Eu posso passar horas na biblioteca.
É um lugar aonde quase ninguém costuma vir, mas eu ainda venho. É o melhor lugar para ler, eu ainda posso mexer na internet, e a biblioteca é o lugar perfeito pra quando eu quero fugir dos meus problemas.As coisas estavam difícil em casa. Neste fim de semana meu pai apareceu bêbado como se nada tivesse acontecido. Desde que foi internada os médicos descobriram algumas doenças na minha mãe causadas pela bebida. Graças a Deus nenhuma delas era grave. Mas mesmo assim ela precisa de medicamentos, e Michelle não estava conseguindo sustentar toda família sozinha. Eu sempre tive que cuidar de todos, e isso já é uma das coisas que mais me estressa. E eu me pergunto como ela consegue ser tão forte ao ponto de levar toda família nas costas. Se fosse eu eu já teria fugido. Me culpo por isso. Por ser mais lógico do que sentimental. De ser mais razão do que emoção. Eu já não sei o que é certo a fazer. Sou errado por não querer mais ficar perto da minha família? Às vezes eu me pergunto, porque eu deveria me preocupar com meus pais, quando eles não se preocupam comigo, ou com minhas irmãs?.
À biblioteca era o lugar que eu iria para fugir. Ler sempre me leva para um mundo paralelo, aonde não tenho que lhe dar com problemas do meu cotidiano. E eu fazia isso a madrugada toda. Não lendo só livros de histórias, romances e terror. Eu gostava de ler coisas sobre física, teorias e até ciências.
Eu tinha passe livre pra ficar até que horário eu quisesse, Porque à bibliotecária já foi minha professora quando eu era criança. Ela me conhecia, e confiava em mim pra me deixar com a chave. Sempre que eu saia, eu deixava de baixo de um vazo de planta que tem na entrada do prédio.
Eu acordei um pouco apavorado em questão as horas. Já era segunda feira, eu tinha que ir para a escola. Sair mais cedo como de costume. Eu eu fechei o livro " O grande Projeto" de Stephen hawking que estava aberto em alguma página aleatória. Me levantei de imediato, logo após checar o horário no meu relógio de pulso. Eu já deveria ter saído.
Dei alguma ajeitada no resto dos livros que tinha lido antes de sair em direção à porta. Deixando o prédio guardei a chave aonde sempre deixo para à bibliotecária.
Fui até a parada de ônibus realizar meu trajeto como sempre. Agora era a hora de colocar um sorriso no rosto e fingi que dormi no meu colchão bóxer, enrolado em meus cobertores de pele de urso, ou seja lá qual pobre animal eles mataram para conseguir aqueles pelos.Na escola é a mesma coisa de sempre, enquanto nós aquecemos para o treino, a maioria das liders de torcida ficam em nossas voltas. Eu até já sai com algumas delas, mas eu não sei qual é o problema que não acho e nem nunca achei nenhuma interessante.
— Brandon, Como você tá? Foi mal eu não ter levado você e as garotas pra casa depois da festa. Eu meio que bebi demais.
Falou Theo correndo no meu lado, enquanto dávamos volta no campo como aquecimento.— Não esquenta. Nós pedimos um táxi. Eu levei as meninas até em casa.
— É eu sei.... então, tá rolando alguma coisa Entre você e a Sydney?
— Ela falou alguma coisa de mim?
Perguntei— Não, Nós nem conversamos.
— Porque ela é filha da empregada?
Perguntei parando de correr, e o sorriso que tinha no canto do rosto dele se desfez na mesma hora, ele também parou.— Não... porque você acha isso?
Perguntou ele— Porque você mesmo disse, na cantina, se lembra?
— As coisas mudam, Você concordou com o que eu disse, e agora está saindo com ela.
Disse ele me deixando sem uma resposta. Na verdade eu preferi não dizer nada, e ele usou essa deixa para continuar correndo, me deixando ali parado.
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ALIVE
Teen FictionEm meio de bebidas, Festas, Sexo, Drogas: Um grupo de adolescentes, com vidas completamente opostas, têm que enfrentar problemas com relacionamentos e drama familiares. Sydney, Theo, Lola, Matt, Naomi e Brandon irão passar pela pior ou melhor fase d...