Mate me

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— Maya?

     Ajeitei as coisas e sai rápido dalí. Se ele percebesse que eu entrei no maldito quarto proibido, com certeza ele me mataria muito mais cedo do que ele pensa.
     Me joguei no chão e ensaboei um pouco do meu vestido para que ele não percebesse que eu havia entrado ali.

— Venha comigo. - ele apareceu em minha frente. E logo desceu novamente as escadas. Ele iria me matar? Será que ele havia descobrido?

     Me levantei do chão, e desci as escadas, ele se encontrava lá fora. Pela primeira vez, depois de meses eu iria respirar ar natural, pela primeira vez depois de meses eu iria ver a luz do luar novamente. Ventava frio. Passei pela porta, ele se encontrava a poucos metros em minha frente. Talvez eu pudesse fugir, ou ao menos correr pra bem longe, ou quem sabe acordar de todo esse pesadelo? Não seria uma má ideia.

— Pra...pra onde vamos? - eu gaguejava, estava com medo, confesso.

— Você vai me ajudar. - Um ar de alívio percorreu por todo meu corpo, bom, pelo menos eu não morreria, não agora.

     Fiquei quieta o acompanhando nas sombras da noite. Logo chegamos a beira de um enorme lago preto banhado pela luz da lua, havia um bote ali, e pude ver que alguns sacos pretos também.
     Ele entrou e me olhou. Eu caminhei ate o mesmo que estendeu sua mão para me ajudar, e eu entrei.
     Jeff começou a remar de vagar, tudo estava silencioso, mas eu podia ouvir meu coração bater forte.
     Depois de alguns minutos, estávamos no meio do lago, muita agua nos cercava, e eu não podia negar, o lago era imenso e tenebroso.

— Me ajude com esses sacos. - ele ordenou. Não questionei, mas confesso que queria saber o que havia ali dentro, mas eu já tinha meus palpites.

     Peguei um saco, Jeff dois. Jogamos em sincronia e logo os mesmos desapareciam da superfície da água. Eram pesados e fedia á algo podre.
     Assim que acabamos, ele me olhou, e após tirou seu moletom ensanguentado e sua camisa, e eu puder ver o quão "belo"ele era.

— Você vai entrar nessa água? - quebrei o silêncio.

— E por que não? Você vem?

— Não entro ai por nada.

— OK.

     Jeff pulou na água, me olhou por a última vez e sumiu assim como os sacos pretos que havíamos jogados ali.
     Já fazia alguns minutos que ele não voltava para a superfície, por um lado eu torcia para que ele tivesse se afogado e morrido, mas por outro, eu queria que ele aparecesse de volta, já imaginou a possibilidade de existir um Jeff the killer 2?

     Pois é, eu nunca imaginei isso, mas vai saber...

     Preocupação talvez....

     Por um assassino???

— Jeff? - gritava mas nada.

     Me apoiei na borda da pequena canoa.

— Jeff apareça! - nada.

     De repente a canoa virou comigo dentro. Maldito! Ele ria, eu podia ver, eu não sabia nadar, eu estava afogando.

     Eu não conseguia respirar, meu oxigênio estava acabando, péssima morte seria essa. O pior seria saber que meu corpo se juntaria e ficaria a eternidade junto com sabe lá mais quantos.

     A água estava completamente gelada, eu podia sentir meu corpo enfraquecer e congelar. Eu debatia com os braços mas não. Ele apenas me trouxe aqui para acabar de vez comigo e seguir a sequência dele, após eu, mais e mais garotas acabariam igual a eu.
     Não se tinha muito o que fazer, fechei meus olhos, minhas lagrimas haviam se misturado com a água, e meu corpo já estava quase inconsciente.
     Deixei que todo o ar que me restava sair de minha boca, e exatamente depois disso eu podia sentir a sufocação. Pois bem, eu deveria agradecer, afinal minha morte não doía o quanto eu a imaginei.

     Abri meus olhos quando senti minha mão ser repuxada, pude ter a visão de Jeff, mas era estranho, ele era normal, um garoto qualquer, sem marcas, sem cicatrizes, ele era o garoto da foto que eu havia visto hoje mais cedo.
     Ele se aproximou de minha face e grudou seus lábios nos meus me passando oxigênio, Fechei os olhos, os abri novamente me assustando com o verdadeiro Jeff, o mascarado - como eu o chamo, é mais fácil achar que tudo é uma máscara do que ter que encarar aquele verdadeiro ser que ele era -.
     Empurrei seu peitoral, eu estava com medo, mas de alguma forma, eu estava perto da superfície.
     Tirei minha cabeça pra fora da agua, podendo realmente respirar, olhei para os lados mas eu não o via. Eu não sabia nadar.      Mas dei um jeito e voltei para a canoa que não estava muito longe. Subi com dificuldade e me deitei sobre a mesma. Tossindo muito, gemendo de frio, e sem sinal do meu assassino.

— Maya você foi demais! - Jeff apareceu do nada subindo na canoa e eu me sentei ainda tossindo.

— Você me beijou lá em baixo.

— Eu salvei você. Agradeça.

— Por que não me deixou morrer de uma vez por todas?

— Eu preciso de você. - ele deu uma breve pausa — Você vai permanecer viva até eu não precisar mais

— Pra que? Você é um monstro, um assassino! - gritei as palavras sem antes pensar.

— Eu preciso de você. - ele disse novamente ignorando o que eu havia dito.

— Jeff me deixa ir embora...

— Eu não posso. Você esta me mudando talvez, você tem que parar! Eu tenho sede de te matar mas também tenho sede de te deixar viva porra! - ele havia mudado o humor, deu um soco forte na canoa, que balanço, e virou para a frente remando de volta.

     Eu permanecia quieta.

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A gente vai acontecer tanta coisa ainda...Não pensem que tudo vai ficar bom, pelo contrário, a cada capítulo vai piorar.

ESTE CAPÍTULO ME BASEEI NA HISTÓRIA A PRISIONEIRA DE JEFF THE KILLER DA @@Ynitsed00 por esse motivo estou dando os créditos.

 Jeff The killer Onde histórias criam vida. Descubra agora