerreiros da Europa, e assaz robustos para, muitas vezes, os
fazerem voar da sela nestes recontros violentos: homens, enfim, que sem
orgulho, se podem crer os primeiros do mundo num campo de batalha, pelo valor
e pela ciência da guerra. É esta cavalaria irresistível que constitui o nervo da
hoste dos muçulmanos e em que funda todas as suas esperanças o impetuoso
Tárique.
Pouco depois da chegada de Teodemiro a Híspalis, um dia ao romper do Sol,
viu-se ao longe para a banda das serranias ao norte do Bétis resplandecerem as
cumeadas das montanhas, como se um grande incêndio devorasse as brenhas e
os carvalhais antigos que povoavam as quebradas das serras. Era a hoste do rei
dos Godos, que, saindo de Oretum, se encaminhava por Ilipa e Itálica, seguindo a
margem direita do rio, para a antiga capital da Bética. Daqui, engrossando com
as tiufadias de Teodemiro e com os que seguiam o pendão de Opas, o exército de
Roderico devia marchar para acometer os árabes e entregar à sorte das batalhas
os futuros destinos da Espanha.
Era já tempo. A torrente dos inimigos descera, enfim, do Calpe ou Geb-al-
Tarik [16], cujo nome de muitos séculos o capitão árabe tinha apagado, para
escrever o próprio nome no colar servil das muralhas que lhe lançara. O
estandarte do profeta de Meca já flutuava nos campos da Bética, e a sua
passagem era assinalada com ruínas, sangue e incêndios. Por onde quer que os
muçulmanos tinham atravessado ficavam assentados o silêncio do sepulcro e a
assolação do aniquilamento. Tárique era o anjo exterminador mandado por Deus
às Espanhas, e a sua espada o raio despedido do céu para fulminar o Império dos
Godos.
Saindo do seu ninho de águia, construído no promontório do Estreito, os
invasores internavam-se no coração da província. Depois de haverem transposto
as montanhas que se alteiam desde as ribas setentrionais do Bélon até Lastigi,
onde as serranias se enlaçam com as alturas de Nescânia, tinham-se
assenhoreado sem resistência da cidade episcopal de Asido e, descendo dali para
os vales que serpeiam de Gades a Segôncia, haviam assentado campo nas margens do Chrysus. Tárique esperava lá o recontro dos godos. Desde que
partira do Calpe, todos os dias, quase todas as horas, se viam chegar à hoste do
Islam cristãos vindos do lado de Híspalis, conduzidos pelos caudilhos dos
almogaures ou corredores africanos. Apenas estes homens desconhecidos eram
levados ante o capitão árabe, ele enviava um dos seus cavaleiros ao lugar onde
tremulava o pendão de Juliano, e o conde de Septum não tardava a vir ajuntar-se
com Tárique. Por vezes, à sombra de carvalho frondoso, no meio dos bosques
cerrados das montanhas ou debaixo do pavilhão alevantado à hora da sesta em
campina abrasada do sol, demoravam-se os dois, por largo espaço, a sós com
esses homens, em cujo aspecto era fácil ler estampada a traição e a vileza.
Depois, os desconhecidos partiam sem que ninguém ousasse atalhar-lhes os
passos; e, quando Juliano voltava para a pequena ala dos soldados da província
transfretana, via-se-lhe o rosto, não radiante do contentamento que ressumbra de
um coração puro quando folga, mas como sulcado por um raio da alegria feroz
do criminoso que vê chegar o momento do crime há muito meditado e previsto.
Havia dois dias que nenhum incógnito atravessava o Chry sus para falar a sós
com Juliano e Tárique. Estes passavam horas inteiras vagueando nas alturas
vizinhas do acampamento pelo lado do meio-dia e do oriente. Dali olhavam para
a montanha em cujo cimo campeava a antiga povoação de Asta, e, depois de a
examinarem por largo espaço, voltavam ao campo ou corriam às atalaias, que se
multiplicavam continuamente. Depois, tudo recaía no silêncio e na escuridão;
porque as almenaras ou fogueiras nocturnas, que eram de uso entre os árabes,
haviam inteiramente cessado desde a primeira noite em que estes assentaram as
tendas perto da beira do rio.
Ia em meio a terceira noite após aquela em que os crentes do Islam [17]
tinham parado nas faldas setentrionais das cordilheiras de Asido. Eram profundas
as trevas que se dilatavam pela face da terra, mas os raios cintilantes das estrelas
rareavam o manto negro da atmosfera. Esta luz incerta reverberava trémula e
fugitiva nas pontas das lanças dos atalaias, que, apinhados na coroa dos
outeirinhos ou embrenhados entre as sebes dos valados, observavam os picos
agudos que, ao longe, para o norte, negrejavam como recortados nas
profundezas do céu. O Chry sus murmurava lá embaixo, e a esteira da corrente
faiscava, também, com o reverberar da luz dos astros, enquanto o vento,
passando pelas ramas de algumas árvores solitárias, respondia ao seu murmurar
com o gemer da folhagem movediça.
