Jeff The killer

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Eu tinha acabará de chegar de mais um dia de trabalho. Estava bem cansada pra falar a verdade. Fiz duas cirurgias que durou sete horas cada uma, e infelizmente só consegui salvar um paciente. Mas lutei com ele até onde eu consegui.

— Mamãe mamãe! - Caio veio correndo até mim de bracinhos abertos. Eu o amava tanto.

— Oi meu amor - o peguei no colo passando minhas mãos por seu cabelo loiro.

— Olha o que eu fiz pra você! - o pequeno me entregou um desenho em rabiscos, o que aquilo pra mim, eu adorava.

— Ficou lindo filho, parabéns - dei um cheiro em seu rostinho e o pequeno deu risadas — Cadê o papai?

— Fazendo tomida - o coloquei no chão.

Caminhei indo em direção à cozinha e eu já podia sentir o cheiro do frango no ar.
Cheguei por trás abraçando Jefferson, o mesmo cortava legumes. Rapidamente ele largou tudo que estava fazendo e me envolveu em seus braços me dando um beijo mágico. Eu o amava, e estava mais feliz que qualquer um.

— O jantar está pronto - ele sussurrou em meu ouvido.

— Vou tomar um banho rápido e já desço, coloque Caio na mesa amor.

Sai dali e subi as escadas indo em direção ao meu quarto. Entrei no mesmo e fui direto para o banheiro, me despite deixei que a água morna caísse em meu corpo cansado.
Após terminar meu banho, me enrolei na toalha e fui procurar algo para vestir. Coloquei um shorts e uma regatinha, arrumei meu cabelo e antes de sair, coloquei minha aliança. Parecia que foi ontem que eu disse sim, mas na verdade já haviam se passado quatro anos.

Desci as escadas, o cheiro do frango estava muito bom, mas o silêncio dos dois estava demais.
Caminho até a cozinha e Jefferson não estava mais lá, ouvi barulhos e me dei conta que os dois já deviam estar na mesa jantando.

Caminhei em direção à sala de jantar, estava tudo escuro, ao não ser a luz de uma vela.

— Eu já disse, sem brincadeiras no jantar, mocinhos! - falei sendo irônica.

— Oras essa, a vida seria uma droga sem brincadeiras não acha, Maya? - a luz se ascendeu e Jane começou a falar.

Eu vi Jefferson sem sua cabeça, literalmente, e as lágrimas já desciam de meu rosto como uma cachoeira.
Meu pequeno.. meu pequeno Caio estava encostado em sua cadeira, de olhos fechados, sangrando, com uma faca dentro de seu peito.

Corri até o mesmo e o sacodi para que acordasse, mas não.

— O que você fez com eles, por que você fez isso sua maluca - eu não conseguia falar.

Jane estava sentada na cadeira central da mesa, com o olhar de deboche, pernas cruzadas, e um sorriso no rosto.

— Agradeça que eu deixei você ver o futuro que você sempre quis, eu os matei, e agora vou matar você

Acordei.

A briza fria do vento batia muito forte.

Eu não sabia onde eu estava. Tentei me sentar um pouco, eu estava no meio do nada, entre pedras, árvores, sangue e muita terra. Eu estava muito suja.

Sentia uma dor imensa por todo meu corpo.

Eu não conseguia gritar, nem falar. Somente sussurros saiam de minha boca, implorando por ajuda.