Olá eu sou o Thomas.

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Doutor - Bom, Thomas, estamos gravando tudo, então posso começar com as perguntas? Não precisa se sentir nervoso nem algo do tipo. Posso começar? - Ele senta em uma cadeira próxima a mim.

Thomas - Olá eu sou o Thomas e não estou afim de falar, a única coisa que eu posso te dizer e que eu não me arrependo de nada.

Doutor - Calma Thomas não precisa se exaltar, estamos tentando fazer tudo da forma certa. Vamos tentar de novo? vinte e seis de maio de dois mil e doze, esse é o Thomas Grandford, e essa é a nossa vigésima sessão.

Thomas - O que você quer que eu fale? Ou melhor o que você quer que eu invente?

Doutor - Eu vou fazer umas perguntas e você me responde, tudo bem? Bom vou falar a primeira, O que você fez com ela?

Thomas - Com ela quem? A vadia? Bom ela teve o que merecia - Dou risada.

Doutor - Thomas, não precisamos descer a esse nível né?

Thomas - Bom eu não fiz nada.

Doutor - Tudo bem, vamos continuar. Como você se sente?

Thomas - Tirando a dor no pulso eu me sinto desprezível, é assim que eu me sinto, o que aconteceu com ela não me importa, nunca me importou, eu só quero que você tire isso de mim, não percebe que está me machucando?

Doutor - Thomas, infelizmente eu não posso tirar, pode me contar um pouco do que se passa na sua mente? - Ele anota algumas coisas na prancheta.

Thomas - A minha mente? - Gargalho. - Nem eu sei como ela funciona, você me segurando aqui está começando a me deixar com ódio de você, você não sabe o tanto!

Doutor - Lembrando que tudo isso está sendo gravado, então tudo depende do seu comportamento, acha que vale mesmo a pena agir desta forma?

Thomas - ME TIRA DAQUI! - Grito.

Doutor - Thomas, acho melhor você se acalmar, não quero tomar medidas drásticas.

Thomas - Cala a boca e me tira daqui seu imbecil! - Começo a me debater.

Doutor - Vou te dar uma segunda chance, ok?

Thomas - Bom, eu não me daria uma segunda chance, na mão que eu te pegar, acabo com você.

Doutor - Eu tentei ser bonzinho, mas não funcionou, o melhor que eu posso fazer é pedir para te darem um calmante, por favor, podem aplicar.

Dois caras vem na minha direção, um me segura e eu dou uma cabeçada nele, e começo a rir sem parar, eles aplicam a injeção e eu começo a ficar um pouco adormecido, um deles pega a cadeira de rodas e me leva até o corredor onde estava minha mãe, o doutor diz alguma coisa a ela.

Doutor - Olha senhora Greice, o caso do seu filho é complicado, o tanto de tempo que ele está aqui e ainda não resultou melhoras, ele está apenas demonstrando o lado agressivo, não temos muito o que fazer.

Greice - Faz cinco anos que ele não tem um sinal de melhora, eu não entendo...

Doutor - Bom, a senhora sabe dos complexos dele, ele é um dos nossos pacientes mais difíceis, mas vamos continuar insistindo nele.

Greice - Muito obrigada.

Eles me levam para o meu quarto, consigo escutar os passos da minha mãe acompanhando atrás, antes de entrar ela me da um beijo na testa e vai embora, eles me colocam na cama e o resto da força que eu tinha gasto tentando sair, mas não consigo, eles me colocam deitado e me prendem na cama, durmo.


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