O tempo passava e com ele a minha paciência, aumentava também a minha preocupação com Tauriel que até agora não havia se mexido um centímetro sequer. O que me aliviou um pouco foi uma suave elevação em seu busto, sinal de que estava respirando.
- Vamos, está na hora - um orc falou - O mestre espera.
Fingi mais uma vez que estava desacordado e vários passos encheram o espaço onde eu e Tauriel estávamos, senti meu corpo ser levantado, transportado e jogado em algum lugar, pelo vento fresco estávamos ao ar livre, algo foi colocado junto comigo, era ela.
Um sacolejar começou, abri meus olhos e estávamos numa espécie de carruagem, claro que eu e Tauriel estávamos na parte mais desconfortável e sendo tratados como trapos. Fitei seu rosto machucado, além dos arranhões percebi algumas marcas em seu pescoço, só serviu para aumentar meu desejo de vingança. Quando finalmente paramos, continuei meu fingimento até sermos levados para outro local, eu não vi onde estávamos. Fui posto de joelhos e algo segurava minha cabeça pelos meus cabelos, o aperto era forte e já estava começando a doer em meu couro cabeludo. De repente, uma golfada de água foi jogada no meu rosto me "acordando" aturdidamente.
- Acorde seu verme - a voz do orc me provocou.
- Vamos ver quem vai ser o verme no final - ameacei.
Olhei para o lado, Tauriel estava sendo acordada do mesmo jeito que eu.
- Ora, ora, ora - alguém falou - O que acontece quando os pais não educam seus filhos de forma adequada. Ou não tem pulso para repreendê-los de seus mal feitos.
- Quem é você? - perguntei irado.
- Alguém de quem não saberá o nome agora, mas pode me chamar do que quiser, para mim isso não faz diferença - a voz falou irônica.
Dois orcs mantinham suas facas no meu pescoço e no de Tauriel quando a figura de um elfo apareceu, eu nunca o havia visto. Seu semblante era ameaçador e intolerante, ele nos fitava com hostilidade e desprezo.
- Pensei que orcs e elfos não eram amigos - retruquei.
- Foram os poucos dos que sobraram da Batalha, e não são meus amigos, são criados, servos, escravos, estão sob meu comando e fazem o que eu quiser. Prendam-na - ordenou.
Tauriel foi levada à força para ser presa em uma parede bem à vista com quatro correntes sendo amarradas em seus braços e pernas.
- Solte-a! - rosnei - Agora!
- Calma, príncipe da Floresta. Eu só vou fazer o que me foi pedido. Puxem!
Quatro orcs, um segurando em cada corrente, puxaram os membros de Tauriel arrancando gritos dolorosos dela.
- Pare! - minha voz não estava soando alto o suficiente - Tauriel!
- Já chega - o elfo disse - É a vez dele.
- Tauriel, calma - sussurrei quando eles a colocaram de volta no meu lado, tomei cuidado para que não ouvissem quando eu falei - Vou lhe dar uma chance, apenas fuja.
Enquanto estava sendo levado para a parede da tortura me desprendi dos braços dos orcs e bati neles com meus punhos, - agora livres - consegui pegar uma faca de um deles e com ela comecei a atacar os outros. Direcionei o olhar para Tauriel e dei sinal para que saísse, ela me fitou receosa, mas repeti o sinal para que fugisse e ela o fez, saindo correndo à procura da saída.
Mais e mais orcs apareceram, seu mestre - que agora parecia ainda mais furioso com a indisciplina de seu prisioneiro - deu a ordem clara e irreversível para meu destino, seria a mesma coisa que fez com Tauriel, mas com uma dose generosa e maior de dor do que a dela.
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Legolas & Tauriel
FanfictionEle: o filho do rei, ela: a capitã da guarda do reino. Criados juntos desde criança e as aventuras que viveram acabam resultando em uma paixão arrebatadora marcada por ciúmes e preconceito alheio. Essa história também está disponível no Nyah: fanf...