Subitamente, no meio deste silêncio, alguns esculcas [18] e vigias lançados
além do rio na margem direita, creram perceber um ruído longínquo, que menos
excitados ouvidos não saberiam distinguir do remoto e quase imperceptível
despenhar de torrente. Então eles se debruçaram no chão e, unindo a face à
terra, escutaram por alguns momentos. Depois, erguendo-se a um tempo, ouviu-
se entre eles uma voz sumida que dizia: « Os romanos!» — e a turba repetiu:
« Os romanos!» [19]
E unindo-se numa fileira, encurvaram os arcos e ficaram imóveis.
Pouco a pouco aquele ruído, mal sentido a princípio, cresceu e tornou-se mais
distinto. Brevemente, fácil foi de perceber o tropear de milhares de cavalos e o bater confuso dos pés de milhares de homens. Os esculcas árabes conservavam-
se unidos e em silêncio.
De repente o grito de « Allah!» retumbou de além do Chry sus: seguiu-se um
estridor de poucas flechas, e num instante os atalaias do campo viram alvejar
fitas de escuma que se estendiam através do rio para a margem esquerda. Eram
os esculcas que o cruzavam a nado, tendo empregado na dianteira dos godos os
seus primeiros tiros.
Uma nuvem de setas respondeu ao sibilar das dos esculcas árabes; algumas
das fitas de escuma ondearam, derivaram pela corrente e desvaneceram-se no
dorso escuro e cintilante das águas. O Chrysus recolhia os primeiros despojos de
um terrível combate.
Na principal atalaia dos muçulmanos soou então uma trombeta; centenas delas
responderam por todos os ângulos do campo a este convocar para a morte. Os
esquadrões uniam-se com a rapidez do relâmpago e, abandonando o recinto das
tendas arrojavam-se para as margens do rio.
Os godos, porém, tinham a vantagem de caminharem ordenados e, por isso,
haviam topado com a corrente antes que os seus contrários começassem a
atravessar a planície fronteira. As flechas caíam sobre os árabes, que se
aproximavam, como saraiva espessa; largas e sólidas jangadas, trazidas em
carros puxados por mulas possantes da Lusitânia, baqueavam sobre a água e,
desdobrando-se com engenhosa arte, cresciam até entestar com a margem
oposta. Então, os melhores cavaleiros godos, curvando-se para diante, com o
franquisque erguido, corriam para as pontes, vergadas debaixo do peso dos
cavalos e dos homens cobertos de armaduras, e vinham bater em cheio nos
corredores árabes, que, no meio das trevas, não podiam esquivar-se aos golpes
do ferro inimigo. Já, nas bocas de algumas dessas estradas movediças, os
cadáveres amontoados começavam a embargar os passos dos vivos; mas por
outras, onde os árabes ainda mal ordenados e menos numerosos não tinham
podido resistir ao ímpeto dos godos, golfavam torrentes de guerreiros, que,
marchando unidos para uma e outra parte, acometiam de lado os árabes, os
quais, feridos pela frente e pelas costas, vacilavam e retrocediam. Debalde a voz
retumbante de Tárique sobrelevava por cima dos gritos de furor e de agonia de
muçulmanos e cristãos. O número dez vezes maior dos godos tornava impossível
a resistência, e a passagem do exército de Roderico para a margem esquerda do
Chry sus só Deus a poderia impedir.
Era quase manhã quando o capitão árabe se desenganou da utilidade de se
opor por mais tempo à passagem dos inimigos. As tiufadias godas achavam-se
pela maior parte na campina onde se deviam resolver os destinos da Espanha, e
bem que a este tempo todo o exército do Islam estivesse já em ordem de pelejar,
a noite dava grande vantagem aos godos, cuja cavalaria, coberta de armas
defensivas mais sólidas que as dos árabes, resistia facilmente aos cavaleiros do
deserto, para quem a maior ligeireza e o mais destro modo de acometer eram
baldados no meio das trevas. A um sinal das trombetas os esquadrões
muçulmanos começaram a recuar e, alongando-se pela frente do acampamento,
esperaram o romper do dia, enquanto o exército godo acabava de transpor o rio e vibrava milhares de flechas perdidas para o lado onde os capilhares alvíssimos
dos árabes branquejavam à luz duvidosa do céu recamado de estrelas.
Quando o Sol, rompendo detrás dos outeiros de Segôncia, veio com o seu
clarão avermelhado inundar as veigas do Chry sus, o espectáculo que elas
ofereciam era variado e sublime. De um lado as tendas dos árabes derramadas
pelas raízes dos montes e pelos cimos dos outeiros, podiam comparar-se ao
acampamento das tribos do deserto, que, emprazadas à voz do profeta se
houvessem ajuntado num ponto único das solidões onde vagueiam. Diante desta
cidade imensa e movediça, os esquadrões dos muçulmanos, divididos por
famílias e raças, estavam firmes e cerrados em frente de seus pendões, que os
alferes, montados em ginetes possantes, sustinham erguidos na retaguarda de
cada tribo. Os raios matutinos faziam alvejar os turbantes e cintilavam nos ferros
das lanças que os cavaleiros tinham em punho, e os leves escudos orbiculares,
que os compridos saios de malha pareciam tornar inúteis, embaraçados já para o
combate, brilhavam com as suas cores vivas e variadas à claridade serena do
romper do dia.
