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Elisabeth esperava sentada com uma taça realmente grande na sua frente, mesmo que muitos não acreditem que vampiros possam comer comida humana, ela ainda tenta, lhe traz e lembrança de quando não era vampira.

Ela olhava o tempo, estava nublado e o sol dava vida somente por alguns segundos e isso lhe proporcionava um alívio a ela pois a quentura dele atrapalhava-a demais.

O silêncio no local a faz escutar perfeitamente o ponteiro do relógio pendurado em cima da porta de entrada marcando que faltava alguns segundo para o tal menino da mensagem aparecer. Sua ansiedade era forte, seu pai nunca aprovaria sua atitude de se mostrar a um humano, ainda mais se fosse um homem.

Mesmo que ele estivesse viajando para controlar a sua prima que amava transformar humanos, ele sempre dava um jeito para ficar de olho nela, e dessa vez ela queria muito que esse rapaz acreditasse e não fugisse, ela queria uma vida normal, mesmo que fosse impossível.

A porta abre e o sino logo acima balança levemente, fazendo-a olhar e saber por alguma razão que era ele, seus olhos se encontraram e ele também soube, somente demorou um pouco mais de tempo para começar a caminhar até sua mesa e sorrir de leve antes de retirar sua mochila das costas e pendurar na cadeira.

Ele se senta e observa a estranha que gosta de se chamar de Vampira, mesmo que se parecesse, por seus olhos realmente escuros, cabelos em um rabo de cavalo perfeito, branca como uma folha de papel, jaqueta de couro vermelha com uma camisa fina preta por baixo.

Ela também observava-o, seus óculos lhe proporcionava um charme para o rapaz, principalmente aqueles olhos verdes que perdiam o valor atrás da armação. Seu uniforme era impecável, cabelo loiro e despojado, ela acabou sorrindo, o rapaz era bonito assim, pena que seu sangue lhe cheirava tão bem.

-Então você é Elisabeth a vampira? - ele fala com um tom de risada mas percebe que sua colega não gostou da brincadeira.

Ele respira fundo e espera calmo sua resposta, ele nunca se deu bem antes com alguma mulher e tinha medo de agora falhar novamente, talvez ela realmente fosse vampira, mas o mundo sempre foi real demais para ele acreditar nessas coisas.

-Não posso lhe provar nada Heitor, pois se eu te mostrar o que realmente sou, você será como eu, e não quero essa vida para ninguém! - aquilo o perturbou de certa forma.

Seu tom de voz ao demonstrar que não desejava para ele lhe tocou, nem seus pais eram tão cuidadosos com ele a ponto de falarem dessa maneira, isso foi um dos motivos para que aprendesse a se virar sozinho por Manhattan sem ninguém lhe indicando onde, e como ir.

-Ok! Não vou mais ir contra o que diz! - ele realmente estava começando a acreditar. -Qual é o sabor? - ele aponta para a taça e ela se lembra que há comida em frente.

-Chocolate! - ela responde com um leve sorriso.

Heitor se levanta para também pegar um taça pare ele, mas a escolha de também pegar chocolate foi por querer estar mais um pouco perto dela, conhecê-la melhor, não é todo dia que uma mulher de bom porte e com uma beleza inigualável manda uma mensagem por engano e realmente aceita se encontrar com ele.

Quase cento e cinquenta mensagens trocadas, incluindo as dele que ela não havia respondido, sim, ele contou e se perdeu várias vezes na contagem das mensagens.

Ele se senta novamente na frente da mulher e começa a tomar seu sorvete, mas ela não toca na taça e a comida já está derretida por completo.

-Você não vai tomar? - ele pergunta com as sobrancelhas levantadas.

Ela olha para a taça e faz uma careta, por força do abito ela pediu a comida.

-Não, prefiro sangue! - ele arregala os olhos.

Seu corpo realmente agora indicava que ela era vampira, seu olhar brilhou quando falou de sangue e seu rosto mostrava certo repudio pela comida a frente.

Ele somente assentiu voltando a ficar em silêncio.

*****************************Votem e comentem, não sejam leitores fantasmas.

Bjs

Uma Vampira por enganoOnde histórias criam vida. Descubra agora