Nos dias que se passaram ele continuou mandando presentes, mas eu não aceitei nenhum, ele era o tipo que achava que podia comprar as pessoas, comprar o perdão das pessoas e isso era errado. Tentei até fazer greve de fome, mas foi impossível, pois quando estou triste tudo que quero é comer besteira.
Foram definitivamente os piores dias da minha vida. Não aguentava mais ficar naquele lugar, estava com saudades de tudo e inclusive não conseguia decidir se era melhor querer fugir ou não.
Acordei da minha soneca da tarde e vi que ele estava sentado em uma cadeira lendo um livro.
— Eu tive medo — admitiu antes de eu dizer qualquer coisa.
— Do que? — perguntei me sentando na cama. Medo de amar alguém?
— De me perder para você — contou e eu não ia cair em seu truque de novo.
— Isso não vai acontecer, porque eu te odeio — falei decidida a parar de sentir por ele qualquer sentimento que não fosse nojo e ódio.
— Não odeia...
E por mais que eu odiasse a ideia, ele estava certo, não era capaz de odiá-lo.
— Não quero discutir, nem brigar com você, só quero que saiba que eu não me importo mais — argumentei o encarando e fingindo não me importar.
— Eu também não quero discutir, mas eu quero você e sei que se importa — ele falou convicto do que dizia. E eu tive que desviar o olhar.
— Não me importo — neguei mostrando irritação. Ele balançou a cabeça e se ajoelhou no chão. — Nunca conseguimos conversar, nada dá certo entre a gente...
— Realmente.
— E então o que vamos fazer? — perguntei até abrindo um pouco mão do meu plano de não me importar. Ele pensou por alguns segundos de cabeça baixa e me olhou.
— Vamos tentar ser amigos — sugeriu Leonardo refletindo.
— Não vai dar certo — hesitei entediada e revirei os olhos.
— Claro que vai — ele rebateu e eu dei um leve sorriso, tinha certeza que não daria, mas amigos magoam menos do que namorados então está valendo.
— Vamos conversar sobre o que então?
— Sobre a escola... — decidiu.
— Colégio? — perguntei meio desinteressada com esse assunto.
— Você acha que eu não sei que é o seu lugar preferido? — Ele sorriu lindamente e se sentou ao meu lado. Realmente é o meu lugar preferido.
— Achava — eu falei e sorri o olhando.
— Sei de tudo. — Ele piscou com o olho direito.
Eu admito já tinha me apaixonado pelo seu sorriso sedutor, mas seu olhar me conquistou ainda mais, pois trazia um ar de mistério, um mistério que eu queria desvendar.
— Até que eu não sou mais virgem? — perguntei o olhando como só eu sou capaz de olhar alguém, ele negou com a cabeça.
— Você é virgem — discordou rindo. Talvez ele realmente soubesse de tudo.
— Claro que não — discordei e olhei para o lado desviando o olhar.
— Acho que você nem beijou ainda... — comentou me desafiando.
Eu paralisei por alguns segundos, pois me lembrei do dia que quase perdi a virgindade bêbada com um cara qualquer no bar depois de ser deixada por Mark.
— Agora é sério — falei sem rir. Voltei a olhar para ele. — Sou virgem, mas já beijei — falei sinceramente.
— Agora eu acredito — comunicou Leonardo rindo e quebrou o clima tenso. — Já deu "PT" quantas vezes? — continuou com as perguntas, levantei a sobrancelha.
— Nenhuma. — Balancei a cabeça e ele deu uma gargalhada.
— Sério? — hesitou abismado como se dar "PT" fosse comum, isso pode ser comum para diversas pessoas, mas não para mim, eu tenho classe.
— Sério — afirmei e sorri orgulhosa de mim mesma, mas me lembrei da minha terrível época.
_________________
Oie tudo bem?
EM BREVE NOVIDADES para você ler está história gratuitamente de uma vez e poder saber se no fim de tudo Carina e Leonardo ficarão juntos...
Obrigada por ler!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Me Apaixonei Pelo Meu Sequestrador - LIVRO 1
Novela JuvenilA vida de Carina Jórdan era perfeita. Uma verdadeira patricinha da elite de São Paulo, porém ela é SEQUESTRADA e sua vida vira de ponta cabeça, pois ela se apaixona por Leonardo Cardoso, o sequestrador. Será que tudo era tão perfeito assim? Será que...