19- Sydney

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Perdi a conta de quantas horas estava deitada na minha cama procurando pelo meu pai no Facebook, tinham diversos perfis mas eu estava longe de achá-lo. E só de pensar nisso eu sentia um aperto no coração, me perguntava se é que um dia eu vou encontrá-lo, mas o que mais me assombra era pensar na possibilidade dele não querer ser achado.

Desliguei meu celular e coloquei ele em cima da minha barriga, fechei os olhos e respirei fundo, e a porta do meu quarto foi aberta. Levantei a cabeça para ver quem tinha entrado e era minha mãe.

— Bom dia querida, não sabia que estava acordada.
Disse ela mas eu não respondi, me deitei novamente e fechei de olhos, como se ela não tivesse falando comigo.
— Não adianta ficar de cara feia porque não deixei você sair ontem à noite. Já disse que show de rock não é lugar pra uma menina da sua idade.

— Então é pra quem?
Perguntei levantando a cabeça mais uma vez para encara-lá.
Ela colocou algumas roupas dobradas em uma cadeira que tinha no quarto e se aproximou de mim, se apoiando na minha cama já que eu dormia na parte de cima da beliche.

— Você já esqueceu da conversa que tivemos que depois que fazer 18 anos você pode ir pra onde quiser? Mas como você ainda é de menor, eu quem decido por você.
Disse ela e eu revirei os olhos, estava cansada dessa história

— Mas por causa disso, minha amiga não fala mais comigo porque eu dei um bolo nela ontem.
Reclamei

— Se ela ficou brava com você só por causa disso, não é sua amiga... agora levanta, eu vou precisar da sua ajuda lá em baixo.
Ela se afastou da minha cama e caminhou em direção a porta

— Claro, pra isso eu tenho idade.
Reclamei e ela me encarou antes de sair pela porta

— O que você disse?

— Nada.

— Acho bom. Agora tira esse pijama e desce para me ajudar, sua irmã já está lá mas não está ajudando muito.
Disse ela e eu assenti. Depois que ela saiu e fechou a porta me sentei na cama e levei as mãos até o rosto. Esperei alguns segundos antes de pular até o chão. Eu já tinha passado da idade de usar a escadinha.

Depois de tomar um banho rápido no banheiro do nosso quarto, eu fui me vestir. O dia estava bastante frio, eu apenas coloquei uma legging preta e um moletom da mesma cor do Mickey. Eu amava o Mickey. Calcei uma botinha de cano baixo e deixei meu cabelo solto.

Peguei meu celular e sai do quarto.
Desci pela escada que levava até a cozinha, e quando cheguei lá minha mãe estava cozinhando alguma coisa, Jade que era outra empregada estava lavando algumas louças. E o Tal do adam estava de pé contando alguma coisa para minha irmã, que estava sentada escutando tudo o que ele dizia como se tivesse impressionada. E ela estava mexendo no cabelo com aquele olhar de flerte.

— Bom dia.
Falei timidamente, fazendo adam me olhar de imediato. Ele estava vestindo uma camiseta preta que tinha um pentagrama, e estava com o cabelo loiro solto escorrido sobre os ombros. Ele tinha olhos verdes marcantes e mandíbulas perfeitas. Eu não o conhecia sem ser de vista, mas ele poderia ser qualquer coisa, menos alguém que já foi chamado de feio na vida.

— Bom dia criança.
Respondeu jade

— Sydney vem conversar com a gente, você precisa só ouvir essa história de quando adam tocou na nossa antiga cidade.
Disse Amanda bastante empolgada e  um sorriso brotou no rosto de adam

— Não obrigada, eu vou ajudar nossa mãe.
Falei e caminhei até o local aonde ficava pendurado os aventais, peguei um branco e o vesti.

— Olha, espero que minha mãe também esteja pagando pelos seus serviços.
Disse adam me encarando
— Ela é bem mão de vaca quando quer.

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