JUSTIÇA*

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ANDERSON

SEMANAS DEPOIS...

-Mais o que isso significa? -Gritei em frente a minha própria empresa onde no momento permanecia barrado pelos seguranças. A ficha parecia não ter caído, nem as coisas a minha volta fazerem sentido.

-Desculpe senhor só estamos fazendo nosso trabalho, o senhor não está autorizado a entrar na empresa, foram ordens superiores.

-Filho da Puta! Essa empresa é minha! E quando por meus pés aí dentro eu vou te por no olho da rua seu medíocre sujo, sabe muito bem a quem está se referindo. Isso não vai ficar dessa maneira.

-Senhor? -Virei vendo oficiais de justiça próximos a mim, e todos que passavam me olhar. A vergonha que eu estava sendo submetido não tinha tamanha e quando finalmente pudesse sair dali, os responsáveis pagariam caro.

-Eu agradeceria se esse engano fosse desfeito, essa é minha empresa e estou sendo barrado de algo que é meu, exijo uma explicação urgente, imediatamente para ser preciso.

-Sim claro. De acordo com esse documento, o prédio e tudo que é do ramo desse comércio, não pertencem ao senhor, temos um documento assinado pelo próprio dono que não permite sua entrada em nenhum dos cômodos desse edifício, foram ordens restritas e estamos apenas a seguindo. Aqui está o documento, pode ver se quiser.

--O que? -Perguntei perplexo quando puxei o papel de suas mãos. Meus olhos inflamam quando vi o nome de Dimitri estampado como dono, o que só fez meu corpo queimar com aquele inferno diante de mim.

-Isso não pode está acontecendo... ele não faria isso.

-Sinto muito, queira nos acompanhar, por favor.

-Por quê? Que história é essa? -Exclamei incrédulo sem entender o porquê de tudo aquilo, eu era o único lesado em tudo, muito mais prejudicado do que poderia descrever diante daquela situação humilhante.

-O senhor foi acusado pela morte de Daniel Vitielo, assassinado a mais de trinta anos atrás. "O choque foi maior que tudo e antes que minha boca pudesse pronunciar qualquer palavra, eu estava sendo detido dentro de uma Viatura como um criminoso. Eu não precisava nem mesmo procurar pelo culpado da denúncia, a vagabunda não tinha me escutado e aberto à boca sem temer nada. Ela saberia mais uma vez como o inferno poderia queimar.

MARCELO

A vida poderia nos ensinar muitas coisas, e junto a isso eu tive que aprender. Não foi fácil aceitar minha nova realidade, mais os planos que eu tinha traçados para mim continuariam firmes e sem voltas. Não era tarde para mudar, pelo menos em relação a parte na qual eu ainda poderia ter um pouco de controle.

-Marcelo... será que você pode parar de me ignorar, por favor? Não estou suportando mais isso. -Eu não ousaria culpar apenas Angélica na história, assim como ela, eu tinha sido um crápula para Luiza, Poderia ter evitado tudo mais não fiz e isso me condenou.

-Fale eu estou aqui. -Atirei indo em sua direção, ela seria o peso que eu levaria para sempre aonde tivesse que ir.

-Porque minha conta no banco está bloqueada? Não consigo sacar nada e o gerente me garantiu que foi você que fez isso, poderia me explicar?

-Sim fiz isso, esqueceu que você me deu liberdade pra isso?

-Sim te dei liberdade, mais não para bloquear o meu dinheiro, como vamos viver sem ele?

-Dinheiro esse que você nunca trabalhou pra ter.

-E desde quando isso importa? Exijo que desfaça isso e me deixe mexer no que é meu agora! Não ligo se isso é mais uma crise de consciência sua por causa de sua ex, quero meu dinheiro e quero agora!

TRAÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora