Preságio

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Manu:

Eu estava a beira da morte, me segurando apenas pelo suporte de pouso do helicóptero, o piloto pareceu perceber, pois deu meia volta e quando chegou próximo ao hotel, eu cai. Na verdade, pulei do suporte e apesar das minhas pernas se manterem doendo, me levantei e segui para que o piloto pousasse mas ele não fez isso apenas levantou voo e seguiu.

Desci de elevador até o quinto andar e sem bater na porta invadi o quarto onde Sophia se encontrava, ela parecia estar chorando, assim que me viu, se levantou e correu para me abraçar, mas ela não estava feliz, ela não estava bem, não conseguia eu compreender o que estava acontecendo até a porta se fechar e ser trancada. Olhei para trás e vi Hugo, me espantei de início, abracei forte Sophia quando ele passou a apontar a arma em nossa direção.

— Shhh... Fiquem quietinhas aqui.

Disse ele enquanto passos de policiais eram ouvidos do lado de fora do quarto, por um momento pensei que essa tortura infernal nunca teria fim, era incrível como tudo tentava nos separar a todo custo.
Passou-se horas, todo o prédio foi evacuado, investigações começaram em diversos andares e no nosso não foi diferente, capangas do Henry foram presos e quando todo o prédio pode voltar ao normal, todos os hóspedes voltarem a seus quartos, Hugo apontou a arma em nossas cabeças, descemos pelas escadas ao invés do elevador, saimos pelas portas de emergência do hotel que ficava mais aos fundos e lá, se encontrava um carro branco. Ele abriu a porta dele e tirou uma corda, nos amarrando e nos empurrando para os bancos traseiros do carro.

Seguimos em estrada por algumas horas e ficamos um tempo parados, era claro o medo de Hugo a cada viatura que passava por nós, a cada helicóptero que rondava as ruas pelos céus. Ele estava inseguro e isso bastava para me fazer querer tirar vantagem disso.

— Para onde está nos levando? - Pergunto e Sophia me olha.

— Henry arranjou um comprador para você, vai levar duas por um. Cansei de vocês, suas lésbicas malditas, merecem uma lição... - Disse ele com a voz cheia de rancor.

— Como você conseguiu sair da cadeia? Como conseguiu fugir...? - Pergunta Sophia com os olhos marejados.

— O que interessa? Vou me livrar de vocês, trocar de identidade e voltar a seguir meus negócios. - Disse ele ainda estressado e nervoso.

— Henry me disse que era o cérebro dos negócios e você, era apenas aquele que reproduzia... - Inicio os jogos — Ele morreu, você não vai conseguir fugir e continuar sem ele.

— CALA SUA BOCA, SUA VADIA!!!

Ele explode e eu me assusto, Sophia o olhava com as pupilas dilatadas, mostrando total apavoro, sua pele estava encostada na minha e pude perceber seus corpo se arrepiar. Ela sussurrou em meu ouvido, me pedindo para parar de irrita-lo e por enquanto, achei que seria melhor atender aos seus pedidos.

Seguimos pela estrada sem parar, logo, ele para, entrando numa loja de roupas que havia encontrado, felizmente agora já não estávamos mais na estrada mas pelo tempo que passamos nela, com certeza estávamos bem afastados do Hotel onde tivemos inicio a essa viajem. Hugo saiu da loja com algumas sacolas que colocou no banco da frente. Seguimos nas ruas e depois de aproximadamente meia hora, chegamos no aeroporto, como se ele pudesse sair de avião sendo fugitivo.

Ele segue estacionando o carro e tirando dos nossos pulsos a corda que nos amarra, ele nos empurra para dentro do Aeroporto dizendo algumas instruções baixas do tipo "Não fale com ninguém" ; ,"Não ousem gritar" e outras, assim, seguimos. Ele parou um instante e nos pediu para ficar ali, deu alguns passos afrente, não estava a mais de 2 metros de distância conversando com um cara que vestia um casaco preto, uma camisa azul, calça Jeans escura e óculos de aviador escuro. Abracei Sophia com força, numa TV ali próximo onde estavamos noticiava-se o sumisso de "Duas" jovens. Soltei Sophia do meu abraço e dei um passo a frente para poder avaliar melhor o que era aquilo, ela me seguiu segurando minha mão, com nossos dedos agora entrelaçados.

I'm LesbianOnde histórias criam vida. Descubra agora