Os esquadrões árabes eram a flor do exército de Tárique; mas a catadura
selvagem dos africanos seus aliados, neófitos do Islamismo, produzia, porventura,
mais temor do que o aspecto deles. Torvos e ferozes eram o gesto e os meneios
destes homens sem disciplina, cujas paixões se lhes pintavam nos rostos tostados
e rugosos, nos olhos banhados de fel e orlados de sangue, e de cuja bruteza e
miséria davam testemunho os manguais que lhes serviam de armas (armas
terríveis, com que abolavam os elmos mais reforçados) e a hediondez dos seus
albornozes pardos, imundos, e despedaçados. Tudo, enfim, neles contrastava com
as armas brilhantes, com os ricos trajos e com os vultos majestosos dos
cavaleiros do Oriente, que, conservando-se em silêncio e imóveis, pareciam
desprezar as tribos berberes de Zeneta, de Masmuda, de Zanhaga, de Quetama e
de Hoara, que formavam as alas e que, brandindo as rudes armas, com gritos
medonhos se apelidaram para a batalha.
Tal era o espectáculo que oferecia o exército dos muçulmanos. Defronte dele,
a hoste goda apresentava os maciços profundos dos seus soldados, cobrindo,
como grossa muralha de metal reluzente, a margem esquerda do rio. Rodeado
dos mais ilustres guerreiros, Roderico estava no centro das tiufadias formadas
pelos espadaúdos soldados da Lusitânia setentrional e da Galécia, em cujas
feições se divisava ainda que descendiam dos indomáveis Suevos. Unidos com
eles sob os pendões reais, estavam os guerreiros veteranos da Narbonense,
habituados a cruzar diariamente as espadas com os orgulhosos francos, que
estanciavam pelas Gálias, além das fronteiras do império. A ala direita, dividida
em dois esquadrões capitaneados pelos dois filhos de Vitiza, Sisebuto e Ebas,
continha a flor dos cavaleiros da Cartaginense. Com estes estava o corpo que o
metropolitano de Híspalis ajuntara, composto em grande parte dos nobres que
haviam deposto a espada desde que Roderico subira ao trono e que a cingiam de
novo nesta guerra de independência. A ala esquerda, mais pequena que as outras
duas, não parecia por isso menos de temer para os árabes. O duque de Córdova,
Teodemiro, era o capitão dessa ala, em que estavam todos os veteranos que o tinham ajudado a repelir as primeiras tentativas dos maometanos e que já
conheciam por experiência o modo de pelejar deles. Estes velhos soldados
deviam levar ao combate os mancebos que, à voz de Teodemiro, tinham corrido
às armas de todos os lados da Bética e em cujos corações o afamado guerreiro
soubera despertar o sentimento da glória e do amor da pátria. Com ele
militavam, enfim, as relíquias dos soldados tingitanos que não tinham querido
associar-se à traição do conde de Septum.
Como os árabes, os godos tinham no meio de si uma nuvem de peões
armados, não menos bárbaros e ferozes que os filhos da Mauritânia. Os
montanheses do Hermínio na Lusitânia, aborígines, talvez, daquele país, os quais,
na época das invasões germânicas, bem como já na da conquista romana, a
custo haviam submetido o colo ao jugo de estranhos e, os vascónios, habitadores
selvagens das cordilheiras dos Pirenéus, constituíam com os servos um grosso de
gente a que hoje chamaríamos a infantaria do exército. As suas armas ofensivas
eram a cateia teutónica, espécie de dardo, a funda, a clava ferrada e o arco e a
seta. Requeimados pelo sol ardente do Estio ou pelo vento gelado dos invernos
rigorosos das serranias, incapazes de conhecerem a vantagem da ordem e da
disciplina, estes homens rudes combatiam meios nus e desprezavam todas as
precauções de guerra. O seu grito de acometer era um rugido de tigre. Vencidos,
nunca se lhes ouvia pedir compaixão; porque, vencedores, não havia a esperar
deles misericórdia. Tais eram os soldados que a Espanha opunha à mourisma que
circundava os árabes.
Por algum tempo os dois exércitos conservaram-se em distância um do outro,
como dois antigos gladiadores, observando-se mutuamente antes de começarem
uma luta que para algum deles tinha de ser, forçosamente, a última. A
consciência da terribilidade do drama que ia representar-se penetrou, por fim,
até nos corações dos bárbaros de um e de outro campo; as vozearias que
sussurravam ao longe foram pouco a pouco esmorecendo, até caírem num
silêncio tremendo, só cortado pelo respirar comprimido de tantos homens ou pelo
relinchar dos cavalos, que, impacientes, escarvavam a terra.
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Eurico, o presbítero- Alexandre Herculano
De TodoEurico, o Presbítero é a mais importante obra de Alexandre Herculano, um dos maiores escritores do Romantismo português. Lá estão presentes características marcantes do romance Romântico, como a idealização do herói, a valorização dos sentimentos e...