Capítulo 8 - Se abrindo

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Anastásia 

- Ana - Diz minha mãe, assim que atendo o telefone.

- Mãe - Sussurro sentindo um nó na garganta e respiro fundo, não quero chorar mais.

- Como você está querida?

- Perdida.

- Oh meu amor - Ela diz triste e eu começo a chorar.

- Eu não sei por quanto tempo eu vou conseguir continuar assim, eu não estou vivendo, eu faço tudo mecanicamente e choro a maior parte do tempo. - Continuo a chorar.

- Eu vou ir ai te ver - Ela diz decidida.

- Por favor, não. - Peço em um sussurro.

- Você não me quer ai com você filha? - Pergunta magoada.

- Mãe, não precisa, não quero que me veja assim.

-Mas eu sou sua mãe - Diz.

- Eu sei - Soluço. - Mas eu prefiro que você fique ai e cuide do papai.

- Se você estiver se sentindo sozinha pois eu sei que você está, me ligue, me avise eu vou pegar o primeiro avião e vou ai tiver. Não quero você sofrendo sozinha.

- Tudo bem, eu te aviso. Meus amigos estão aqui comigo, não estou sozinha.

- Tudo bem filha.

- Mãe eu vou desligar agora tudo bem? - Digo com a voz falhando.

- Você precisa chorar sozinha agora não é? Tudo bem, mais tarde eu te ligo e por favor me atenda eu fico preocupada.

- Tudo bem mãe - Digo e desligo.

Eu não ligo pra minha mãe, nem a atendo quando ela liga porque não quero que ela me veja assim, eu estou um rascunho do que eu costumava ser. Não quero conversar com ninguém, nem falar sobre como eu me sinto, quero apenas Christian de volta.

O choro volta até minha garganta me sufocando e eu choro por longos minutos no sofá do meu apartamento. Então eu penso em Christian, isso reduz os meus soluços e eu me distraio momentaneamente, eu fujo um pouco da dor.

A família de Christian deu um jantar e claro eu fui convidada, eu era a namorada de Christian e pra eles era tudo uma novidade e para completar o pacote eles tinham gostado de mim, me acharam uma ''graça'' disse Christian para mim certa vez. Eu fiquei radiante, isso significava uma coisa muito boa, tudo estava colaborando para eu e Christian ficarmos bem, claro que tínhamos nossas divergências mas todos os casais tem.

Chegamos na casa dos pais de Christian eu não estava tão nervosa como na primeira vez mas ainda me sentia meio tímida e com uma expectativa crescente em mim.

- Entrem - Disse Grace com um sorriso, nos conduzindo a sala, fui surpreendida por outro abraço animado de Mia a irmã de Christian.

- Que saudade que eu estava de vocês - Ela disse sorrindo largamente.

Era estranho ela sentir saudade de mim, se tinha me visto apenas uma vez mas tudo bem isso era fofo da parte dela. Cumprimentei a todos e nos sentamos no grande sofá que tinha na sala, me aconcheguei em Christian e enquanto bebíamos uma taça de vinho esperamos seu irmão Elliot chegar.

A campainha tocou e Grace foi sorridente atender Elliot tinha chegado com a sua namorada que todos conheciam menos eu.

Sorri em expectativa enquanto Elliot caminhava em direção a sala falando alto o suficiente para que eu pudesse ouvi-lo.

Chegou na sala sorrindo de mãos dada com uma linda garota, uma garota que eu já vira antes, eu já a conhecia, senti a taça de vinho tremer em minha mão mas a segurei firme, eu não podia demonstrar meu nervosismo.

A Garota do ParqueOnde histórias criam vida. Descubra agora