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- O vagabunda acorda! - A voz dele ecoou em meus ouvidos me fazendo despertar de uma só vez. - Levanta logo dai! - Ele gritou mais uma vez. Logo abriu a cela.

     Me levantei, tirei uma mecha da frente de meu rosto e o olhei. Seus olhos eram as únicas coisas que eu podia ver. Eram olhos castanhos.
     Não falei nada, toda vez que eu o via meu coração batia mais forte.

- O gato comeu sua lingua? -Eu mantive meu silêncio. - Certo, as coisas vão funcionar assim, enquanto eu não te mato, você me ajuda no que eu precisar, não ouse nunca na sua miserável vida entrar na última sala do corredor ou eu decapto você em uma vez só. -       Cada palavra que ele falava era um combustão pra minha cabeça. - E se tentar fugir...A garota...Vai acontecer igual aconteceu a sua amiguinha ontem a noite.... - Ele disse ameaçador mas logo em seguida riu de uma forma mafiosa.

- O que você com a minha amiga seu psicopata!! - Voei gritando até ele e comecei a me debater em seu peitoral.

- Vagabunda! -Ele gritou e logo pegou meus cabelos os puxando com força e me levou até o quarto onde eu estava amarrada.

     Ele me jogou dentro do "quarto" se é que posso o chamar assim, e olhei uma das piores cenas da minha vida.
     Criss estava jogada no chão sangrando muito, um de seus braços foi decapitado, e seus outros membros estavam cobertos por cortes e muito sangue.

- Ela já ta morrendo. - Ele riu gostando do que via. - Dentro do armário tem três sacos pretos, assim que ela morrer, coloca ela dentro, volto mais tarde. - O mascarado disse ainda rindo, logo ele me deixou trancada ali.

- Criss! - Corri até ela, eu chorava muito, havia muito sangue, eu não sabia o que fazer.

- Faça... O que.. Ele ma...ndar... -Criss cochichava com muita dificuldade.

- Não vou te deixar morrer ,não vou! -Eu chorava, logo coloquei sua cabeça em cima de meu colo, e com muita dificuldades ela me olhou, quase de olhos fechados.

- Não se tem na..da a se fa-fazer, foi muito bom te conhecer Maya, está na hora de eu dormir... -Ela disse e soltou um sorriso de lado bem falso, logo a mesma foi fechando os olhos, e minutos depois seu coração não batia mais.

     Chorei com seu corpo em minha mão, mas não se tinha mais o que fazer, por certo ela havia partido. Enxuguei minhas lagrimas, me levantei dali, peguei os sacos onde ele disse que estava, logo a coloquei dentro.
     Depois coloquei os sacos pesados no canto, peguei uns panos que achei e comecei a lavar o chão.

     Era incrível, eu estava nas mãos de um serial killer, o lugar era sem cor, cheirava a morte, e a única felicidade que havia eram as tristezas e mágoas que ali existia.

...

- Bom trabalho Maya, olha vamos nos dar melhor do que pensei - O mascarado entrou rindo cínico.

- Por que não me matas logo?

- Eu vou te matar Maya, mas não por agora, me obedece que eu prometo que você não vai sentir tanta dor... - Sua voz me dava nojo.

              Quatro meses se passaram...

Maya:

     É bem estranho conviver com ele. Por um certo ponto ele nunca havia me machucado igual a Criss. Talvez fosse sorte.
     Eu creio que não superei a morte de Criss, mas hoje suporto melhor. Tudo que já li me motivou, Não chorar pelo leite derramado saca? Ele é estranho, ele passa o dia todo em seu quarto, só sai para me ver, me dar comida, e as vezes ele até me solta da cela, mas...Quase todas as noites ele sai, ele sai e sempre chega ao amanhecer com sua blusa completamente enxarcada de sangue, que ele sempre pede para mim lavar, e as vezes ele chegava com machucados.

     Ele não tira a máscara de jeito nenhum, as vezes temo o que ele quer esconder. Não penso em fugir, não quero acabar igual Criss. Não entendo por que ele não me matou ainda, ou talvez ele esteja guardando o melhor para o final. Nem ao menos sei onde estou, e não, por aqui não tem telefones e todas as portas e janelas são trancadas com inúmeros cadeados.

     Agora eu acabei de fazer o jantar, ele ainda não chegou, não posso comer sem sua permissão, ou talvez eu devesse colocar veneno aqui, mas onde eu iria achar?

- Fez meu jantar? - Ele entrou na cozinha, como sempre, sua blusa branca dopada de sangue.

- Sim senhor. -Falei baixo.

- Lave minha blusa depois do jantar. - O mascarado disse antes de se sentar a mesa velha, ele tirou sua blusa de frio branca e sua camiseta preta, me deixando por visão completa de seu abdômen definido. - Pode comer. -Ele ordenou depois de uns minutos.

- Quem é você? -Eu tinha que perguntar, eu tinha que saber.

- Eu sou Jeff The Killer. Lembra de mim?

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Obg
Beijooos

 Jeff The killer Onde histórias criam vida. Descubra agora