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- Abaixe-se! - gritei, antes que o orc a matasse - Escute, Tauriel, temos que sair daqui, são muitos para nós.

- E como faremos isso?

- Damos um jeito, me siga!

Corri até a fenda pela qual entramos naquele lugar horrendo com Tauriel logo atrás de mim e alguns orcs. O cavalo no qual vim - pensei que tivesse fugido - ainda estava por perto, montei nele e Tauriel sentou logo atrás. Depois de um bom tempo desviando das flechas que atiravam em nós voltamos para o pequeno vilarejo pelo qual passei mais cedo, o mesmo que os orcs atacaram. Por falar neles, me certifiquei de que não nos seguiram até lá.

- Passaremos a noite aqui - Tauriel propôs e eu concordei.

Apesar de haverem acomodações naquele lugar, precárias por sinal, Tauriel preferiu ficar ao ar livre, em um lugar escondido é claro.

- Por que veio atrás de mim? O que a fez mudar de ideia? - eu estava curioso pela resposta.

- Eu nunca abandonaria meu amigo.

- Você entendeu minha pergunta, Tauriel - fiz uma rápida pausa - Por quê? Achei que seu lugar era ao lado dele.

- Não, meu lugar é ao seu lado, assim sempre será como sempre foi desde que éramos crianças.

Pelo jeito de Tauriel esta não era a resposta para minha pergunta.

- O que o anão fez a você? Ou o que ele disse a você?

- Nada importante, mellon. Vamos mudar de assunto. O que faremos a partir de agora?

- Bom - o assunto mudara tão repentinamente que precisei de alguns segundos para pensar - Haverá uma guerra.

- Como sabe?

- Thranduil deixou claro indiretamente depois que interrogamos aquele orc. Vai ser uma batalha épica.

- Mas espere, uma guerra contra o quê?

- Não sei bem, mas é poderoso, devemos estar preparados. Temos que voltar ao reino da Floresta.

- Voltar? - ela franziu a testa - Não podemos voltar. Não sabemos de que lado seu pai está.

- Ele está do lado dele mesmo, sempre foi assim.

- De que lado você está, Legolas?

Eu não tinha uma resposta definida para essa pergunta, afinal sempre estive ao lado de Thranduil, meu pai. Mas eu tinha muitas dúvidas a respeito dos propósitos dele, queria saber de seus segredos e por qual razão ele os esconde de mim. Vendo-o como rei não sei dizer qual será sua decisão a respeito disso.

- Eu... Eu não sei, Tauriel - admiti.

- Lutamos pelo que achamos certo, pelo bem. Seu pai entrará nesse conflito com seus próprios interesses, por que não podemos ter os nossos próprios?

- Mas não podemos ter um exército de apenas dois - me referi a mim e ela.

- Não podemos ser um exército, entretanto podemos nos juntar a um.

- A qual? - nós não tínhamos muitas opções.

Tauriel me lançou um olhar pretensioso e um leve sorriso surgiu no canto de seus lábios.

- Não, eu não vou me juntar àquela Companhia de anões sujos - isto estava completamente fora de questão.

- São eles ou seu pai.

Não eram alternativas muito justas mas seria isto ou nada.

- Tudo bem - cedi insatisfeito.

- Amanhã cedo começaremos nosso caminho de volta para a Cidade do Lago - ela sorriu satisfeita.

Legolas & TaurielOnde histórias criam vida. Descubra agora