TRAÍDA

O SOM DO SILÊNCIO*

LUIZA

A chuva que caia pela janela, parecia conhecer os momentos que nos esperavam. O dia do julgamento estava próximo e meu medo ainda maior. Por tudo que eu sabia, tentava acalmar Dimitri que andava a flor da pele de tenso, bem sabíamos o que queríamos mais nem sempre, a justiça favorecia aqueles que dela necessitam de uma resposta. Puxei sua blusa e a vesti, minhas roupas não serviam mais para mim e tudo que eu queria era está confortável ao seu lado nesses momentos tão tensos. Precisávamos estar mais unidos do que nunca.

-Arrumando as roupinhas do bebê querido? -Entrei no quarto e fechei a porta, depois que Elsa resolveu ter seu próprio lugar, Max não demorou a fazer o mesmo, foram dias chorando por isso mais nós precisávamos tentar entender que cada um deles queria ter seu próprio lar.

-Sim, você sempre deixa bagunçado, além do mais, prefiro pensar na minha filha há imaginar toda hora aquele maldito julgamento, ele não pegará a pena necessária, posso sentir isso.

-Vai dar tudo certo eu tenho certeza amor, deixe de pensar nisso pelo menos por enquanto. -Massageei suas costas e suas mãos avançaram sobre mim, quando ele me jogou na cama com carinho, logo seu corpo estava da melhor forma entre minhas pernas me fazendo suspirar e desejá-lo mais.

-Eu já te disse o quando amo ver você com minhas roupas? Da vontade de rasgar todas assim sabia... -Suspirei quando o calor da sua língua fazia movimentos quentes em meu pescoço e devagar fui sentindo a blusa ser aberta.

-Não faça isso... São tudo que tenho pra vestir agora Dimitri! -Meu grito ecoou pelo quarto quando os toques de seus dedos me fizeram delirar, ele me amava a cada segundo em que estávamos juntos.

-Querido...

-Shiiiuuuu...-Meus olhos estavam fechados por pura paixão quando o senti me invadir, era a melhor sensação de todas. Meu corpo queimava pelo calor de estarmos ainda mais próximos, mais quando eu tentava algo demais, minha barriga impedia.

-Deixa que eu faço tudo, não se preocupe. -Gemendo alto eu não pude responder, sua respiração estava acelerada com cada movimento que me enlouqueciam mais. Fechei os olhos recebendo o melhor amor do mundo, o que sempre arrancaria meus pés do chão.

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-Está chovendo lá fora ainda... -Dimitri sussurrou com o rosto em minha barriga, nossa menina amava sua voz e mexia todas as vezes, enchendo meu peito de mais amor.

-Seu pai esta bem ansioso filha, e isso atrapalha muito na escolha do seu nome docinho, por isso estamos nesse impasse ainda.

-Não é verdade Filha! Sua mamãe não tem bom gosto para nomes. -Bati forte em sua cabeça o fazendo gargalhar.

-Isso sim é que é uma grande mentira! Eu tenho bons nomes pra você, já seu pai não concorda em nada comigo, é um chato.

-Em algum momento vamos entrar em um acordo.

-Ótimo! Porque ela está perto de chegar. -Senti seus chutes era uma alegria sem tamanho, e para duas pessoas que se encontraram em tempos tão difíceis, nossa alegria era muito maior do que se podia imaginar.

ANGÉLICA

-Tem certeza que quer vender? É o patrimônio da sua família Angélica.

-Que se ficarem em minhas mãos com toda certeza vão falir em dias, sim eu tenho certeza, não tenho condições nem competência alguma para comandar isso sozinha.

-Pra onde pensa em ir agora que está solteira?

-Não é da sua conta seu velho maldito. Agora saia que só de olhar pra sua cara, estou começando a enjoar.

-Tudo bem, desculpe. -Fechei a porta do carro e arranquei para onde eu precisava estar minha vida estava acabada mais agora Marcelo precisava saber, antes que minha decisão mudasse.

DIMITRI

-Já disse que não quero você na cozinha, vou comprar a comida enquanto não arrumo uma empregada aqui pra casa.

-Não ligo em fazer isso, sabe o quanto gosto de me manter ocupada, principalmente agora que não estou trabalhando.

-Você cansa e isso não é bom querida. -Segurei seu corpo perto do meu, eu amava sua comida mais estando tão próxima de ter nossa filha, eu a queria descansada e tranquila.

-Eu te amo tanto, vocês são tudo pra mim meu bem... -Toquei seu rosto e seus braços me apertaram, segurando seu rosto, a beijei com todo amor a aconchegando mais perto.

-Eu também te amo querido. -Nesse momento a porta estava sendo aberta, apenas minha mãe e Max tinha autorização para isso e quando levantei com um sorriso no rosto para receber, tudo desmoronou bem na minha frente. Só poderia ser um pesadelo.

-Achou que eu não vinha te ver Dimitri? Dormiu no ponto garoto, você não queria acertar nossas diferenças, aqui estou eu.

-Dimitri. "Luiza segurou minha mão com um grito de pânico, bem na nossa frente uma arma de grosso calibre estava apontado para nós, por ninguém menos que o homem que tentou me destruir...Anderson. Empurrei rapidamente Luiza para minhas costas e tentei de tudo para manter a calma, olhando para ele eu pude ver o ódio transbordando de seus olhos e aquilo claramente não era bom.

-É melhor baixar isso, você sabe que pode se complicar ainda mais. -Suspirei preocupado mais tudo que minha mente pensava era tirar Luiza daquela situação. Ele sorriu e de uma vez trancou a porta escondendo a chave em seu bolso e aterrorizando tudo dentro de mim, não por medo dele, mais do que o mesmo poderia causar a minha esposa e filha.

-Complicar? Mais quanto ainda? Pensou que euiria ficar sentado esperando a justiça, enquanto te via brincar de casinha comessa daí? Ninguém vai por as mãos em mim seu Merdinha, e antes da minha viagem,eu preciso ter uma conversinha com você, uma definitiva pelo menos. -Luiza seapertou junto a mim em puro choque, ele não estava brincando e meu medo naquelemomento, começou a crescer.