— É só fazer existir — argumentei. — Você mesmo disse que tem coisas que fazemos só por quem vale a pena. E se eu valer o suficiente para o sapo virar príncipe? — Enquanto eu falava, ele mastigava olhando para o prato.
— Você vale — afirmou levantando o olhar. Meu coração quase explodiu nessa hora.
— Como sabe?
— Você vale mais do que os bens que possui. Isso eu posso garantir — falou Leonardo meio que sem responder minha pergunta.
— Posso te pedir uma coisa? — indaguei decidindo mudar de assunto pela décima vez naquele jantar. Éramos esquentados demais e sempre prontos para o ataque.
— Claro.
— Eu adoro ler e tenho ficado muito tempo presa aqui, sem ter o que fazer então eu adoraria ter um livro para passar o tempo — pedi logo de uma vez antes que eu desistisse. Ele sorriu.
— Qual? — perguntou pegando o celular para anotar.
— Pode escolher. Qual você achar que eu vou gostar — incentivei. Afinal, para mim não importava muito o livro só necessitava ler para passar o tempo nesse lugar.
— Ok então — concordou guardando o celular.
— Obrigada.
Decidi continuar com as perguntas, vai que ele decidisse ir embora, acho que não aguentaria ficar mais tempo sozinha.
— E você namora? — especulei e ele riu.
— Por que quer saber isso? — rebateu e eu corei.
Leonardo estava certo, que pergunta mais sem noção, parecia até que eu estava interessada.
— Ah só por curiosidade — justifiquei tentando não parecer interessada.
— Eu saio com várias garotas, mas ás vezes bebo demais ou fumo e acabo não ficando com nenhuma. — explicou como se fosse a coisa mais normal do mundo.
— Que horror! — eu exclamei espantada.
— Por que? — questionou confuso ainda achando suas atitudes comuns.
— Você faz mal a si mesmo. Está destruindo seu próprio corpo. —Estremeci e passei as duas mãos no rosto.
— Cada um se mata de uma maneira... — explicou Leonardo dando uma de sábio.
— Eu não me mato — neguei confiante.
— Claro que se mata. Você é você e muitos te odeiam por isso — ele disse e me fez pensar, mas não consegui pensar em ninguém que me odiasse a ponto de me matar.
— Ninguém me odeia — protestei irritada.
— Você humilha todo mundo e se acha a rainha. Eu tenho certeza que as meninas da sua escola te odeiam.
— Não odeiam — eu explodi brava e levantei. Meus olhos encheram de lágrimas, não sei ficar irritada de verdade sem ter os olhos enchendo de lágrimas.
— Vai chorar? — perguntou Leonardo provocando e se levantou.
— Não — neguei o encarando. Ele andou até o meu lado e pegou meu pulso.
— Vai me bater é? — perguntei parecendo corajosa e olhei nos profundos olhos dele, que escondia muitos segredos.
Leonardo apertou meu pulso com muita força.
— Se eu quisesse te bater já teria batido — revelou e me encarou por mais alguns segundos.
— Me solta! — gritei. Ele me puxou até quarto e quase me jogou lá dentro.
— É claro — concordou e saiu fechando a porta, mais uma vez, com tudo.
Me sentei na cama e tentei entender o que havia acontecido e como Leonardo tinha o dom de estragar as coisas. Era um idiota! Um louco.
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Oie tudo bem?
Esquentadinhos e briguentos esses dois em kkkk
Qual a sua cena favorita até agora?
Beijos e obrigada por ler!
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Me Apaixonei Pelo Meu Sequestrador - LIVRO 1
Teen FictionA vida de Carina Jórdan era perfeita. Uma verdadeira patricinha da elite de São Paulo, porém ela é SEQUESTRADA e sua vida vira de ponta cabeça, pois ela se apaixona por Leonardo Cardoso, o sequestrador. Será que tudo era tão perfeito assim? Será que...