Entrei no carro e um dos homens foi atrás comigo e ficou me segurando pelo pulso enquanto o outro dirigia assustado, os dois usavam óculos escuros e boné.
Eu comecei a perceber que nem juntando todos problemas que eu já tinha tido, daria um maior do que esses, eu não tinha um plano para resolver isso e estava sozinha, por dentro estava desesperada, apavorada, mas por fora eu não demonstrava, se tem uma coisa que aprendi com a minha mãe foi nunca demonstrar fraqueza.
Depois de algumas horas e fazendo um caminho que eu não conhecia, chegamos no meio do nada, um lugar com mais mato do que asfalto e isso me assustou, com toda certeza não tinha sinal de telefone.
Eles pararam o carro bem na frente de uma casa pequena e feia, feia para mim, mas eu já vi muitas pessoas que moram normalmente em uma casa assim, entramos na casa e eles me levaram até um quarto, não disseram uma palavra e me fecharam lá dentro, a porta que tinha umas cinco trancas foi trancada. Eu não sei o porquê de tantas trancas, já que eu não conseguiria arrombar nenhuma porta com apenas uma tranca. E um detalhe importante, eles ficaram com minha bolsa, felizmente ela já era da coleção passada, então não sofri tanto.
Olhei o quarto em volta e apesar de não ter uma janela, não era tão horrível assim, era horrível sim, mas eu disse a mim mesma que não era para não ter um treco.
Comecei a pedir perdão pelos meus pecados, pelo menos se me matassem, eu teria uma eternidade digna no céu e não no inferno. Não sei quanto tempo passou até que eu ouvisse a voz de um outro homem.
- E ai vocês pegaram a garota certa? - perguntou.
- Claro que sim - afirmou um dos dois capangas.
- Mimada igual a da foto por sinal... - comentou o outro enquanto eu escutava atrás da porta e fazia caras e bocas.
- Vocês tiveram muita sorte dela ter decidido andar sozinha hoje... - comentou o homem que tinha acabado de chegar.
- Eu achei que seria bem mais difícil - concordou um deles.
- Abram a porta quero vê-la! - anunciou o imbecil que parecia ser o chefe do crime.
- Ela é bem gatinha em... - brincou o outro e escutei risadas. Eles eram muito idiotas.
Ouvi as trancas começarem a ser destrancadas e dei um passo para trás cruzando os braços, eu não queria demonstrar medo. A porta se abriu e minha respiração acelerou, eu estava apavorada, mesmo que negasse.
Ele entrou me olhando e mesmo usando uma regata de quinta e uma touca bem ridícula era lindo e forte, bem forte. "Não perde o foco Carina." - disse a mim mesma nos meus pensamentos. Queria poder afirmar que ele não mexeu comigo, mas essa seria a maior mentira da minha vida, talvez fosse toda a Adrenalina e o medo que circulava em meu corpo, ou talvez tivesse outra explicação.
Ele me olhou por alguns segundos, lançou um olhar meio sedutor e deu um leve sorriso. Eu estava tremendo de medo.
- Saiam e fechem a porta - ele ordenou, os outros dois ainda usavam óculos e não dava para saber quem era quem, mas ele, por algum motivo nem se importava de mostrar seu rosto.
__________________
Oie!
Espero que estejam gostando da nova edição. Tentei ao máximo melhorar a história, corrigir os erros, mas sem tirar a essência da Letícia de 15 anos que escreveu esse livro.
Obrigada por lerem!
EM BREVE NOVIDADES!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Me Apaixonei Pelo Meu Sequestrador - LIVRO 1
TeenfikceA vida de Carina Jórdan era perfeita. Uma verdadeira patricinha da elite de São Paulo, porém ela é SEQUESTRADA e sua vida vira de ponta cabeça, pois ela se apaixona por Leonardo Cardoso, o sequestrador. Será que tudo era tão perfeito assim? Será que...