EPÍLOGO *

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DIMITRI

-Cuidado Amor... aí! Isso dói Laís. -Gritei sentado na cama, enquanto minha filha limpava meu rosto arranhado. Eu queria arrumar a casa para minha esposa que estava brava comigo, mais ao contrário do que pensei, eu tinha me dado muito mal.

-Mamãe disse para eu caprichar, onde estava com a cabeça pai? Imagina se cai daquela escada? Não quero nem pensar uma coisa dessas. -Era como se eu estivesse vendo minha própria mulher falando comigo de tão parecida que Laís era, elas eram completamente iguais.

-Filha, eu estou bem. Ajude-me a levantar antes que sua mãe volte ela vai me bater até eu não aguentar mais, sabe como ela é. -Laís riu do meu comentário sarcástico enquanto passava mais remédio em mim. Minha família permanecia tão linda como éramos antes. Era perfeito e eu amava.

-Não vou ajudar não! Pai será que o senhor não ouviu? Não faça mais algo assim, poderia ter se machucado muito pior, será que não pensa?

-Desculpa filha, só queria fazer as pazes com sua mãe, eu amo aquela mulher e não aguentava mais ficarmos brigados.

-O que queria depois de Perder sua aliança? Ela ficou furiosa com seu desleixo.

-Eu sei, tirei apenas para poder limpar a piscina, como iria saber que a perderia? -Laís girou a cabeça quando ouviu a porta ser aberta, um sorriso tocou meu rosto quando três cópias fiéis entraram no quarto e correram em direção a mim como faziam quando eram crianças, eles estavam grandes e tão bonitos que enchiam meus olhos, Alec, Tom e Miguel, os três e únicos meninos da casa, estavam com seus 22 anos, meus orgulhos.

-Pai, o senhor está bem? Estava tão preocupado. -Tom falou empurrando os braços a minha volta. Logo Miguel o puxou e fez o mesmo ainda com mais força.

-Pai, toma cuidado você não é mais nenhum menino, onde já se viu cara?! Imagina se a mãe ou Eloisa e Diana não estivessem em casa? -Antes que eu pudesse responder, senti os braços de Alec sobre mim em um abraço, assim como Tom, eles tinham puxado o irmão e eu mal pude falar recebendo tanto carinho.

-Velho teimoso! Eu te disse para não fazer loucuras, mamãe iria te perdoar, pra que tentar impressionar e por sua vida em risco? Não quero nem imaginar se algo pior tivesse acontecido.

-Podem me deixar falar agora? Só falta Diana pra me dar bronca agora, porque até Eloisa já veio puxar minha orelha. Eu estou bem, só foi uma queda da escada, me sinto como novo de novo.

-Sei... -Laís sussurrou me olhando baixo, igualzinha a mãe.

-Papai! Papai!-Gritos foram ouvidos e a porta escancarada quando minha menina mais nova entrou gritando no quarto rindo. Diferente do que Luiza pensou, ela se descuidou de novo anos atrás e eu não poderia está mais feliz quando nossa pequena chegou a nossa vida.

-Para de gritar pirralha! Não somos surdos.

-Vai comer capim Tom! Vim ver meu pai e dizer que mamãe está subindo com doutor Carlos, ele trouxe muitas injeções pai, vi na bolsa dele quando abriu.

-Pode entrar doutor, ele está aqui. -Todos ficaram atrás de mim quando minha linda senhora entrou no quarto. Eloisa saiu de perto da mãe e correu até onde eu estava junto aos seus irmãos.

-Está vendo a defesa que ele tem Carlos? Todos fora agora mesmo, o doutor vai examinar o pai de vocês agora. -Sorri vendo meus filhos saírem e me olharem um a um, eu sorrir porque eu os amava muito por cada atitude deles. A porta foi fechada e quando Luiza se aproximou eu tentei segurar sua mão e para minha surpresa, ela aceitou.

TRAÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora