07- Sydney

138 19 8
                                    

Quatro dias se passaram desde o início das aulas. Já era quinta-feira feira e eu ainda estava tentando me adaptar. E como se não bastasse eu ter que aprender a viver morando de favor na casa dos outros. Também tinha a escola pra me preocupar.

Eu realmente fico muito grata pela senhora Prescott estar pagando a escola pra mim. Acho que foi algo muito bom e genuíno da parte dela.
Eu com certeza estava errada quando pensei que todos milionários eram idiotas esnobes. Ela é uma mulher humilde e admirável.
Mas Se tem alguém mais grata do que eu, essa pessoa é minha mãe. Eu nunca a vi tão feliz. Ela estava gostando da ideia de um estudar na escola mais importante de Nova Iorque, enquanto Amanda ajudava ela no trabalho, aprendendo a ter responsabilidade e disciplina. Algo que Amanda não estava nem um pouco feliz.

O mais estranho era estudar na mesma escola que o Theo. Ele passa por mim como se nem me conhecesse na escola, acompanhado dos seus amigos populares. E eu não o culpo. Ele está no seu habita-te natural. Até porque não somos amigos. Se é que existe algum vínculo com ele é o segredo que guardo das garotas que vão fazer uma visitinha pra ele enquanto seus pais estão ausente.

Não existe outro motivo pra ele querer falar comigo.

Já na escola, tirando as matérias complicadas eu já estava feliz por ter feio dois amigos. Naomi que foi a primeira que me recebeu de braços abertos, e ela é alguém bastante importante na escola já que é a filha do diretor. E Brandon, ele faz parte dos riquinhos esnobe mas acho ele tão diferente, ele parece ser tão humilde e é legal comigo desde o início, se não fosse ele sempre me ajudando nas matérias eu seria uma nada.
Eu nunca fui uma garota de fazer muitas amizades, se nem quando todos eram pobres falavam comigo, eu fiquei imaginado o quão vezes pior seria em uma escola aonde todos são ricos e tem dinheiro guardado em seu nome na suas contas no banco.

Depois que o sinal de escola tocou, alertando que poderíamos ir para o intervalo eu levantei da mesa em qual estava sentada, coloquei minha mochila em minhas costas caminhei em direção à porta, e entrei no corredor com o resto dos alunos. O espaço dos armários pareciam estreitos de tantas pessoas que estavam passando na mesma hora. Eu me senti bastante invisível já que algumas pessoas passavam e empurravam meu ombro como se eu não fosse ninguém.

— Ah você está aí.
Falou Naomi abrindo os braços e vindo em minha direção.

— Oi.
Falei abrindo um sorriso no rosto, por finalmente ver algum rosto amigável no meio de estranhos esnobe.
— Você quer ir pra cantina?

— Ah eu estou evitando carboidrato, inclusive eu acho que preciso fazer uma petição para meu pai mandar pararem de servir batata frita no refeitório.
Falou ela tudo de uma vez, colocando sua pequena bolsa rosa apoiada em seu ante braço, enquanto caminhávamos pelo corredor.

— Você pode fazer isso?

— Acho que sim. Eu nunca pensei nisso.
Falou ela parando de caminhar. Então fiz o mesmo e fiquei virada de frente pra ela.
— De qualquer forma eu preciso falar com meu pai agora, então eu vejo você depois.

— Tudo Bem.
Respondi. Ótimo, agora vou voltar a ficar sozinha.

— Se for para cantina sugiro pegar uma fruta, fica longe dos bolinhos recheados que servem de sobremesa.

— Entendi.
Respondi e ela insinuou me dar dois beijinhos no rosto, e saiu andando com seu salto alto fazendo barulho pelo piso do corredor, que já estava mais vazio agora. Quem vem de salto para a escola? Será que eu deveria vir também?

Eu olhei para meus pés, e meus all stars brancos realmente estavam confortáveis. Assim que levantei a cabeça novamente dei de cara com Theo e seus amiguinhos do time de futebol na mesma hora, vindo em minha direção. Eu devo ter ficado com uma cara de pateta olhando pra eles, e acabei esquecendo de sair da frente, já que todos não passariam porque estava parada bem no meio tapando o caminho.

ALIVE Onde histórias criam vida. Descubra agora