▲Capitulo 18 ▼

221 18 0
                                    

▲Harry POV ▼

Niall tinha razão, ela era irritante, não prestava de certo modo. Porque raio lhe dei boleia? Estou assim por sua causa, estou aqui todo amassado e a culpa é somente dela, se não tivesse sido burro e te-la ajudado nada disto tinha acontecido. 

Por outro lado ela conseguia ser adorável. Ela sabia como cativar um homem, como o deixar louco, louco por um beijo, por a levar para a cama, por… Sei lá. Estou com ela a umas horas e ela está a dar comigo em doido. Ela mexe os seus lábios de uma maneira perfeita enquanto fala, ou até mesmo enquanto grita, os seus olhos piscam lentamente e são de um azul tão cristalizado capazes de cativar qualquer pessoa.

Senti o meu pulso ser agarrado. Era ela, sabia que ela não desistiria tão facilmente, a sua persistência doentia fazia várias ideias pervertidas passarem pela minha cabeça neste momento. 

“Não tens coragem de dizer o que ias dizer é?” Perguntou enquanto que tentava manter a sua mão pequena em volta do meu pulso.

Ela estava a provocar, essa era a única explicação possível e aceitável. Se não a tivesse que ver novamente na vida, a minha mão estaria a apertar o seu com toda a minha força e ameaçaria-a para que ela me deixasse. Contudo, apenas sacudi o meu braço fazendo com que a sua pele fina deixasse de estar em pleno contacto com a minha e caminhei até à casa de banho para curar alguma das muitas feridas que tinha neste momento.

“Harry!” ouvi-a ranger.

“Que queres?” olhei-a logo a seguir de me ter sentado no tampo da sanita, com as coisas necessárias a meu lado.

“Diz-me!” Ela tentava ser autoritária.

“Tu és repugnante” falei entre os dentes.

“Sou o que?” perguntou e olhou-me nos olhos. 

“Repugnante” repeti pausadamente enquanto que os meus olhos mantinham um perfeito contacto com os seus.

“Mais vale ser repugnante que….” Sabia que iria começar a disparatar, que iria começar a ofender-me sem ter qualquer razão para isso. Ser repugnante nem era assim tão mau, ela sinceramente era doentia. Num movimento rápido puxei o seu braço fazendo-a sentar no meu colo e, ignorando todas as dores que estava a sentir devido ao seu peso, procurei pelos seus lábios beijando-os. Sei que iria levar um estalo, isso seria o mais provável vindo dela. Era o segundo beijo esta noite, ela disse para que não o tentasse fazer novamente, afinal, ela gosta. “Todas gostam” o meu subconsciente afirmou. 

Passei a minha mão lentamente pela sua perna traçando um caminho até à sua coxa. As nossas línguas já se entrelaçavam e a minha mão livre entrava dentro da sua camisa. Já as suas, prendiam fortemente os meus cabelos puxando-os. Os meus dentes prenderam o seu lábio inferior, parando o beijo, sabia perfeitamente onde isto iria parar se não o parasse agora. 

“Podes sair do meu colo por favor?” tentei falar o mais normal possível e fazê-la esquecer o momento anterior. Só o fiz para que se calasse, para que parasse de ser aquele ser irritante que ela é.

“C-claro” Levantou-se e olhou-me por uns segundos. Gostava de conseguir ler mentes, pelo menos para saber o quão confusa estava a sua cabeça neste momento. Ahahaha, ela é ingénua mesmo, achava que eu a levava para a cama? Cruzes! Não a tomava como esse tipo de raparigas, mas pelo que vejo, deixa muito a desejar.

Sem dizer mais nada, foquei-me no que realmente me trouxera aqui. Com alguma dificuldade, tentei chegar a todos os espaços doridos, tentando fazer com que não me doesse mais.

“Deixa-me ajudar-te!” A sua voz ouviu-se e antes que a pudesse impedir, já tinha agarrado um bocado de algodão. Ajoelhou-se à minha frente e fez com que eu me encostasse, feito isso, começou a passar aquele pedaço de algodão por todas as zonas do meu corpo. Ela, de joelhos, relativamente perto de mim, com um dos seus braços apoiado na minha perna e com o seu outro a roçar na minha outra perna conforme o mexia. Céus. Ela estaria a provocar? Não, ela é ingénua demais para isso, ela não o faria, pelo menos eu acho. O seu braço começou agora a roçar perto da minha virilha, estava a ser difícil aguentar-me, confesso. O seu olhar inocente cruzando-se com o meu várias vezes durante o curativo, a maneira dela passar o seu braço delicadamente na minha virilha, aiii Harry.

Mysteries*Where stories live. Discover now