▲Capitulo 2 ▼

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“Barbara?” Chamei entrando pela lavandaria. 

“Olá minha linda” Ela veio até mim abraçando-me. 

“Bom dia” Retribui o abraço “Trago aqui a roupa suja” disse separando-me do abraço.

“Está bem” disse dando-me um sorriso reconfortante. “Não devias ter feito a trança com o cabelo molhado, assim partes o cabelo todo” ela disse.

Realmente, ela deve ser a única pessoa que se preocupa realmente comigo. Ela trata-me como se fosse uma filha dela, é incrível como ela consegue ser tão boa para as pessoas. Ela era de um tipo de pessoas que se preocupava mais com os outros do que com a sua própria vida ou emprego, se eu vos contasse as vezes que ela deixou a lavandaria para vir ter comigo só porque estava num momento mau, vocês não acreditavam! 

Ela simplesmente foi um anjo que caiu do céu quando eu mais precisei. As vezes até chego a acreditar que os anjos existem, pois esta é a prova viva, visto que na terra ninguém consegue ser tão bondoso só porque quer, na terra é-se bondoso quando se tem interesses, e isso não se chama ser bondoso, chama-se ser interesseiro e dessas pessoas, ohh, dessas pessoas já estou eu farta!

“Já tomaste o pequeno almoço?” ela perguntou

“Não, ainda não” era a verdade, não lhe podia mentir, apesar de ter a perfeita noção que ela me iria ou obrigar ou então “berrar” comigo por ainda não o ter feito

“Vai já ao refeitório Evangeline!” Ela ordenou. 

“Quando sair daqui” informei-a

“Então vá! Vai já!” disse ela empurrando-me até à porta “Não te quero sem comer” ela concluiu dando-me um beijo no topo da cabeça.

“Ok, ok cherife” brinquei com ela. 

“Se quiseres passa por cá mais logo, mas já com a barriga cheia!” ela disse quando eu já estava um bocado longe.

A lavandaria do campo ainda era um pouco longe do refeitório, posso dizer que tinha que atravessar mais de metade do campo para chegar ao refeitório. Como sempre, estava cheio. Montes de pessoas a rir e a falar dos outros que ali estavam, outras que faziam rasteiras a toda a gente que passava. Sinceramente a cada ano que passa, as pessoas são mais repugnantes.

Movimentei-me lentamente até ao Sr. Paul, o chefe de cozinha que, tenho que admitir que é bastante simpático, para não falar da comida excelente que ele sempre fazia.

“Bom dia Evangeline” Ele disse com um sorriso

“Bom dia Sr. Paul”

“Anda comigo” ele chamou-me para a cozinha “tenho aqui uma coisa que sei que vais adorar” ele concluiu

De cima da mesa, estava uma espécie de panquecas recheadas com mel e com alguns morangos. Se o meu apetite antes era quase nulo, tenho que admitir que agora era bastante, os cozinhados do Sr. Paul abriam sempre o apetite.

“É para ti minha linda” ele disse apontando para o prato.

“Oh, mas não era preciso” eu disse.

“Come e cala-te” Disse ele com um sorriso na cara “Aposto que vais gostar”

“Claro que vou gostar” sorri para ele “Os seus pratos são sempre apetitosos” conclui fazendo-o ficar orgulhoso do seu trabalho.

“Agora come” Ele disse.

Bem, Paul é outra pessoa que, tal como a D. Barbara, se preocupam comigo desde o dia em que entrei aqui. Naquela altura eu era uma pessoa adorável, uma pessoa que tratava bem toda a gente, que sorria em todas as ocasiões e conseguia cativar toda a gente, não as fazendo olhar para mim, como se fosse estranha, mas sim como se fosse uma pessoa encantadora que transmitisse alegria.

Mysteries*Where stories live. Discover now