29- Naomi

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Gratidão: um simples sentimento que pode definir a pureza do seu coração.

Mas infelizmente hoje em dia, como todo que já foi bom, saiu de moda.

Se a vida fosse um grande fashion week, nós veríamos um grande desfile de ódio, mal intenção e desprezo. Mas Com sorte também veremos amor, boa intenção e lealdade, mas do que adianta todos essas coisas sem a gratidão?

Se você está em algum lugar, é válido lembrar que você não chegou sozinho, precisou de alguém ou de algo para isso acontecer.

Vale lembrar que apenas agradecer, é diferente de sentir. Porque "obrigada" qualquer um fala, mas gratidão né todo mundo sente.

— Seu texto é o melhor, tenho certeza que vai tirar a maior nota da turma. Aposto que os outros não tem a capacidade e inteligência de escreverem um texto tão bom quanto o seu.
Disse minha mãe, sentada em minha frente em uma cadeira na mesa de um restaurante do shopping. Ela mexia seu café enquanto falava. E eu apenas abri um sorriso forçado no rosto. Se fosse em qualquer outra situação, seu comentário teria me deixado muito feliz, mas não agora que tenho coisas mais importantes para me preocupar.

— Como você está?
Segurei a mão Dela por cima da mesa

— Bem...
ela respirou fundo e continuo.
— Estar aqui com você me fez sentir muito melhor.

— Eu sinto muito mãe.

— Não diga isso, não é sua culpa querida.
Disse ela e eu assenti. mas se não era minha culpa porque eu estava com todo esse peso em minhas costas?

— Além do mais, depois que torrarmos o cartão do filho da puta do seu pai na Gucci, eu vou me sentir melhor Ainda.

— Eu vi uma bolsa linda na vitrine.

— Eu também.
Disse ela e sorrimos, e começamos falar sobre a bolsa.

Mas tarde chegamos em casa cheia de sacolas, a empregada veio para pegar-las assim que chamamos por ela.

— Menos essa.
Ela pegou uma das sacolas
— Tem meu vestido lindo da Versace eu preciso experimentar... e eu vou precisar de uma jurada, pra dizer como eu fico nessa belezinha.

Eu sorri e segui ela até o quarto, e quando entramos minha mãe travou por um momento por ver que a cama estava arrumada, como quando saímos hoje cedo.

— Seu pai não veio para casa.

— Talvez ele tenho dormido no sofá.
Falei com voz de choro, e tentei controlar o nó que estava na minha garganta

— Quer saber eu não ligo.
Ela continuou a caminhar

— Como não liga? É o papai.

— Naomi Elizabeth koyama, eu vou experimenter o vestido, e você seja muito honesta sobre como eu vou ficar.

Ela mudou de assunto, e isso me deixou muito incomodada.

— Mãe espera.
Eu segurei o braço dela, fazendo ela me olhar.
— Eu sinto muito.

— Já falamos sobre isso querida.
Ela alisou meu rosto
— Não é culpa sua, você também não sabia das safadesas do seu pai.
Eu fiquei calada e não consegui encarar ela nos olhos, a expressão no rosto dela logo mudou e de compreensiva, ela aparentou estar extremamente raivosa.
— Naomi, você não sabia, Sabia?

— Eu sinto muito, eu iria contar.
Eu me sentei na cama e cobri meu rosto com a mão. Minha mãe de imediato veio para meu lado e segurou minhas mãos para baixo

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