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Elisabeth bloqueia o celular e fecha os olhos, ela está levando-o para a morte, mesmo que saiba que a única saída seja transforma-lo ou será morto por seu pai.

Heitor retira sua mochila de seu ombro e deita sua cabeça para trás enquanto fita o teto do veículo e fica intrigado por ter dúvidas se o que fez foi o certo. Sair da escola com uma mulher que conhece a dois dias e ainda por cima é vampira, nunca esteve nos seus planos, sem contar que há um outro do mesmo sangue dela procurando matá-lo.

O carro vira uma esquina e para, estão na frente de uma floresta, Heitor olha pelo vidro e vê Elisabeth já parada esperando-o, sua cabeça quase travou, sua velocidade é incrível mesmo que não precisasse de tudo aquilo, eles estão somente em uma floresta, isso é o que pensa. A porta é aberta e ele desce sentindo um vento gelado atingi-lo.

-Está frio! - sua voz sai enquanto analisa as grandes árvores atrás de Elizabeth.

-Lá encima é bem pior! - ela aponta para a copa das arvores.

Heitor tenta ver até onde alcança a altura, mas lhe da vertigem e fita a vampira que está abrindo sua mochila e tirando um agasalho.

-Vista-se, vamos subir! - Heitor levanta as sobrancelhas.

-Você está brincando? - sua pergunta não é respondida.

Um arrepio percorre sua pele, escalar uma árvore nunca foi seu forte, mesmo quando criança, seus avós que eram vivos naquela época até tentaram, mas sua mente somente se interessava nos livros infantis que ganhava de seu padrinho a cada mês que voltava do Brasil.

Além do inglês, ele aprendeu o português e o espanhol, tudo por livros que seu padrinho trazia quando era menor.

-Eu não sei escalar! - Elisabeth sorri.

Ela sabia disso, por isso carregaria-o até a casa na árvore que tem escondido na floresta, seu pai não sabe da existência dela e por ser a única a ter a agilidade para subir em uma árvore, eles nunca alcançariam-na.

-Eu sei! - ela se aproxima do humano e sorri ajeitando seu agasalho pois percebeu que a temperatura incomodava-o.

Castro se aproximou e puxou o punho do humano, pegou uma seringa de seu bolso.

-O que vai fazer? - Heitor pergunta tentando se soltar do feiticeiro.

-Eu preciso do seu sangue! - então Heitor sente o metal entrar em uma de suas veias e sair de lá sua vida.

O interessante era que o feiticeiro não se surpreendeu com a coloração do líquido, o humano estava com medo, por essa razão o sangue saiu quase todo preto, e quando ele terminou e Heitor se sentiu aliviado, o vermelho carmesim voltou ao seu sangue.

-Tem o que pediu? - a voz de Elisabeth faz Heitor congelar.

Ela fez um acordo com o feiticeiro, e nem para ter a consideração de avisa-lo, não tem medo de seringas, mas está mexendo com seu corpo, não com um animal que pode ter o que quer.

-Posso pelo menos posso saber qual a razão de querer meu sangue?

Castro sorriu de lado, abriu o frasco que servia como pingente em seu colar e colocou algumas gotas do líquido vermelho.

-Simple, você vem de uma linhagem de reis da época de Elisabeth! - Heitor franziu o cenho. -Você está pre-destinado a ela! - o feiticeiro aponta para a vampira que arregala os olhos, ela não tinha a mínima ideia daquilo.

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Bjs

Uma Vampira por enganoOnde histórias criam vida. Descubra agora