''Leve - a para a sala de cirurgia rapidamente''''Ela não vai resistir''
''Menina fique com a gente''
Eu apenas ouvia isso, e muita correria.
Os minutos se passaram.
As horas também.
Os dias principalmente.
Abri meus olhos com dificuldade, eu estava entubada, deitada em uma cama de hospital, agulhas por toda a região de meus braços, sem dizer que meu braço e minha perna direita estavam enfaixados com gesso e sustentados por um ferro.
Não me recordo muito do que aconteceu, nem sei quantos dias eu estou aqui, e nem onde estou.
Me sentei com dificuldade sobre a cama e tirei de mim um aparelho respiratório, igual o que a Hazel Grace usava.
— Acordou antes do previsto mocinha - Um homem alto, um médico pra falar a verdade entrou no quarto segurando um prancheta.
Permaneci com meu silêncio.
— Pode me dizer seu nome? Não achamos identificação junto com suas roupas.
— Maya, Maya Hunter
— A meu Deus! - Ele fez cara de surpreso.
— Ele vai me achar eu preciso sair daqui!
— Maya Hunter, você desapareceu a um ano e um mês do orfanato das duas irmãs, como isso é possível? Onde você esteve? Quem lhe machucou?
— Jeff the killer.
— Bobagem. - uma enfermeira entrou com uma cadeira de rodas. — Doutor, o senhor Konnor que achou ela no meio da rodovia disse que ela poderia ter batido com a cabeça forte, ela estava tendo alucinações.
Eu me segurei para não voar em cima dela.
— Me leva pro orfanato por favor!
— Sr Hunter, o orfanato fechou dias depois de você sumir de lá. E não existe mais, preciso entrar em contato com algum parente seu..
— Eu não tenho mais ninguém! - eu chorei. Mas baixo e frio.
— Doutor, preciso leva lá para o banho. - a velha disse e mais um enfermeiro entrou.
Após ou médico sair, me colocaram na cadeira de rodas e me levar para o banheiro. Desenfaixaram minha perna e meu braço, haviam pontos recentes.
Entrei dentro do banheiro e liguei o chuveiro. Eu apenas pensava em uma coisa. Eu preciso sair daqui, ele vai me achar.Assim que a enfermeira saiu dali para que eu tomasse meu banho, me enrolei na toalaha e sai mancando dali. Eu não sabia pra onde ia e onde era a saída.
Por minha sorte ao fim do corredor havia a saída de emergência. Desci as escadas "correndo", meu corpo doía ainda. Quando percebi eu já estava fora daquele hospital. Apenas enrolada em uma toalha.Continuei a correr, correr e correr.
Pro mais longe que eu podia.
— Ow!E desculpe moça! - um cara bonitinho, disse após eu cair em cima dele.
— Eu preciso ir, - me levantei e continuei a andar.
— Hey, espere! - ele veio até mim.
— O que você quer?
— Você está bem?
— Tô... - disse com incerteza.
— Você está praticamente...
— É eu sei. Minha vida ta arruinada, eu preciso sair do país.
— Eu posso te ajudar.
— Não preciso de ajuda.
Após eu rejeitá-lo , uma ambulância vinha em nossa direção, atrás de mim é claro.
— Vem comigo! - ele puxou minha mão e começamos a correr.
Eu não falava nada, apenas corria com um estranho. Foi necessário.
Depois de alguns minutos, estavamos dentro do apartamento dele. É eu sei que é estranho.
— Me desculpe, eu nem me apresentei - ele disse enquanto checava as janelas. — Sou Delton Winchester.
— Maya, Maya Hunter.
— Quer me contar o que aconteceu?
— Você pode me arranjar roupas e dinheiro?
Ele acenou com a cabeça e foi até o quarto dele. Fiquei no canto da sala enquanto o esperava.
— Consegui isso. - ele voltou com uma calça jeans, uma regata, uma jaqueta, um par de botas e uma touca.
— Muito obrigada. - Disse e fui até o banheiro me trocar.
Após colocar a roupa que ele havia me dado volto para o quarto e o mesmo estava sentado em sua cama. O olhei e suspirei fundo. Me aproximei até a janela, o sol já estava se pondo, eu ainda tinha medo, pois de alguma forma eu pressentia que Jeff me observava e a qualquer hora ele iria me achar, e seria meu fim. Eu preciso urgentemente sair do país, ir para o mais longe que eu conseguisse.
— Eu preciso ir. - quebrei o silêncio.
— Pra onde você vai?
— Pro mai longe possível.
— Já tá escurecendo, e você está sem dinheiro, e ainda é de menor - ele me olhou — Passa essa noite aqui, amanhã cedo eu arranjo um jeito de te levar pra longe.
— Você é um estranho pra mim - o olhei, eu não posso confiar em ninguém — Mas afinal, por que tanto quer me ajudar?
— Celeste era minha irmã - meu coração acelerou — Quando soube da notícia que ela havia sumido, voltei para cá, mas nada... Eu acredito nele o tanto quanto você Maya. Eu não ajudei minha irmã, eu falhei com ela, me deixa te ajudar, Celeste gostaria que eu fizesse isso.
— Você? Irmão dela? - ri debochadamente — E por que deixou ela viver naquele orfanato? Por quê ?
— Eu era de menor na época - ele abaixou a cabeça — Agora que eu posso cuidar de mim.
— Eu nem sei seu nome.
— Delton, já nos apresentamos antes - sorri forçado — Pode dormir aqui na cama, eu vou pro sofá.. - ele disse e depois de alguns minutos saiu do quarto.
Confesso que estou com medo, mas Delton tem razão, já tá escurecendo e ficando mais perigoso pra mim, então, passarei a noite aqui. Só hoje.
Tranquei a porta e chequei todas as janelas do quarto para ver se todas estavam trancadas, peguei uma faca na cozinha, eu não o conheço bem, eu posso estar em perigo aqui, mas lá fora seria pior. Logo depois finalmente me deitei. Uma noite de paz, é somente isso o que eu preciso.
Me enrolei com as cobertas que ele havia me dado e fechei meus olhos, com receio e um pouco de medo ainda, mas por fim, consegui dormir."Maya...Maya..."
Uma musiquinha lenta dizendo meu nome toda hora rondava minha cabeça."Acha mesmo que pode fugir de mim? Estou te observando boneca, volte para mim, não me deixe acha lá, estou com saudades de você... Volte... Volte logo... Ou...Até logo docinho..."
GO TO SLEEP,
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Jeff The killer
Horror- Você esta com medo? - Não - Respondi baixo. - Pois deveria ter. - Por quê ? O que você é? - Eu sou seu pior pesadelo. Maya é uma garota de 15 anos, prestes a completar dezesseis, perdeu seus pais aos doze anos e por isso vive em um orfanat...