10.

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Maya:

     Acordei com muito frio, eu estava gelada, olhei ao redor e eu estava no quarto velho, em cima da minha cama de papelão, se é que posso chamar de cama. Eu estava molhada um pouco ainda, podia sentir os fios de meus cabelos grudados em minha face, eu não lembro cono vim parar aqui, a última coisa que me recordo foi ver Jeff bravo, como nunca o tinha visto antes.

     Levantei minha cabeça e meu corpo e olhei ao meu redor, ele estava ali, meu corpo estremeceu, ele estava sentado com as mãos apoiadas sobre o joelho, e como se já não fosse o bastante, ele segurava uma faca.

     Eu estou completamente fodida.

     Mas que diabos que eu fiz de errado?

     Eu estou seguindo as regras, por mais que ele trapaceie nesse jogo, eu jogo limpo.

— Vai me matar? - Quebrei o silêncio.

     Jeff não disse nada.

— Vai me matar? - o olhei, e não obtive resposta — Se for, acabe com isso logo, eu não sou um brinquedo.

     Minutos depois ele se levantou da cadeira, eu me esquivei para trás, mas havia apenas um parede. Ele vinha na minha direção.

— Sabe Maya... Eu quero muito te machucar, eu quero muito arrancar cada grito de dor que você tá guardando ai dentro, eu quero muito esgotar todas as gotas de sangue do seu corpo, eu quero muito..

— E por que não acaba logo com isso! - gritei as palavras. Eu estava com medo.

— Eu não consigo.

— Lógico que consegue, você é um psicopata, o que te impede? - ele veio até mim, passou sua faca em meu rosto fazendo um pequeno corte. Sangrava.

— Eu quero jogar com você Maya.

— E isso que você faz não já é um jogo?

— Digamos que gosto de jogos.

— Como posso jogar com você sendo que você joga sujo?

— Dessa vez não vou ultrapassar.

— Por que está tão certo disso?

— Eu nunca perco. - que diabos ele queria dizer?

— Fala logo.

— Fuja.

— Isso é sério? - minha respiração estava ofegante, lagrimas caiam, um choro frio percorria.

— Estou começando a me arrepender... - jeff me deu passagem e eu comecei a correr.

     Subi as escadas correndo, meu rosto sangrava, mas eu não poderia parar, mesmo sabendo que ele viria atrás de mim.
     Se é que entendi, vai ser tipo uma caça? E eu sou a presa? É isso mesmo, mas como eu sei, e como ele disse "Eu sempre ganho" no final desse jogo que com certeza ele irá trapacear, eu vou morrer.

     A porta estava aberta, estava de dia, por minha sorte. Corri saindo pela porta foi como se eu sentisse a liberdade, eu precisaria sair dali, correr, por mais que resulte em nada, aquela seria minha chance, eu preciso tentar.

     "Socorro"

     Eu gritava.

     Corria pela floresta, ma parecia nunca acabar, ninguém por alí havia.
     Eu já estava longe, eu pressentia. Mas mesmo assim ainda eu estava perto. Ele conhece a floresta muito melhor que eu, e com certeza ele vai me achar rapidinho.
     Parei pra respirar por um minuto, eu não aguentava mais, eu estava morrendo de sede.

     Um galho se quebrou.

     Era ele e eu não estava surpresa.

— Maya eu te dei uma oportunidade... Você foi muito burra....

     Eu escutava a voz dele, olhava para todos os lados, mas eu não o via.

— Por favor, você já me deixou até aqui, me deixe ir, prometo não contar a ninguém!

— Blá... Blá... Blá... - ele remusgou. Logo senti uma coisa em minha perna. A faca. Sangrava muito. Eu chorava e gemia de dor.

     Mas eu não posso desistir.

     Mesmo mancando, tentei correr, corri bastante pra falar a verdade, cheguei a uma estrada velha, mas nem sinal de nenhum carro. Nada.

     Sentei ali no meio, eu chorava muito. Ele estava cerro, ele sempre ganha.

     Mas dessa vez não.

     Um carro vinha, e parou quando me viu. Haviam dois homens dentro dele e uma senhora idosa.

— Você está bem? - um dos homens saiu do carro e venho até mim.

— Precisamos sair daqui, ele vai me pegar, ele quer me matar! - eu agonizava.

— Venha vamos! - ele me colocou no banco traseiro junto com a idosa e logo ele entrou e fechou a porta.

     Minha perna sangrava muito, tudo havia de estar ficando embaraçado, e a idosa sorria. Como assim?

     Olhai para trás pelo vidro do carro, Jeff estava a uns sete metros atrás, em pé, com outra faca na mão, ele me olhava. Arrumei forças do chão e mostrei meu dedo do meio pra ele. Logo o carro começou a andar depressa.
     Minha visão estava ficando embaçada e cada vez mais meus olhos se fechavam. De repente eu apaguei. Talvez o pesadelo estivesse acabando, talvez eu comece a ter paz novamente, graças a Deus, por pouco eu não morri.

     É Jeff,

     Parece que você estava errado,

     Nem sempre você ganha o jogo,

     Talvez você venha atrás de mim,

     Talvez você me ache e desconte tudo em mim,

     Talvez tudo isso faça parte do seu plano, ou melhor do seu jogo,

     Eu nem sei se ganhei ainda,

     Eu não disse xeque mate,

     Mas de uma coisa eu tenho certeza; Parece que o jogo virou, não é mesmo?

•••

____________________________________

Então ggostaram? Fiz esse capítulo com muito amor,
Me desculpe se holver erros ortográficos,
VOTEM E COMENTEM QUE O PRÓXIMO CAPÍTULO SAIRA MAIS RÁPIDO.

O jogo virou.

Mas a pergunta que não quer se calar.

Por quanto tempo?

"Um jogo só se acaba com o xeque mate."

Hehe

 Jeff The killer Onde histórias criam vida. Descubra agora