Mr. Wolf [Em Revisão]

Chapter.1 [revisado]

[Revisado - 2019]

A garota corria em meio a floresta, chorando, tentando achar o caminho de volta. Havia se perdido ao ter a mochila roubada por uma criatura aleatória que não conseguiu identificar.
Mais ao fim da floresta, no topo da montanha, se via a silhueta de um lobo uivando. Seu uivo era potente e alto, amedrontador, e ecoava por boa parte da floresta.

- Mas que merd-... -Ela sente o coração acelerar e se arrepia ao ouvi-lo, aumentando a velocidade dos passos afim de fugir, porém ele logo desce da montanha, correndo em direção à floresta. Num momento de fraqueza, a garota tropeça e cai rolando, gemendo de dor. Escutando-a, o lupino correu até ela, logo sentindo seu cheiro e a farejando até se aproximar. Allison, fraca, se sentou, porém quando viu a criatura congelou completamente.

- A-ah-...... - O sangue escorre de seu rosto, ficando em completo silêncio. O lobo se aproximou lentamente a olhando, farejando-a e observado seus ferimentos. A garota fecha os olhos, ofegante, tentando se levantar e correr: nada. Seus pés não se moviam. A tensão foi tanta que a loira acabou por desmaiar.

Algumas horas depois, estava deitada em uma cama grande, numa cabana localizada entre algumas árvores próxima à montanha. Estava limpa e seus ferimentos haviam sido tratados e enfaixados. Suas roupas estavam num cesto ao canto do quarto, enquanto ela vestia um vestido branco meio curto, semelhante a uma camisola.

Ela acorda, tentando entender onde estava, gemendo baixo. Ao se localizar com todas as memórias, começou a se desesperar, olhando ao redor. O que aconteceu?! Pensou assustada. Sentou-se na cama, tentando ao máximo forçar alguma lembrança, porém apenas lembrava do assustador lobo. Dando uma olhada em si mesma, estranhou, tentando primeiramente entender como havia trocado de roupas.

A casa estava vazia, porém, não muito tempo depois, um rangido de porta sendo aberta ecoou, sendo fechada rapidamente logo após. Passos pesados e lentos pareciam se aproximar do quarto, apavorando a garota, todavia logo se desviam indo para outro local da cabana, o que a trouxe um rápido alívio. "Bem, tem uma pessoa..." Ela pensou, porém logo congelou novamente. "Pro...vavelmente um homem... que tirou minhas roupas... m-mas ele cuidou dos meus machucados, né? E-ele não deve ser ruim..."

O rapaz cozinhava tranquilamente ao fundo da casa, voltando a deixar aquele ar silencioso por mais alguns minutos. A garota decide por fim ficar ali, achando ser até mais seguro. Logo alguém bate na porta, fazendo-a travar e responder num tom sussurrado:

- Pode... entrar?

A porta foi aberta lentamente, revelando o rapaz. Cabelos pretos, pele pálida, olhos cinzas, um tanto frio e rígido, corpo escultural e perfeitamente malhado, nem muito esguio e nem demasiado hipertrófico. O rapaz a observa por alguns segundos, analisando seu corpo e vendo onde teria que repor os curativos, entrando na sala, revelando uma bandeja com um prato com bife e frango, ao lado algumas frutas, indo até ela e colocando em sua frente.

-Coma. - Dando a seguinte ordem, virou-se e retirou-se do aposento.

-. . . - A garota piscou, os olhos azulados focando na comida e silenciando os pensamentos. -Tá... ok... um cara lindo acabou de entrar. Eu morri e tô no céu, só pode ser...- suspira e logo começa a devorar o conteúdo, já que não comia a quase dois dias desde que se perdera.
Enquanto isso, o homem saiu em meio à floresta numa caçada rápida enquanto ainda tinha alguns raios de sol iluminando os pontos principais onde ele caçava.

Terminando de comer, suspirou, deixando a bandeja de lado. Olha ao redor do quarto e se levanta com um pouco de dificuldade, começando a explorar o espaço, tentando arranjar alguma pista sobre o misterioso homem. O quarto era bem organizado, num estilo meio rústico. Ao canto a cama grande, com um criado mudo ao lado. Na parede oposta à cama havia um guarda roupa. Na outra parede tinha uma janela grande, e ao lado dela um pequeno armário com as roupas íntimas e essas coisas. Na última parede havia uma escrivaninha com alguns papéis espalhados, no centro uma porta e ao lado da porta um espelho de suporte. No centro do quarto havia uma mesinha com um violão no chão, um tapete branco enorme e em cima da mesinha algumas partituras e uma paleta.

-eh... -Ela se aproxima do violão e se senta, o pegando e o colocando no colo. Dando uma breve afinada, ela começa a tocar alguns acordes aleatórios. Quem era esse homem? Se questionava repetidamente.

Estava anoitecendo e com isso vinha o frio. Quem sabe poderia até nevar na manhã seguinte, ou na próxima. Porém ela ainda estava sozinha na casa. E a ventania que vinha com o frio acabara por abrir a porta escandalosamente, que não estava trancada. Ela se encolhe num susto, sentindo o frio horrível. Se levanta à procura de uma blusa de frio ou um cobertor, qualquer coisa que a protegesse. Havia alguns cobertores numa gaveta meio aberta do armário ao lado da janela. Procurou por todas as portas e gavetas até encontrar os cobertores, pegando-os e voltando para a cama, se enrolando num casulo. Bem, pelo menos se protegera do frio.

enfim a porta é aberta novamente, sendo fechada com violência, como se quem a fechou estivesse irritado. Os passos correm até o quarto, mas o rapaz manteve a postura e o comportamento, batendo na porta. A menina respirou fundo e disse um "pode entrar" mais alto que o anterior, se protegendo nas cobertas. Abrindo a porta, o homem encarou-a embaixo das cobertas.

- Está tudo bem? - Ele suspira a observando e fechando a porta, indo até a janela, fechando-a e trancando, fechando também as cortinas.

- Sim... - respondeu num tom meio fraco que mudava para um sussurro conforme terminava a palavra. Ele virou-se a observando e aproximou-se, ajoelhando ao lado da cama.

- Tem certeza? Não precisa de nada?
Ally assente o encarando, seus olhos repousando sobre os dele de forma intensa. Não se atrevia a perguntar nada, era mais que um fato que ele estava de mau-humor.

- Certo... - Murmurou se levantou lentamente, se espreguiçando a observando e ajeitou-a na cama, arrumando os cobertores. - Os pegou na gaveta?

- Sim, peguei... - Respondeu, analisando-o curiosa.

- Ótimo... - Ergueu-se, cruzando os braços. - Procure descansar. Logo voltarei para trocar seus curativos. Se precisar de mim, estarei por aqui. - E saiu novamente, porém, abrindo um pouco a porta a olhando. - Ah. Me Chame de Christian. - E se foi.

- O-okay, obrigada!! - A garota tentou agradecer, o vendo ir e suspirou se encolhendo. - Devo perguntar se posso voltar pra casa... -sussurra pra si mesma enquanto o peso do sono caía sobre ela, a fazendo dormir.