30- Brandon

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Classe social: a maior criação feita para dividir as pessoas depois da religião.

Desde que me entendo por gente, minha família sempre teve que saber em que classe social nos encaixávamos. Ainda lembro das vezes em que pessoas para fazerem pesquisas bateram em minha porta, querendo saber quantas TV tínhamos, quantas pessoas, quanto ganhávamos.

De algum jeito, a sociedade sempre tenta nós lembrar de onde pertencemos, e que basicamente somos o que temos. Sempre deixam bem claro se você é pobre ou se é rico, ou pertence a classe média.

Mas será que são mesmo bens matérias que definam o quão rico você é?
Eu acredito que se trata do que você é por dentro, e o que tem para oferecer.

Dentro disso, também existe muito preconceito e esteriótipos. Como dizer que todo pobre é humilde e todo rico é esnobe. Isso é a maior mentira já inventada, só um tolo poderia acreditar nisso.

Com o pouco que já vivi, vi muitas pessoas pobres querendo se achar melhores dos que as outras por possuírem alguma coisa a mais. E já vi pessoas ricas, sendo humildes, modestos e ajudando o próximo. Sim que Ainda existe muitos ricos que não gostam de pobres, talvez por que isso os façam lembrar de onde viram.
Mas também existem pessoas de classe baixa, que odeiam ricos simplesmente pelo fato dele ser rico, e eu nunca vou entender isso.

É muito triste ver pessoas pensando em ter tudo ao longo da vida, gastando dinheiro que as vezes nem tem, para coisas que não precisão para se exibir para outras pessoas, mesmo que elas não Admitam isso.

O pobre é subestimado, e o rico mal compreendido. Mas o que todos deveriam saber no final do dia, é que quando se morre nada vai para o caixão com você. E que vale bem mais deixar boas lembranças para pessoas que você ama, do que dinheiro e coisas matérias. porque dinheiro um dia acaba, coisas estragam, e educação e aprendizado é pra sempre.

— Brandon?
Matt me encarou surpreso, por estar parado na porta da casa dele
— Minha casa virou uma pensão agora.
Ele revirou os olhos enquanto mastigava um chiclete

— Do que você está falando?

— É meu pai?
Escutei uma voz feminina familiar, e Naomi logo apareceu na porta, depois de empurrar o matt
—Ah é você.

— A você apareceu, aposto que dormiu bem na minha cama.
Disse Matt encarando Naomi

— Seu colchão é bem macio, a propósito você pode me dizer aonde você comprou?
Matt encarou ela revirando os olhos outra vez

— Para aí, o que tá acontecendo?
Perguntei franzindo a testa
— Porque você está na casa do matt?
Naomi encarou o matt e pareceu um pouco incomodada com a pergunta.

— Você realmente não é alguém pra quem a gente deva satisfações.
Disse o matt

— Mas vocês começaram a falar, então ...

— E o que você está fazendo aqui, tão cedo?
Perguntou Naomi mudando de assunto

— Bom... eu vim, buscar o matt para gente ir para escola juntos.

— Desde quando vocês são amigos?
Eu encarei o Matt  e ergi a sobrancelha pra ele, me dar uma ajuda com a resposta.

— Desde quando nós somos amigos?
Disse matt encarando a Naomi, em uma reposta óbvia e sarcástica, que apenas fez ela abrir um sorriso nervoso.

Estávamos matt, Naomi e eu indo para a escola juntos, metade do caminho estávamos em silêncio. Eu estava segurando as alças da minha mochila enquanto caminhava, olhando para os lados, tentando fugir da situação que eu me encontrava, quando tudo que eu queria era falar com matt sobre a proposta dele, mas não podia com a Naomi na nossa cola. Do meu lado esquerdo ela estava mexendo no celular e sorrindo, provavelmente trocando mensagens com alguém, toda vez que eu olhava para ela, Naomi abria um sorriso enorme. E do meu lado esquerdo estava o Matt empurrando a moto dele com a mão, e usava fones de ouvidos para evitar conversa, eu pedia escutar o rock pesado que eles estava ouvindo de onde estava.

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